Carro que fica parado na garagem a semana inteira para rodar só no fim de semana exige manutenção mais frequente do que aquele que é usado todo dia, dizem especialistas. A demora para gastar o tanque cheio de combustível ou para atingir a quilometragem prevista para a próxima troca de óleo pode virar receita de problemas. "Os líquidos envelhecem e prejudicam mecanismos", explica Felício Felix, do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi).
A gasolina, por exemplo, perde características depois de um mês no tanque e pode gerar entupimento dos bicos injetores, ensina o analista. O álcool tem uma duração só um pouco maior. Por isso, encher o tanque não é recomendado para quem não usa o carro com regularidade. Tampouco esperar pela quilometragem certa para trocar o óleo do motor, dizem especialistas.
Pior é no caso do veículo que é usado esporadicamente e apenas por curtas distâncias, menos de10 km ou de 20 minutos. "O carro nunca roda o suficiente para o motor esquentar e haver a lubrificação das peças. A cada partida, há um desgaste grande". O prejuízo é maior "quando a pessoa tira o carro da garagem e acelera de uma vez", destaca Harley Bueno, diretor de segurança veicular da Associação dos Engenheiros Automotivos (AEA).
É por isso que o carro que roda pouco passa a ser visto como de "uso severo", como aqueles que andam acima do esperado. Na revisão, a tendência é que seja preciso antecipar a troca de peças, o que pode quase dobrar o custo com manutenção.
Por isso, é recomendável ter cuidado com a tentação de comprar aquele carro usado "que está novinho, quase não foi usado", alerta Felix. "Se alguém me oferecesse um carro que rodou 10 mil km em três anos e outro que andou 45 mil km nesse tempo, preferiria o segundo. A menos que o dono do primeiro comprove que fez a manutenção com tanta frequência como deveria".
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