O jet car brasileiro fará quatro exibições, duas no sábado e duas no domingo| Foto: Fotos: Divulgação/Fábio Pascoal

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Os vencedores ganharão um relógio exclusivo da Força Livre Motorsport

Atrações

Além dos pegas na pista, o evento terá ainda um dinamômetro para medir a potência dos carros; o Autorama Drag Race; simuladores de jogos; encontro de miniaturas; burn out (aquecimento de pneus); show de manobras radicais; parque de recreação infantil; e Galeria Nitro Alley, que receberá 24 lojas expondo suas marcas e produtos; além da Força Livre Girl´s Team, garotas que desfilam sua beleza pelo autódromo.

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A turbina de avião ocupa quase toda a estrutura do jet car
A versão Comodoro 4100, ano 1977, preparado para a arrancada chega a levantar a frente no momento da largada
Veja a ficha técnica do jet car

As provas de arrancada contagiam o público pela velocidade, fumaça e barulho. E o ponto alto dessa modalidade é o duelo entre os dragster, veículos em formato pontiagudo que geram mais de 3 mil cavalos e podem superar os 400 km/h. Agora, imagine um bólido três vezes mais potente que um dragster e capaz de "cuspir" uma língua de fogo de 12 metros de comprimento!Quem prestigiar o 17.º Festival Brasileiro de Arrancada, que começa amanhã e vai até domingo, no Au­­­tódromo Interna­­cio­­nal de Curi­­tiba, em Pinhais, poderá conferir o de­­sempenho do jet car (carro a jato).

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Será a principal atração do evento. Mas ele não irá competir, pois é o único em sua categoria na América Latina. Fará apenas exibições. Por seis segundos, a estrutura de concreto do autódromo irá balançar como se fosse um terremoto. É o tempo que o veículo leva para ir cumprir os 402 metros de reta a 400 km/h. Toda essa força é produzida por uma turbina de avião retirada do modelo de combate North American T-2C Bu­­ckeye, usado pela marinha americana. "O deslocamento do ar é intenso e a vibração de ver isso ao vivo é algo inexplicável", garante o piloto paulista Ricardo Guatelli Bersani, o "Pu­­dim", 33 anos.

Para se ter uma ideia da potência do jet car, a sua "puxada" empurra o corpo do piloto para trás cerca de seis vezes a força da gravidade. Na Fór­­mula 1, por exemplo, a chamada força "G" não ultrapassa a 4 G’s. "Pa­­ra absorver o solavanco, uso um colar para proteção cervical no pescoço, um macacão antichama e o meu capacete é ligado a um tubo de oxigênio", diz o piloto.

A carroceria do veículo é feita em fibra de carbono e a bolha (ca­­re­­nagem) foi emprestada do Probe, cupê esportivo produ­­zi­­­­do entre 1989 e 1997 numa parceria entre Ford e Mazda. O chas­­­­si tubular é em aço. O carro é extremamente leve. O peso total (veí­­culo/piloto) não passa de 900 quilos – apenas 70 kg a mais que o Fiat Mille.

Para evitar que o carro literalmente decole, foram adaptados um pequeno spoiler na traseira e uma carroceria com aerodinâmica que o prende ao solo. "Também utilizamos apenas 40% da potência da turbina, pois as ondulações da pista e a alta velocidade (que facilmente pode passar dos 400 km/h) colocam em risco a estabilidade do carro", explica o condutor.

Três baterias de caminhão são responsáveis por dar a partida na turbina. O projeto não prevê sistema de tração, câmbio de transmissão e diferencial. Por isso, dois freios, um para a roda traseira e outro para a dianteira, se encarregam de segurar o carro até o momento da arrancada. A labareda é acionada separadamente. O pós-combustor ou afterburner, como é chamado o mecanismo, além de aumentar o empuxo do motor em até 50%, cria o efeito de "rabo de foguete". Para frear, o piloto puxa uma alavanca que automaticamente corta o combustível e a aceleração e solta o para-quedas. Em cada puxada de seis segundos são consumidos perto de 100 litros de querosene de aviação.

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Estão programadas quatro exibições, duas no sábado e duas no domingo. É a terceira vez que um jet car se apre­­senta em Curi­­tiba. A pri­­meira ocorreu em 1997, com a vinda de uma equipe norte-americana. O barulho produzido pela turbina foi tão intenso que os alarmes de alguns carros no estacionamento do autódromo dispararam.

A outra foi em 2008, mas, devido a um superaquecimento da turbina, a exibição não foi completa. "Na época tínhamos pouca informação so­­bre o equipamento. Pa­­gamos o preço por sermos pioneiro", lem­­bra o piloto, que desta vez terá o suporte de um engenheiro brasileiro, especialista em turbina de jato.

Opala mais rápido do mundo deve levantar o público

Considerado o maior ídolo da arrancada no Brasil, o piloto Agenor Scorte­­gag­­na Júnior, ou simplesmente Scort, será mais uma das atrações do Festival de Arran­­cada. Pilo­tando o Opala mais rápido do mundo (foto 2), com 3.500 cavalos de po­­tência e 350 km/h de velocidade final, ele promete le­­vantar o pú­­blico ao "quei­mar"a reta de 402 abaixo dos 8 segundos.

Também chamado de "Piloto das Multidões", pelo jeito carinhoso como trata os seus fãs, Scort, que reside em Colombo, começou a carreira na arrancanda em 1989 e até hoje dirige o mesmo modelo Comodoro 4100, ano 1977. Ao longo dos anos, o carro sofreu modificações na estética e mecânica e se transformou no Yellow Black Lethal (YBL).

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O bólido chega a ter uma potência 40 vezes maior do que a de um Opala comum. "Quando arranco, a frente do carro chega a empinar em movimento. No fim da reta, a supermáquina só para com auxílio de para-quedas", conta o piloto, campeão brasileiro de arrancada por 11 vezes e que possui 14 títulos paranaenses, a competição de arrancada mais disputada e a que reúne o maior número de pilotos do Brasil.

Serviço:

Quinta e sexta-feira: treinos livres das 9h30 às 17 horas. Sábado: treino das 8 às 8h40 e em seguida puxadas até às 17h30. Domingo: as baterias começam às 8 horas e a premiação prevista para as 18 horas. Ingressos: Arquibancada – R$ 10 (sexta), R$ 15 (sábado) e R$ 20 (domingo). Credencial box – R$ 50 (mulheres) e R$ 70 (homens), válida para todos os dias. Credencial box domingo – R$ 50. Para quinta-feira, a entrada é a doação de 1 kg de alimento não perecível.