C3 Picasso é o AirCross sem os adereços

Aproveitando o sucesso de vendas do AirCross, a Citroën está lançando o C3 Picasso, uma versão com a cara do irmão de estilo aventureiro mas sem os adesivos e penduricalhos plásticos. O mo­­novolume com o visual mais limpo é oferecido em três níveis de acabamento e duas opções de câmbio – manual ou automático – ao pre­­ço inicial sugerido de R$ 47.990.

Ao contrário do AirCross, com o qual compartilha a plataforma na fábrica de Porto Real (RJ) e que tem no público jovem seu principal filão, o C3 Picasso mira a família, com um filho, que precisa, so­­bretudo, de espaço e conforto. Por isso, a marca francesa espera buscar compradores potenciais de VW SpaceFox, Chevrolet Meriva, Kia Soul, Fiat Idea e Nissan Livina.

O motor 1.6 16V de 113 cv de potência e 15,8 kgfm de torque trabalha em conjunto com o câmbio manual de cinco velocidades ou automático de quatro, o mesmo do Peugeot 408, com um novo gerenciamento de torque, e que será estendida ao AirCross no segundo semestre.

Durante a avaliação em ruas e rodovias de São Paulo o propulsor evidenciou o estilo familiar do veículo, já que é apenas suficiente pa­­ra movimentar os 1.390 quilos do carro, sem qualquer reação mais agressiva ao pisar no pedal direito. Ou seja, o sossego, para não dizer lentidão, acompanha o modelo em subidas ou retomadas.

A associação com o AirCross por fora se repete na cabine, à exceção apenas do grafismo e da ausência dos inclinômetros (bússola e relógios de inclinação). Entre os equipamentos de série, air bag duplo e freios ABS aparecem so­­mente a partir da versão GLX automática. Os itens são somados ao trio elétrico, ar-condicionado, CD player e rodas de liga leve de 16 polegadas. A Exclusive pode ganhar um sistema de navegação opcionalmente por R$ 2.400 (confira todas versões ao lado). A garantia da linha C3 Picasso é de três anos, sem limite de quilometragem, e a capacidade do porta-malas alcança 403 litros.

A meta inicial da Citroën é vender cerca de 1 mil unidades por mês, um desempenho abaixo do AirCross, que emplaca cerca de 1,5 mil veículos/mês e distante do principal produto da marca, o hatch C3, que já vendeu em 2011 pouco mais de 13 mil unidades.

O jornalista viajou a convite da Citroën