Esta semana o vice-presidente mundial de compras da Audi, Bernd Martens, admitiu o interesse da marca alemã em voltar a produzir no Brasil. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o executivo confirmou que o novo A3 Sportback será o modelo escolhido, juntamente com a sua versão sedã, ainda inédita.
Segundo ele, isso se deve à possibilidade de o carro compartilhar componentes com um veículo da VW. Neste caso, o automóvel que mais compartilha partes com o A3 é o novo Golf, que na Europa está na 7.ª geração. Desta forma, as duas montadoras retomariam a parceria praticada no fim da década de 1990, quando dividiram a então nova fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, ao produzir na mesma linha de montagem justamente os hatches Golf e A3.
O hatch médio da VW em breve também será fabricado no México, deixando ainda em dúvida a origem do modelo para o mercado sul-americano. Mas, considerando a informação de Martens, é provável que o Golf tenha mesmo uma linha de montagem própria no Paraná.
Correndo atrás
Algumas marcas de luxo voltaram suas atenções para a produção local depois do anúncio da fábrica brasileira da BMW. Assim a marca bávara obteve uma cota de importação não onerada pelos 30% extras que estão sujeitas as empresa que optaram por apenas importar seus carros.
A BMW poderá vender cerca de 13 mil unidades sem esta pesada alíquota enquanto a Audi, por exemplo, está limitada a apenas 3,9 mil carros. Com a retomada da produção no Paraná, esse número crescerá significativamente.
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