Na Europa Alemanha, França e Reino Unido já definiram que carros de passageiros com motor a combustão serão proibidos de trafegar pelos países a partir de 2040. E o Brasil dá o primeiro passo para engrossar essa lista.
Foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado um Projeto de Lei que pretende tirar das ruas no futuro veículos com motorização convencional.
O banimento dos veículos movidos a gasolina, diesel ou gás ocorreria de forma gradativa até a total proibição em 2060.
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O projeto começaria a ser implantado em 2030 com uma limitação de 90% do total de emplacamentos de veículos zero-quilômetro para os que utilizam esses combustíveis.
Então o índice cairia para 70% em 2040, 10% em 2050 até a proibição total em 2060. Seriam incluídos na lei automóveis de passeio ou veículos comerciais, pesados ou leves movidos por combustíveis fósseis (gasolina, diesel, gás natural e afins), e também híbridos ou dotados de motor flex.
Automóveis 100% elétricos e movidos apenas a biocombustível, como o etanol, continuariam sendo permitidos.
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O proposta, de autoria do senador Telmário Mota (PTB-RR), referencia a movimentação similar na Europa. Para ele num país onde a frota de veículos cresceu de 32 milhões para 93 milhões no período de 2001 a 2016, é necessária uma redução de combustíveis e o incentivo ao uso de energia limpa.
Devemos lembrar que o Brasil possui uma produção de eletricidade relativamente limpa e a troca dos veículos movidos a combustíveis fósseis por veículos elétricos, nesse contexto, será ambientalmente vantajosa.
Telmário Mota (PTB-RR), senador responsável pelo Projeto de Lei.
O relator do texto, senador Cristovam Buarque (PPS-DF) concorda com o projeto. "Teria colocado prazo mais ainda mais curto, [de proibição], para 2030".
Em seu relatório, citou um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta o setor automotivo como responsável por 15% das emissões de gases do efeito estufa no mundo.
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A proposta agora será analisada pela Comissão de Meio Ambiente para decisão terminativa. O que significa que se for aprovado será encaminhado para a Câmara dos Deputados para apreciação, sem necessidade de passar por votação em plenário.
O Senado está promovendo uma consulta pública para saber a opinião da população. Até o momento, resultado parcial é favorável ao fim dos veículos à combustão.
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