Ao volante
Disposição e ronco de carro grande
Ao acelerar, a diferença do Sport para o A1 de entrada impressiona. O compacto mostra vigor para acompanhar carros maiores como o Audi S5 que puxava a fila durante o test drive feito em rodovias pela região de Campinas. O motor é um 1.4 comum se o motorista rodar abaixo de 2.000 rpm, mas vira um "veneno" ao pisar com vontade, alcançando a faixa dos 6.000 giros sem reclamar.
Para quem gosta de ouvir um ronco nervoso vindo por debaixo do capô, a Audi instalou na cabine um sonorizador que amplia o ruído do propulsor a bordo. Em certos momentos, com o bloco cheio, o barulho lembra o de um motor V6 ou V8.
Apesar de a suspensão se mostrar uma pouco maleável, ou não dura suficiente para fazer o carro "grudar" no chão, as respostas nas ultrapassagens e o desempenho nas curvas são interessantes. A Audi anunciou que o consumo na estrada é de 19,6 km/l, mas o indicador do painel durante o teste apontou 15,3 km/l, o que não é nada mal, considerando que pisamos fundo em alguns trechos. Talvez com ar-condicionado desligado e a 80 km/h o compacto chegue perto do valor de fábrica.
Acelerar um Audi A1 significa se divertir ao volante graças à esperteza do motor 1.4 turbo, de 122 cavalos. Mas, para quem pretende ir além dessa diversão e quiser acrescentar uma dose de adrenalina, a marca das quatro argolas oferece agora no Brasil a versão Sport do compacto premium. São 63 cv a mais de potência, totalizando 185 cv, suficientes para tirar o modelo da inércia e levá-lo aos 100 km/h em menos de 7 segundos e atingir uma velocidade máxima de 227 km/h.
O segredo para transformar o A1 tradicional em um "foguetinho" está no sistema inédito de sobrealimentação duplo: um compressor mecânico trabalha em regimes de menores rotações e complementa o fôlego dado pela turbina. O propulsor também utiliza uma tecnologia para recuperar energia durante a frenagem, que é armazenada temporariamente na bateria. Quando o carro acelera, a energia retorna ao sistema elétrico, aliviando a carga do gerador.
Com a cavalaria ampliada e o limite de giro aumentado (ele passa dos 7.000 rpm), a marca teve de reforçar certas partes do motor, como as bielas e pistões, para aguentar o "tranco" extra. Exigiu ainda mudanças nas relações de marcha do câmbio semi-automático S-Tronic de sete marchas e dupla embreagem. Há ainda comando manual na alavanca ou pelas borboletas no volante.
Visualmente, o carro ganhou novos para-choques (o dianteiro recebeu entradas de ar para refrigerar os freios), frisos e spoiler traseiro. As rodas de 17 polegadas também são exclusivas.
A variante começa em R$ 109.900. De série, oferece entre outros equipamentos, direção elétrica, seis airbags, faróis bixenônio (com luzes diurnas em led), sensor de luz e de chuva e sistema eletrônico de estabilização (ESP), que inclui um bloqueio eletrônico do diferencial (EDS).
Há ainda um pacote opcional Conforto, cujo preço não foi revelado, para adicionar ar-condicionado automático, sensor de estacionamento traseiro e piloto automático. E um Conforto Plus, também sem preço definido, para incluir o botão de partida no console, GPS com tela de 6,5" e sistema de som Bose. O preço, neste caso, passa dos R$ 130 mil
O A1 Sport é uma boa pedida para o motorista que gosta de acelerar fundo e não quer ter o bolso reclamando com visitas frequentes ao posto de combustíveis. O modelo é econômico: percorre em média 16,9 km por litro de gasolina, mas pode passar dos 20 km/l rodando na estrada sem pisar pesado no acelerador, segundo a Audi.
Estratégia
Marca alemã quer fechar ano com 20 novidades
O A1 Sport é a 15ª novidade da Audi no Brasil apenas este ano e faz parte da estratégia da marca em expandir sua gama de opções no país. Durante o lançamento do compacto, modelo que representa 1/3 das vendas da empresa alemã no mercado brasileiro, foram mostrados também os recém-lançados A5 Sportback (R$ 163.900), A5 Coupe (R$ 202.700) e A5 Cabriolet (R$ 229.700), além de suas variantes esportivas S5 Sportback (R$ 355.900), S5 Coupe (R$ 360.900) e S5 Cabriolet (R$ 387.900). Na foto, o Audi A5 Sportback, que é uma das novidades da marca em 2012.
Entre novos produtos e reestilizações, o objetivo é fechar 2012 com 20 versões inéditas por aqui. "Enquanto o mercado de importados encolheu cerca de 40% de janeiro até agora, por conta do IPI majorado no fim de 2011 [para modelos fabricados fora do Mercosul e México], a Audi cresceu 13% no mesmo período em número de vendas. O que significa que não erramos em apostar nesta expansão do portfólio", disse Leandro Radomile, diretor de Marketing e Vendas e que em breve assumirá a presidência da Audi no Brasil. Para ele, essa estratégia foi definida antes mesmo de o governo anunciar ao aumento do imposto em setembro de 2011. "A nossa intenção é diminuir cada vez mais o tempo de lançamento de um produto entre o mercado europeu e o brasileiro", concluiu.
* O jornalista viajou a convite da Audi.
Acordos com governo e oposição dão favoritismo a Alcolumbre e Motta nas eleições no Congresso
Rússia burla sanções ao petróleo com venda de diesel e Brasil se torna 2º maior cliente
A classe média que Marilena Chauí não odeia: visitamos a Casa Marx, em São Paulo
A “pedalada” que pode levar à queda de Lula. Leia na Gazeta Revista
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião