Hoje em dia, os sistemas de navegação por GPS são capazes de apontar não só o melhor caminho para se chegar ao destino como também o movimento das vias durante o percurso. Acusam se elas estão congestionadas e o tempo a mais que o condutor terá para transpor esse trânsito pesado.
Baseada nessas informações, a empresa Tomtom, líder global em navegação, produtos de trânsito e mapas, divulgou a edição 2016 de seu levamento que mostra quais são as cidades mais congestionadas do mundo. No ‘top 10’ mais recente, aparecem três brasileiras: Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
Os dados são de 2015 e comparam o tempo extra que o motorista fica no trânsito ao mesmo percurso sem congestionamento - para cidades com população acima de 800 mil habitantes.
Quem achava que São Paulo era a capital brasileira mais caótica neste quesito, enganou-se. Ela figura apenas na 58.ª posição, e ainda teve uma melhoria de 4% no nível de congestionamento comparado a 2014. Antes dela ainda tem Fortaleza, em 41.º.
Curitiba é a 126.ª no mundo em engarrafamento
A capital paranaense e suas vias rápidas e binários registram apenas 18% de tempo adicional no congestionamento, com uma melhoria de 1% comparado a 2014. Nos horários de pico, a perda é de 29% pela manhã e 42% no fim da tarde.
Considerando apenas o ranking nacional, a capital paranaense é a nona em congestionamento - à frente dela ainda estão Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.
O desempenho verificado pela Tomtom é até surpreendente já que o município tem uma das maiores frota circulante por habitantes do país. São 1 milhão de carros para 1,85 milhão de pessoas, o que dá uma média de 1,82 pessoas por veículo - traduzindo, a cada dois residentes em Curitiba, um anda motorizado.
TOP 10 NO MUNDO
1.ª Cidade do México (México)
A terceira capital federal mais populosa do mundo lidera a lista nada favorável, onde motoristas ficam 59% a mais de tempo no trânsito. Comparado a 2014, o congestionamento por lá cresceu 4%. No horário de pico pela manhã, o engarrafamento chega a aumentar o tempo gasto em 97%, enquanto no rush do início da noite é de 94%.
2.ª Bancoc (Tailândia)
Uma das cidades mais visitadas pelos turistas no Sudeste Asiático também é um centro nervoso para quem circula motorizado pelas suas ruas. São 57% de tempo adicional em seu trânsito caótico em qualquer horário do dia e alcança 114% a mais no horário de pico noturno.
E olha que um dos transportes mais usados na cidade é a moto, o que, na teoria, deveria desafogar o trânsito.
3.ª Istambul (Turquia)
Em as 174 cidades apontadas no levantamento, foi a que obteve o maior porcentual de melhora na fluidez do trânsito em relação a 2014: 8%. Ainda assim, os motoristas ficam 50% a mais de tempo no congestionamento.
4.ª Rio de Janeiro (Brasil)
Pelos dados da Tomtom, a capital carioca é a pior cidade brasileira para se dirigir. São 47% a mais de permanência no trânsito, apesar de uma evolução de 4% comparado a 2014. Isso, considerando o canteiro de obras que se transformou o Rio com a proximidade dos Jogos Olímpicos.
No horário de pico pela manhã, o tempo no trânsito aumenta em 66%, e no rush do fim do dia bate 79%.
Segundo um levantamento feito pelo Banco Mundial, a frota de carros no Rio é de 1,85 milhão, o que dá uma média de 3,49 habitantes por carro.
5.ª Moscou (Rússia)
A segunda cidade mais populosa da Europa (atrás de Istambul) é servida por uma extensa rede de trânsito. O fato de ser um importante centro político, econômico, cultural, financeiro e de transporte, o impacto do movimento nas ruas e rodovias é enorme.
O tempo extra em 2015 dentro do carro é de 44%, mas houve uma queda de 6% em relação ao ano anterior. Como curiosidade, a capital russa tem a segunda maior comunidade de milionários do mundo, segundo a Forbes.
6.ª Bucareste (Romênia)
É o centro das comunicação em massa, cultura e arte romenas e um principais na área industrial e eixo de transporte da Europa Oriental. Sua população é de 1,9 milhão de habitantes, mas alcança 2,6 milhões com a região metropolitana - cenário bem próximo ao de Curitiba.
O período ‘perdido’ no trânsito é igual ao de Salvador e Recife: 43%. Em 2015, o tráfego congestionado cresceu 2%. Nos horários de pico pela manhã e à noite, o gasto extra dobra e chega a 87%.
7.ª Salvador (Brasil)
Quem já circulou de carro pela capital baiana sabe que, principalmentem, nos horários de pico é necessário uma dose dupla de paciência. São 43% a mais de tempo no fluxo pesado do que se a via estivesse com o trânsito normal. Em momento de rush, essa perda registra 67% logo pela manhã e 74% no fim da tarde.
No entanto, as coisas melhoram por lá, com uma queda de 3% no congestionamento. O município tem uma frota de 543 mil carros, o que significa 5,31 habitantes por automóvel.
8.ª Recife (Brasil)
O raciocínio é muito para com Salvador, com o mesmo tempo desperdiçado no engarrafamento: 43%. A capital pernambucana, porém, conseguiu aliviar o problema em 2% no ano passado.
Quem pega o tumulto da manhã, gasta 67% a mais no tempo; quem encara o do fim da tarde, são 74% de aumento. A cidade tem 4,22 pessoas por carro, com uma frota total de 379 mil unidades.
9.ª Chengdu (China)
Chengdu tem até um volume populacional até humilde perto dos outros centros chineses. São apenas 4,3 milhões de pessoas. É um fervilhante polo econômico e cultural, o que reflete no número de carros nas ruas. Com isso, perde-se 41% a mais de tempo no trânsito caótico. E a situação piorou em 2015, com um aumento de 5% no tráfego pesado.
10.ª Los Angeles (EUA)
É conhecida nacionalmente como o pior trânsito dentre todas as cidades norte-americanas. E os números da Tomtom confirmam isso. Um dos motivos é que o condado de Los Angeles é imenso e o transporte público (ônibus e metrô) não acompanha essa extensão. Sem contar que é possível comprar carro nos EUA a preços bem atraentes.
Em L.A., os motoristas ficam um tempo 41% maior no trânsito com um aumento de 2% frente a 2014.
CONFIRA A RELAÇÃO COMPLETA DA TOMTOM
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