Dar o carro usado como entranda na negociação de um zero km ou modelo mais novo é uma prática comum entre os consumidores.| Foto: Jonathan Campos Gazeta do Povo

Na hora de trocar de carro, a Tabela Fipe é uma das principais fontes de consulta para cotar o preço de seu usado no mercado.  Os valores exibidos pela ferramente acabam virando uma referência ao negociar o valor do veículo.

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Se a venda é para particular, é possível chegar perto e até ‘etiquetar’ com a Fipe. Agora, caso a ideia seja colocar o carro como entrada na negociação de um automóvel zero km ou modelo mais novo, aí que vem a surpresa.

O oferecido pela concessionária ou revenda, geralmente, fica bem abaixo do pretendido, e um dos motivos está no fato de o consumidor não saber quais são os principais pontos que interferem na avaliação de um automóvel.

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Segundo Daniel Nino, diretor da AutoAvaliar, sistema de gestão de vendas e estoque do varejo automobilístico, itens como potencial de revenda e situação geral do veículo estão entre os mais observados pelos avaliadores. “Por isso, as concessionárias e lojas raramente compram um usado pelo preço cheio de tabela”, acrescenta. 

Com base no aplicativo de cotação e avaliação desenvolvido pelo AutoAvaliar, utilizado em 1,7 mil concessionárias e cerca de 20 mil lojistas multimarcas do país, os especialistas da empresa apontam os dez itens mais relevantes na hora da concessionária ou da loja comprar um automóvel usado.

Aplicativo do AutoAvaliar permite consultar o preço médio do seminovo por estado. 

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 1. Potencial de revenda 

O avaliador considera, por exemplo, o tempo médio que o automóvel ficaria em estoque e também a margem de lucro que a loja teria com a revenda. Modelos mais novos e de marcas populares têm maior aceitação no mercado. 

 2. Modelos que saíram ou não de linha 

Quando uma marca para de fabricar um determinado modelo, a chance do preço desse veículo cair é bastante alta. O mesmo vale para os que passam por atualizações, com novas versões. 

 3. Valor do seguro 

Embora valor do seguro varie de acordo com o tipo de veículo e o perfil de cada proprietário, o custo com a seguradora é também levado em conta na hora da loja comprar ou aceitar um usado na troca. Normalmente, carros com o seguro mais baixo são mais vendáveis. 

4. Cheiro de cigarro 

 

Muitos compradores reparam também em pontos menos prováveis, como o mau cheiro no interior, sobretudo o de cigarro. Se você é fumante, evite esse hábito dentro do veículo. Às vezes, os acessórios para aromatizar o interior do carro podem ajudar. Fazer higienização de forma periódica é mais aconselhável. 

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 5. Condição dos pneus 

Pneu careca e muito gasto pode realmente desvalorizar o veículo, justamente por se tratar de um item essencial e de alto custo de reposição. Os avaliadores também costumam verificar a qualidade do estepe e, por isso, é essencial mantê-los em boas condições. 

6. Condição da pintura 

 

Pequenos arranhões podem fazer grandes estragos na hora de vender seu carro. Antes de colocá-lo à venda, faça uma inspeção por toda a lataria e, se necessário, mande para a funilaria e pintura. Muitas vezes, o custo com o reparo é menor do que o valor retirado na avaliação. 

7. Quilometragem 

Carros com alta quilometragem costumam desvalorizar na hora da venda. Muitos compradores dão preferência por veículos menos rodados, pois acreditam estar mais conservados. 

8. Único dono 

Se o carro for de único dono, é sempre importante destacar isso na hora da venda. Automóveis que passaram por várias mãos são desvalorizados, pois nem sempre dá para saber por quais condições já passaram. 

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9. Situação da lataria 

Amassados, manchas, pouco brilho e até pintura suja ou mal feita são pontos que os avaliadores verificam. Vale dar aquela passada na funilaria para uma boa revisão.

10. Situação do estofado e dos bancos 

 

Bancos rasgados, desfiados ou com estofados gastos podem fazer a diferença na hora da avaliação. O ideal é mantê-los sempre bom estado. Se seu carro tem banco de couro, a dica é hidratá-los regularmente.