Ao ocupar uma posição de destaque no estande da Nissan no Salão do Automóvel de São Paulo do ano passado, o superesportivo GT-R – apelidado pela imprensa especializada como ‘Godzilla’, pela performance e velocidade monstruosas – fez naquela ocasião um estrago nos corações que batem pela velocidade.
GT-R surgiu em 1969 como versão esportiva de sedã
A história do Nissan GT-R tem início em 1969, quando a marca japonesa decidiu criar uma versão de alta performance para o sedã Skyline, que foi batizado de GT2000. O primeiro motor a equipá-lo foi um 2.0 de seis cilindros e 16 válvulas, com 160 cv de potência e 18 kgfm de torque máximos. Este bloco tinha como base o mesmo usado pelos carros de competição da empresa adquirida pela fabricante japonesa Prince, que detinha o Skyline.
A marca deu continuidade à evolução do modelo e lançou em seguida o Skyline GT-R, em 1973, que se tornou uma lenda no Japão, ao conquistar mais de 50 vitórias nas pistas em um período de quase três anos, e de alcançar a barreira dos 200 km/h. No entanto, foi só em 1989 que a montadora trouxe a terceira geração do GT-R, conhecida como R32. Na época, o motor embarcado era um 2.6 de seis cilindros e 280 cv com tração integral, que o levou a ganhar o apelido de ‘Godzilla’.
Em 1995, veio o primeiro GT-R biturbo, e em 2007, o modelo, conhecido como R35, perde o nome Skyline. Um ano depois, a Nissan passa a vendê-lo nos Estados Unidos e, em 2009, na Europa. A atual geração foi responsável por se tornar o carro de produção em série a deter a volta mais rápida no autódromo de Nürburgring, na Alemanha: 7,08 minutos.
Mas o ícone japonês das pistas, que dividia o espaço com lançamentos próximos ao nosso mercado, estava lá apenas para se ‘mostrar’: afinal, a fábrica declarou que não trará o bólido ao país. Para adquiri-lo, os compradores devem recorrer apenas aos importadores independentes, com custo estimado em pelo menos R$ 700 mil – considerando-se o preço praticado nos EUA (US$ 101 mil), mais a conversão do câmbio e as taxas cobradas.
Mas nem por isso a marca deixou de abrir as portas do modelo para alguns poucos privilegiados testá-lo, como é o caso deste que vos escreve. E ainda mais naquele que é o habitat natural do GT-R: as pistas de corrida; ou, mais precisamente, o autódromo Vello Città, em Mogi Guaçu, a 160 km de São Paulo.
A linha 2015 do mito das pistas carrega consigo o peso da tradição de quase meio século de potência e recordes, desde quando atendia, até a década de 80, pelo nome de Skyline. Equipado com um motor 3.8 V6 biturbo de 552 cv e 64 kgfm de torque a partir das 3.200 rotações, o GT-R tem produção limitada a apenas mil unidades por mês, na fábrica da Nissan em Tochigi, no Japão.
O esmero com os blocos é tamanho que apenas quatro engenheiros, conhecidos como ‘artesãos’, são responsáveis pelo desenvolvimento. No término do processo, cada um deles imprime a sua assinatura aos motores. E o resultado final é uma aceleração de zero a 100 km/h em meros 3,3 segundos, além de uma velocidade máxima de 315 km/h, conforme dados da montadora.
‘Indomável’
O novo GT-R é vendido em três configurações: a Premium (usada no test-drive), a Black Edition e a NISMO. De série, o modelo possui tração nas quatro rodas, sistemas eletrônicos de estabilidade e de amortecimento adaptativos e três modos de direção, o Normal, o Comfort e o ‘R’. Enquanto os dois primeiros entregam ao condutor um GT-R mais ‘dócil’, é no último que o ‘monstro’ rompe com as suas amarras.
Ao pisar no acelerador, o superesportivo apresenta ao ‘piloto’ um comportamento agressivo. Com uma transmissão automatizada de dupla embreagem e seis velocidades, ele oferece a possibilidade de trocas manuais por meio de grandes aletas atrás do volante. E é ao selecionar esta opção que a brincadeira fica mais apimentada. Com o giro lá em cima, o carro ‘grita’ ao pedir para avançar nas marchas. Além disso, o volante é igualmente rápido aos comandos, esterçando de um lado para outro sem demonstrar dificuldades.
O Nissan GT-R vem de fábrica com pneus exclusivos, rodas de 20”, freios Brembo, suspensões independentes, um sistema para anular os ruídos externos para a cabine, tela multifuncional que apresenta em tempo real informações da distribuição de tração e o boost do turbo – entre outros –, sistema de som com conexão bluetooth e GPS integrado, 11 alto falantes e dois woofers, seis airbags e bancos com aquecimento. Tudo o que se pode esperar de um supercarro.
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