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Tombada pelo Patrimônio Cultural, a Estação Saudade ficou cercada pelos carros do passado | Fotos: Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Tombada pelo Patrimônio Cultural, a Estação Saudade ficou cercada pelos carros do passado| Foto: Fotos: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

Atração

Evento teve até leilão

Durante o evento ocorreu o 1º Leilão Público de Carros Antigos e Especiais do Paraná, sob o comando do leiloeiro Gabriel Baron. O leilão foi no domingo e pela primeira vez teve a coordenação de duas mulheres – Glenys Bessler e Jaçanã Loja. Dos 80 carros que estavam à venda, 5 foram arrematados. Os lances iniciais variavam de R$ 10 mil a R$ 400 mil. O veículo de maior valor era um Cadillac vermelho de 1956, que teve um lance de R$ 300 mil – R$ 100 mil a menos que o valor pedido e por isso não foi vendido.

  • Galaxie, de 1978, que transportou o Papa João Paulo II, permanece com todas as modificações feitas na época
  • Buick 1946, uma das raridades da exposição
  • O Chevrolet Impala, de Curitiba, está em estado de novo

A nostalgia tomou conta de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, durante este feriadão. Desde sábado até on­­tem, a cidade sediou a 20.ª edição do Encontro Sul Brasileiro de Veículos Antigos. Quem passou pelas imediações da Estação Sau­­dade, prédio inaugurado em 1898 e tombado pelo Patrimônio Cul­­tural, teve a oportunidade de fazer um breve passeio ao início do sé­­culo 20.

Veículos raros, como o Buick de 1946, cujo modelo existem apenas dois em todo o Brasil, e o Landau Ga­­laxie, de 1978, que pertencia ao go­­verno do Paraná e foi utilizado para transportar o Papa João Paulo II na década de 80, foram algumas das atrações principais do evento. Ao todo, mais de 300 carros antigos tomaram conta do espaço e transformaram o visual da Estação Saudade.

Jipes militares da década de 40, Impala de 1958, Corvette lançado em 1970 e um Porsche Spyder de modelo semelhante ao usado pelo ator James Dean nos anos 50 foram outras novidades que despertaram a atenção e a curiosidade dos milhares de visitantes. Estiveram no en­­contro colecionadores do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Gran­­de do Sul.

Proprietário de uma das maiores raridades da exposição, o Buick de 1946, e presidente do Veteran Car Clu­­be do Brasil, entidade organizadora do encontro, Cláudio Maiolino, conta que eventos deste porte têm por finalidade manter a nostalgia do carro antigo viva entre os mais jovens. "Hoje o carro virou algo massificado. Até a década de 70, um carro era um projeto de vida. Atual­men­te, os veículos antigos começaram a ser encostados, abandonados em garagens", relata.

Outro ponto que chamou a atenção no evento foi a grande presença de carros restaurados. Apro­ximada­mente 80% dos veículos expostos mantinham suas características originais. "Esse é um dos pontos mais importantes. O ideal é manter sempre o veículo restaurado, o que é difícil, já que algumas peças devem ser importadas", afirma o colecionador Luiz Ernesto Wendler. Ele comenta ainda que os outros 20% dos automóveis presentes eram reformados. "Quando vo­­cê reforma, você muda algumas coi­­sas. Mas a gente sempre prima pela manutenção das características originais", afirma.

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