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G 650 GS será o modelo de entrada da marca, mas equipado com freios ABS de série, cavalete central, pisca alerta, entre outros itens | Divulgação/BMW
G 650 GS será o modelo de entrada da marca, mas equipado com freios ABS de série, cavalete central, pisca alerta, entre outros itens| Foto: Divulgação/BMW

Monocilíndrico

Motor com desempenho honesto

O motor da G 650 GS tem 652cm³ de cilindrada, refrigeração líquida, quatro válvulas e injeção eletrônica de combustível, e desenvolve 50cv de potência a 7.000rpm e 6,12kgfm de torque a 5.250rpm. Números que permitem encarar estradas, ao mesmo tempo em que conserva vigor para enfrentar uma rotina diária no trânsito pesado das grandes cidades. Uma moto que pretende ser versátil, podendo rodar também por estradas de terra.

O tanque de combustível, que tem capacidade para 17,3 litros, foi deslocado para debaixo do banco, ajudando a rebaixar e centralizar as massas. Apesar de contar somente com um cilindro, tem escape com duas ponteiras de saída alta. Uma, porém, é falsa, e abriga o catalisador. Por questões de estética, faz par com a verdadeira. Outra solução de estilo é o para-lamas dianteiro duplo, com a parte superior no estilo bico de pato.

A alemã BMW confirmou oficialmente que vai fabricar em Manaus, no Amazo­nas, o modelo monocilíndrico G 650 GS. Está é a primeira vez na história da marca que um modelo será "fabricado" fora da Alemanha, em re­­gime CKD, quando as peças che­­­gam desmontadas, para en­­trar em linha de montagem, agre­gando, in­­­clu­sive, com­­­ponentes nacionais.

No Brasil, a G 650 GS vai ser montada pela Dafra em sua fábrica de 35 mil metros quadrados instalada no pólo industrial de Manaus, que enviou seus técnicos a Berlim, na Alemanha, para ajustar a linha de montagem conforme os padrões da BMW. Será o modelo de entrada da marca, mas equipado com freios ABS de série, cavalete central, pisca alerta, entre outros itens, além de dois anos de garantia. O preço sugerido é de R$ 29.800 e já estará disponível a partir de janeiro de 2010. Essa operação sinaliza que outros modelos poderão ser nacionalizados, por conta do bom desempenho em nosso mercado, onde avançou 14% nos últimos oito meses, apesar da crise.

A nova moto chega criando confusão, lembra Téo Mascare­nhas, jornalista especializado em duas rodas. Inicialmente foi lançada como F 650 GS e, depois, descontinuada por cerca de dois anos, ressurgiu no mercado mundial recentemente. Neste meio tempo, a marca lançou a moderna linha F, com motores de dois cilindros paralelos, com modelos batizados de F 800 GS e F 650 GS, já comercializados no Brasil. Para não haver choque, o modelo brasileiro foi rebatizado de G 650 GS. As características, porém, continuam as mesmas desde o lançamento, acusando uma certa defasagem, embora bastante válida, no quesito visual. A marca passa a contar com duas motocicletas com motor de 650cm³ de cilindrada: uma mais robusta, com um cilindro; e outra mais sofisticada, com dois cilindros.

Estilo

A G 650 GS tem ainda regulagem de altura do farol, cabos hidráulicos aeroquip (usados na aviação), que não cedem com a pressão, deixando o freio com sistema ABS ainda mais preciso.

Na dianteira, o freio tem disco simples, de 300mm de diâmetro; e, na traseira, um disco de 240mm. O peso a seco é de 175kg e o câmbio de cinco marchas tem transmissão final por corrente. A suspensão dianteira é do tipo telescópica, com tubos de 41mm de diâmetro e 170mm de curso. A suspensão traseira, com possibilidade de regulagens, é do tipo mono, em balança de alumínio, com 165mm de curso. As rodas são raiadas, com aro de 19 polegadas na dianteira, e de 17 na traseira. O quadro é do tipo duplo berço, construído em aço. O painel tem instrumentos analógicos e a garupeira preparação para o bauleto.

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