A Honda Biz 125 na versão + custa R$ 6.604, enquanto a desafiante Yamaha Crypton T115 ED sai por R$ 5.300| Foto: Gustavo Epifânio/Infomoto
Na Biz + o marcador de combustível e o hodômetro são digitais
Indicador de última marcha se faz presente no painel da Crypton

No meio de um grande engarrafamento tanto faz estar dentro de um ônibus lotado ou de um confortável automóvel. Quem nessa hora nunca pensou: "Bem que eu gostaria de estar em uma moto". Ver aquele monte de motos passando, enquanto todos outros veículos estão parados, desperta a inveja de qualquer um.

CARREGANDO :)

Para quem busca fugir do trânsito, ou mesmo dar o primeiro passo no mundo das duas rodas, tem nas CUBs uma boa opção. Um dos segmentos de maior volume de ven­­das no mercado brasileiro, com mais de 170 mil unidades co­­mercializadas até julho deste ano, há diversas opções pa­­ra o consumidor. Entre elas a Hon­­da Biz 125, a quarta moto mais vendida do Bra­­­­sil, e a Yama­­ha Crypton T 115, re­­lan­­­­çada neste ano pela fábrica ja­­ponesa. Am­­bas são da categoria CUB (Cheap Urban Bike, ou moto ur­­­­bana ba­­rata), têm em­­breagem cen­­trífuga e quatro marchas, po­­rém as se­­melhanças acabam por aí.

A Honda Biz em sua última rees­­tilização recebeu um visual mais moderno, um novo motor de 125 cc e o mais importante: a alimentação por injeção eletrônica. A Yamaha Crypton voltou com um visual renovado e um motor de 115 cc, mas a alimentação ainda é feita por carburador. Para este comparativo selecionamos as duas versões topo de linha com partida elétrica e freio dianteiro a disco, item que apesar de encarecer a mo­­to é importante para a segurança do motociclista. Ainda mais para quem está começando no mundo das duas rodas.

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Desempenho

Olhando para a ficha técnica das motos parece que vai ser um passeio da Biz (9,1 cv de potência e 1,06 kgfm) sobre a Crypton (8,2 cv de potência e 0,88 kgfm de torque). Porém na prática, a teoria é outra. No dia a dia a moto da Yamaha se mostrou mais esperta nas saídas. Como a transmissão final da Cryp­ton é mais curta ela sai mais rápido de semáforos e logo chega a hora de engatar a última marcha.

Na Honda, a relação final é mais longa. Contudo depois que as motos ganham velocidade os de­­sempenhos são muito parelhos, com leve vantagem para a Honda. A quarta marcha da Biz é bastante longa e acaba sendo usada somente em vias expressas.

Se na potência os modelos não chegam a impressionar na hora de abastecer elas fazem bonito. Du­­rante nossos testes, a Biz fez 40 km/l e a Crypton 38 km/l. O tanque da Yamaha tem 4,2 litros de capacidade e a Honda, 4 litros. Apesar do motor da Honda ter maior capacidade cúbica, a alimentação por injeção eletrônica acaba refletindo em menor consumo e respostas mais rápidas do acelerador. Já o motor da Yamaha mesmo bem acertado e funcionando sem en­­gasgos é alimentado por carburador, que tem suas limitações. Mas o consumo não é tão prejudicado, pois a nova Crypton conta com a válvula de cut-off, que interrompe o fornecimento de combustível quando o piloto para de acelerar.

Equipamentos

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Lado a lado os dois modelos são bonitos e tem o visual moderno, porém em um olhar mais minucioso as diferenças começam a aparecer. Na Crypton os principais diferenciais são o indicador de última marcha engatada no painel (Top) e o suporte da pedaleira da ga­­rupa fixado diretamente no qua­­dro (bacalhau), o que significa mais conforto para o passageiro.

Já a Biz + (mais) é o modelo mais completo da linha e tem belas ro­­das de liga leve. Outro diferencial da CUB Honda na versão + é o marcador de combustível e hodômetro digitais. Porém até mesmo nesta versão mais "luxuosa", a Biz traz a pedaleira da garupa fixada na balança traseira. Desta forma o passageiro precisa flexionar as pernas e acompanhar o trabalho dos amortecedores traseiros.

Outra diferença entre os modelos são as rodas traseiras. Na Cryp­­ton, as duas rodas são de 17 polegadas o que garante mais estabilidade e segurança, principalmente em vias esburacadas. Entretanto, a roda traseira maior limita o espaço embaixo do banco. Na CUB da Ya­­ma­­ha, o máximo que você pode car­­regar é sua carteira e um par de luvas.

Já na Honda Biz a roda dianteira é de 17 polegadas, mas a traseira é aro 14. Com isso se perde um pouco em estabilidade, mas em contrapartida o espaço embaixo do banco comporta um capacete do tipo aberto ou uma mochila. Banco que por sinal é mais largo e mais confortável que o da Crypton.

Assinando o cheque

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Na hora de escolher a sua é preciso colocar na balança o que é mais importante para você. Se você quer mais conforto, a comodidade da injeção eletrônica, mais espaço sob o banco e costuma pegar rodovias vá de Biz. Você ainda leva o painel digital e as rodas de liga leve, mas terá de assinar um cheque de maior valor. A Honda Biz 125 + tem preço sugerido de R$ 6.604. Ago­­ra se você pretende levar garupa e pilota a maior parte do tempo dentro da cidade, escolha a nova Crypton que, nesta versão ED, sai por R$ 5.300. Com a diferença do valor pode-se comprar um bom capacete e um baú para levar sua mochila. De qualquer maneira e com qualquer uma delas você estará bem equipado para fugir do trânsito sem gastar muito.

Versões

A Biz é vendida em três versões: a "KS" de R$ 5.297 (com partida a pedal), a "ES" de R$ 5.854 (com partida elétrica) e a + de R$ 6.604 (com partida elétrica, freio dianteiro a disco, rodas de liga leve e painel com marcador digital). A Crypton tem duas versões: a "K" de R$ 4.687 (com partida a pedal) e a "ED" de R$ 5.300 (partida elétrica e freio a disco), todas com rodas raiadas e marcadores analógicos.