Trajetória
De carro design a esportivo
O Audi TT surgiu em 1998 e tinha mais um apelo estético do que uma mecânica que justificasse classificá-lo como um esportivo em sua essência. O motor 1.8 turbo tinha potências que variavam entre 150 e 225 cv. O objetivo da marca era "exibir" o cupê e seus elementos visuais que ditavam tendência. Era um "carro design" da marca alemã. Nas velocidades mais altas, o TT perdia estabilidade -- problema solucionado mais tarde com a adição de um aerofólio retrátil. Com a concorrência mais qualificada dos rivais Mercedes SLK e BMW Z3, o TT foi aprimorando sua esportividade. Na troca de geração em 2006, que chegaria ao Brasil em 2007, o modelo já apresentava o câmbio de dupla embreagem e uma construção mais voltada para a velocidade, com moldagem de alumínio em parte da estrutura e bastante aço na traseira, que permitiu uma melhor distribuição de peso. A vinda da versão RS, em 2009, colocou de vez o carro no rol dos modelos mais "explosivos" do mercado. E é esse tempero mais ardido do TT que acaba de desembarcar no Brasil, e com bastante atraso, uma vez que a terceira geração é aguardada para o Salão de Frankfurt, em setembro deste ano.
Saiba mais
O TT, que está na segunda geração, levou o título de carro mais bonito do mundo em 2006
Helicóptero
As vendas na Europa começaram em março de 1998. Em outubro, o esportivo foi apresentado ao público brasileiro, com chegada triunfal de helicóptero ao Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, depois de descer no sambódromo, ao lado do principal centro de exposições do país, o Anhembi. Veja o vídeo feito na época.
Comemoração
Para comemorar o aniversário do modelo, a Audi comercializará 15 unidades da versão mais recente e esportiva RS, que foi apresentada oficialmente no país no último salão de São Paulo, em outubro.
Amortecedores
A suspensão esportiva rebaixa a carroceria do veículo em 10 milímetros e o Audi Magnetic Ride modifica os amortecedores de acordo com a necessidade. Minúsculas partículas magnéticas circulam no óleo dos amortecedores. Quando é aplicada uma voltagem, estas partículas modificam as características de amortecimento em milésimos de segundo. Esta regulagem adaptável proporciona mais conforto na rodagem ou dirigibilidade esportiva.
Roadster
A versão Roadster vem com capota elétrica e defletor de vento. A capota, desenvolvida com uma mistura de aço e alumínio para ficar ainda mais leve, possui sistema de acionamento automático por meio de uma tecla localizada no console central do veículo. A capota se abre em 12 segundos, graças ao sistema de dobras Z, que além de tornar o processo mais rápido, ocupa também menos espaço. O fechamento completo é feito em 14 segundos.
O dito popular "Antes tarde do que nunca" pode ser um chavão pra lá de batido, mas é pertinente para resumir a chegada do Audi TT RS ao Brasil. O topo de linha do esportivo desembarcou em nossas lojas no fim do mês passado. Detalhe: a apimentada versão foi revelada ao mundo em março de 2009, no Salão de Genebra (Suíça). Na verdade, era para ele estar entre nós no ano passado, mas o duro golpe do IPI sobre os importados fez a marca alemã adiar a estreia por aqui. Agora o carro aparece e numa ocasião proprícia: o cupê alemão completa 15 anos de existência e o RS chega em tom de comemoração para a marca.
A novidade fará a alegria de quem é apaixonado por velocidade e pode desembolsar cerca de R$ 400 mil para ter um na garagem a TT RS Coupé (fechado) custa a partir de R$ 399 mil, enquanto a TT RS Roadster (conversível com capota de tecido) sai por R$ 419 mil.
A dupla oferece a mesma roupagem: grade frontal e para-choques com duas enormes tomadas de ar, acompanhados de apêndices aerodinâmicos, detalhes externos em alumínio, aerofólio fixo substituindo a pequena peça escamoteável das versões menos potentes e dupla saída de escape. O motor é um cinco cilindros turbinado de 2,5 litros, com 340 cv e torque de 45,88 kgfm.
Tivemos a oportunidade de dirigir o Coupé por alguns quilômetros na Rodovia dos Imigrantes, no trecho que liga São Paulo à Baixada Santista. O TT RS mais parece um carro de corrida. Por fora, a linha de cintura baixa, as rodas aro 19 e os pneus 255/35 reforçam essa impressão.
Quando aceleramos então, a vontade era a de estar num autódromo, sem limitadores de velocidade. A suspensão rígida e rente ao chão mais rebaixada do que as do TT e TTS não deixa dúvida quanto à sua origem das pistas, ele derivado do TT que corre provas de longa duração na Europa.
A cada pisada no pedal direito o corpo se projeta contra o banco esportivo, tamanho o torque disponível já em 1.600 rotações. Essa força é rapidamente transmitida às quatro rodas (tração integral quattro) pelo eficiente câmbio automatizado de dupla embreagem e sete velocidades Stronic. O conjunto permite ao carro acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,3 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.
Para que o RS não decole nas acelerações, a enorme asa que fica no topo do porta-malas tem papel fundamental. Ao colocar o câmbio em posição "Sport", a sensação esportiva ao dirigir é amplificada pelo ronco mais grave, obtido com a modificação do fluxo de gases que sai dos escapes.
Apesar da pegada de competição, o TT RS oferece conforto, requinte e segurança aos usuários. O acabamento é em alumínio escovado; bancos, volante e alavanca de câmbio revestidos em couro; assentos dianteiros com ajustes elétricos e do tipo concha; sensor de estacionamento; piloto automático; trio elétrico; controles de tração e estabilidade; faróis bi-xenônio; airbags frontais e laterais; rádio com bluetooth e USB; entre outros.
O jornalista viajou a convite da Audi
Audi TT RS
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