Mercado
Japonesas são as concorrentes
A lista de concorrentes dessa BMW F 800R é grande. As japonesas Honda, Kawasaki, Suzuki e Yamaha têm opções no segmento. A Honda Hornet, líder de mercado, tem motor de quatro cilindros com mais potência e custa R$ R$ 36.680, (com ABS). Já a Kawasaki oferece dois modelos: a bicilíndrica ER-6n, mais espartana, que com ABS sai por R$ 28.943; e a bela Z 750, com motor de quatro cilindros também, por R$ 38.281 (ABS). Já a Suzuki disponibiliza a boa e velha Bandit 650, que sai por R$ 29.9 mil, mas não tem freios ABS nem como opcional. Caso também da Yamaha XJ6, uma tetracilíndrica básica, com motor de 77,5 cavalos e sem opção de ABS por R$ 28,6 mil. Até mesmo a italiana Ducati tem um modelo: a Monster 696 com motor V2 custa R$ 33,9 mil.
A BMW F800R não sofreu grandes alterações desde seu lançamento há dois anos. Porém, o fato de ser montada em Manaus (AM) pelo processo CKD desde maio é uma novidade que a coloca no páreo do segmento naked (sem carenagem) de média cilindrada. Principalmente pela redução do seu preço final: de R$ 51,9 mil para R$ 36,9 mil (mais frete na conc essionária Star News, de Curitiba), no pacote Premium o único disponível com freios ABS, computador de bordo, parabrisa esportivo e setas com LED.
Um dos segmentos mais disputados do mercado acima de 400cc, o consumidor tem diversas opções entre as nakeds de média cilindrada: desde a consagrada Honda CB 600F Hornet, passando pela Yamaha XJ6 com quatro cilindros até a Kawasaki ER-6n de dois cilindros, todas com capacidade cúbica entre 600cc e 650cc. A naked BMW, entretanto, tem 798 cm³ e um preço bastante competitivo.
Além de estar mais acessível, a F800R tem outras qualidades que a tornam uma boa opção para quem quer uma naked para rodar com conforto, seja na cidade ou em uma escapada de fim de semana.
A começar pela facilidade de pilotagem. O amplo banco fica a apenas 800 mm do solo, simplificando a tarefa de colocar os pés no chão e garantindo mais confiança em manobras no dia-a-dia. O guidão largo também contribui para a agilidade dessa BMW nas mudanças de direção. Outro ponto forte dessa BMW, assim como de outros modelos da marca é o conjunto de freios. Os eficientes freios a disco com ABS nas duas rodas ajudam os iniciantes e dão mais confiança aos experientes.
O computador de bordo também conta pontos para essa nova BMW. Traz diversas informações, como consumo médio, instantâneo, velocidade média, temperatura do ar e fuel trip (hodômetro de reserva).
Torque à vontade
Apesar de sua maior capacidade cúbica, a F800R perde para a líder do mercado, a Honda CB 600F Hornet no quesito potência. Mas supera outras concorrentes. Seu propulsor de dois cilindros, oito válvulas, comando duplo no cabeçote, refrigeração líquida, alimentado por injeção eletrônica produz 87 cv a 8.000 rpm contra 102 cv a 12.000 rpm na naked da Honda.
Mas isso não significa que essa BMW seja uma moto lenta. Pelo contrário. Com seu torque máximo de 8,77 kgfm a 6.000 rpm, o maior entre as nakeds de média cilindrada, o motor garante retomadas rápidas e conforto na pilotagem. No quesito potência, a F800R fica atrás, mas seu câmbio compensa em partes. As três últimas marchas do câmbio de seis velocidades são mais longas e foram projetadas para o motociclista aproveitar melhor a potência. O suficiente para levar essa F800R acima dos 200 km/h. Mas além dos radares e do bom senso, o vento não vai permitir que você rode nessa velocidade por muito tempo. Mas como toda naked, a F 800 R não foi feita para bater recordes. Acima de 140 km/h e em altos giros, além do vento, as vibrações do bicilíndrico incomodam um pouco um dos pontos negativos na comparação com as motos de quatro cilindros, que têm funcionamento mais suave.
No geral, a BMW F800R atende com louvor sua proposta de ser uma moto urbana, feita para o uso diário e também para pequenas viagens. É bastante divertida de se pilotar e de se admirar, já que seu conjunto óptico assimétrico lhe diferencia das concorrentes e garante um visual radical. Torque à vontade, banco confortável e bom conjunto ciclístico, além de ser uma opção para se diferenciar da multidão.
Agora com um preço mais competitivo, essa naked de origem alemã, montada em parceria com a Dafra em Manaus, deve incomodar as concorrentes japonesas. E, quem sabe, levar a uma briga de preços. E neste caso, quem sairá ganhando é o consumidor.
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