A BMW inaugurou oficialmente na última quinta-feira (9) as operações da fábrica de Araquari (SC), a 152 quilômetros de Curitiba. A planta é a primeira da marca na América Latina e segue o plano de expansão da empresa conforme o aumento da demanda. Entretanto, a nacionalização não significa uma redução imediata dos preços, que continuarão os mesmos praticados para os modelos importados.
INFOGRÁFICO: Veja os preços dos modelos que serão fabricados no Brasil
Ao todo, a empresa investiu 200 milhões de euros (cerca de R$ 600 milhões) na unidade, que terá capacidade para produzir 32 mil carros ao ano e prevê a contratação de 1,3 mil funcionários até agora, a linha conta com 500 pessoas. Num primeiro momento, a BMW produzirá cinco modelos: Série 1, Série 3, X1, X3 e Mini Countryman. Por enquanto, apenas o Série 3 começou a ser produzido no local. Até novembro, porém, a empresa prevê o início da montagem do utilitário X1. Já os demais produtos sairão da fábrica até o fim do ano que vem, com exceção do Mini, que ficará para 2016.
Em 2015, é esperada ainda a instalação dos setores de soldagem e pintura da planta. Enquanto essa etapa não é concluída, a carroceria segue importada da Alemanha, assim como praticamente todas as peças e componentes usados nos veículos. Entre as poucas exceções da linha brasileira estão os motores, que possuem tecnologia flex exclusivas e são feitos pela Bentler, em uma linha de montagem na área da fábrica, que compreende 1,5 milhão de metros quadrados.
Embora a vinda seja beneficiada pela política de isenções fiscais concedidas pelo Inovar Auto programa do Governo Federal de estimulo às montadoras em troca da redução de alíquotas de importação , o diretor da planta brasileira, Gerald Degen, afirma que o plano de desembarcar no país não é de hoje. "Nós viemos ao Brasil porque o país tem ótimas perspectivas para o futuro. Há muitos jovens consumidores e um grande potencial no longo prazo, independentemente do Inovar Auto", avalia.
Otimismo
Em quatro anos, as vendas da BMW e da Mini no país cresceram de 3 mil unidades, em 2009, para 17,5 mil em 2013. No entanto, segundo a empresa, estes números são também um reflexo da expansão do segmento de veículos premium por aqui. Para este ano, o presidente do BMW Group no Brasil, Arturo Piñeiro, estima que as vendas do mercado de luxo no Brasil chegue aos 50 mil veículos. E, além disso, concorrentes diretas da marca, como a Mercedes-Benz e a Audi, já confirmaram a nacionalização de suas operações.
Apesar desse otimismo se concentrar por ora no Brasil, a BMW não descarta a venda para outros países da região no futuro. "Nós estamos investigando essas oportunidades, mas agora fabricaremos apenas para o mercado brasileiro. Contudo, no futuro tudo é possível", acredita Degen.
O jornalista viajou a convite da BMW
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