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Os vencedores ganharão um relógio exclusivo da Força Livre Motorsport
Atrações
Além dos pegas na pista, o evento terá ainda um dinamômetro para medir a potência dos carros; o Autorama Drag Race; simuladores de jogos; encontro de miniaturas; burn out (aquecimento de pneus); show de manobras radicais; parque de recreação infantil; e Galeria Nitro Alley, que receberá 24 lojas expondo suas marcas e produtos; além da Força Livre Girl´s Team, garotas que desfilam sua beleza pelo autódromo.
Na pista
Prova terá 360 carros e pilotos mirins
O 17º Festival de Arrancada reunirá 360 carros preparados e um público estimado de 50 mil pessoas de todas as regiões do país nos quatro dias de evento. "O evento cresceu tanto que montamos 66 tendas extras, além dos 30 boxes do autódromo para abrigar os carros mais rápidos do Brasil. Alguns atingem mais de 400 km/h em menos de seis segundos (como o dragster da foto ao lado). É um evento mágico que reúne milhares de apaixonados por velocidade", diz Eduardo Pereira, diretor comercial da organizadora Força Livre Motorsport.
Entre os competidores está um grupo de crianças que vai acelerar na categoria dragster júnior. Os veículos têm quatro metros de comprimento e motores de 13 hp. A paulista Isabela Porte, de 13 anos, a primeira menina a correr na arrancada, já fez 201 metros em menos de 10 segundos atingindo velocidade superior a 100 km/h.
As provas de arrancada contagiam o público pela velocidade, fumaça e barulho. E o ponto alto dessa modalidade é o duelo entre os dragster, veículos em formato pontiagudo que geram mais de 3 mil cavalos e podem superar os 400 km/h. Agora, imagine um bólido três vezes mais potente que um dragster e capaz de "cuspir" uma língua de fogo de 12 metros de comprimento!Quem prestigiar o 17.º Festival Brasileiro de Arrancada, que começa amanhã e vai até domingo, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, poderá conferir o desempenho do jet car (carro a jato).
Será a principal atração do evento. Mas ele não irá competir, pois é o único em sua categoria na América Latina. Fará apenas exibições. Por seis segundos, a estrutura de concreto do autódromo irá balançar como se fosse um terremoto. É o tempo que o veículo leva para ir cumprir os 402 metros de reta a 400 km/h. Toda essa força é produzida por uma turbina de avião retirada do modelo de combate North American T-2C Buckeye, usado pela marinha americana. "O deslocamento do ar é intenso e a vibração de ver isso ao vivo é algo inexplicável", garante o piloto paulista Ricardo Guatelli Bersani, o "Pudim", 33 anos.
Para se ter uma ideia da potência do jet car, a sua "puxada" empurra o corpo do piloto para trás cerca de seis vezes a força da gravidade. Na Fórmula 1, por exemplo, a chamada força "G" não ultrapassa a 4 Gs. "Para absorver o solavanco, uso um colar para proteção cervical no pescoço, um macacão antichama e o meu capacete é ligado a um tubo de oxigênio", diz o piloto.
A carroceria do veículo é feita em fibra de carbono e a bolha (carenagem) foi emprestada do Probe, cupê esportivo produzido entre 1989 e 1997 numa parceria entre Ford e Mazda. O chassi tubular é em aço. O carro é extremamente leve. O peso total (veículo/piloto) não passa de 900 quilos apenas 70 kg a mais que o Fiat Mille.
Para evitar que o carro literalmente decole, foram adaptados um pequeno spoiler na traseira e uma carroceria com aerodinâmica que o prende ao solo. "Também utilizamos apenas 40% da potência da turbina, pois as ondulações da pista e a alta velocidade (que facilmente pode passar dos 400 km/h) colocam em risco a estabilidade do carro", explica o condutor.
Três baterias de caminhão são responsáveis por dar a partida na turbina. O projeto não prevê sistema de tração, câmbio de transmissão e diferencial. Por isso, dois freios, um para a roda traseira e outro para a dianteira, se encarregam de segurar o carro até o momento da arrancada. A labareda é acionada separadamente. O pós-combustor ou afterburner, como é chamado o mecanismo, além de aumentar o empuxo do motor em até 50%, cria o efeito de "rabo de foguete". Para frear, o piloto puxa uma alavanca que automaticamente corta o combustível e a aceleração e solta o para-quedas. Em cada puxada de seis segundos são consumidos perto de 100 litros de querosene de aviação.
Estão programadas quatro exibições, duas no sábado e duas no domingo. É a terceira vez que um jet car se apresenta em Curitiba. A primeira ocorreu em 1997, com a vinda de uma equipe norte-americana. O barulho produzido pela turbina foi tão intenso que os alarmes de alguns carros no estacionamento do autódromo dispararam.
A outra foi em 2008, mas, devido a um superaquecimento da turbina, a exibição não foi completa. "Na época tínhamos pouca informação sobre o equipamento. Pagamos o preço por sermos pioneiro", lembra o piloto, que desta vez terá o suporte de um engenheiro brasileiro, especialista em turbina de jato.
Opala mais rápido do mundo deve levantar o público
Considerado o maior ídolo da arrancada no Brasil, o piloto Agenor Scortegagna Júnior, ou simplesmente Scort, será mais uma das atrações do Festival de Arrancada. Pilotando o Opala mais rápido do mundo (foto 2), com 3.500 cavalos de potência e 350 km/h de velocidade final, ele promete levantar o público ao "queimar"a reta de 402 abaixo dos 8 segundos.
Também chamado de "Piloto das Multidões", pelo jeito carinhoso como trata os seus fãs, Scort, que reside em Colombo, começou a carreira na arrancanda em 1989 e até hoje dirige o mesmo modelo Comodoro 4100, ano 1977. Ao longo dos anos, o carro sofreu modificações na estética e mecânica e se transformou no Yellow Black Lethal (YBL).
O bólido chega a ter uma potência 40 vezes maior do que a de um Opala comum. "Quando arranco, a frente do carro chega a empinar em movimento. No fim da reta, a supermáquina só para com auxílio de para-quedas", conta o piloto, campeão brasileiro de arrancada por 11 vezes e que possui 14 títulos paranaenses, a competição de arrancada mais disputada e a que reúne o maior número de pilotos do Brasil.
Serviço:
Quinta e sexta-feira: treinos livres das 9h30 às 17 horas. Sábado: treino das 8 às 8h40 e em seguida puxadas até às 17h30. Domingo: as baterias começam às 8 horas e a premiação prevista para as 18 horas. Ingressos: Arquibancada R$ 10 (sexta), R$ 15 (sábado) e R$ 20 (domingo). Credencial box R$ 50 (mulheres) e R$ 70 (homens), válida para todos os dias. Credencial box domingo R$ 50. Para quinta-feira, a entrada é a doação de 1 kg de alimento não perecível.
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