Se o objetivo da 4.ª edição do GM Day era reunir as famílias e crianças, além dos expositores de carros da marca General Motors, os diversos brinquedos e brincadeiras do evento não falharam na missão neste domingo (26). Embora não fossem a atração principal do evento, dar um passeio no minifusca com motor de motocicleta, brincar em um simulador de velocidade, atirar no tiro ao alvo e até mesmo dar uma volta em um triciclo motorizado chamaram mais a atenção das crianças que os carros antigos em exposição na Sociesc (Sociedade Educacional de Santa Catarina), no bairro Pinheirinho.
Ansioso, Breno de quatro anos mal podia conter a felicidade ao subir no pequeno Fusca ao lado do pai, Gian Osadtchuk, comerciante de 33 anos. “Viemos expor o carro do meu irmão e achei que esse ano está até melhor que ano passado, com mais atrativos para as crianças. Os pequenos adoraram o carrinho”, diz Carla Buccini, mãe do menino, comerciante de 31 anos, que ficou do lado de fora com a sobrinha Alice, de um ano e oito meses, esperando o passeio da família.
Com uma mochila da marca Ferrari, Pedro Silverio de três anos de idade, não escondeu a preferência automobilística, mas também não deixou de conhecer todos os atrativos do espaço, passando pelo carrinho motorizado e se encaminhando à piscina de bolinhas, dentro do pavilhão. “Soubemos do evento pelas redes sociais e aproveitamos para trazer o nosso Opala”, conta Everton Silverio, comerciante de 39 anos, pai do menino, acompanhado da esposa Patrícia Silverio, também comerciante de 42 anos.
Logo depois do estacionamento para os visitantes, um helicóptero aguardava os interessados em um passeio e o barulho e o vento que produziu chamou a atenção da família Gomes Silva – especialmente dos meninos Pedro, de cinco anos e Felipe, de um ano. “É a primeira vez que vamos a um evento de carros antigos e eles adoraram. Viemos ver de perto o helicóptero, mas como chegamos bem cedo, logo que abriu a exposição, já estamos indo embora sem o passeio”, conta Samuel Otávio Silva, vendedor de 34 anos e pai dos meninos. A mãe, Tania Cristina Gomes, assistente administrativa de 32 anos, lembra: “Mas eles já andaram no carrinho.”
O evento reuniu até o início da tarde cerca de 400 expositores de carros antigos. Além dos brinquedos e dos carros expostos, havia estandes de comércio de peças e acessórios automobilísticos, food trucks, banda com música ao vivo, entre outras atrações.
“A nossa ideia é oferecer uma estrutura completa, como é feito nos Estados Unidos, nos quais a pessoa consegue achar as peças que precisa para completar o carro, todos os acessórios, além de passar um dia agradável com a família”, explica Luiz Kloss, da Astral Marketing Profissional, empresa responsável pela organização do evento. “Fizemos uma pesquisa informal com os clubes automotivos e eles preferiram manter o GM Day em apenas um dia, mas existe a ideia de expandir para três dias de encontro: sexta, sábado e domingo, que ainda vamos discutir para as próximas edições”, completa Kloss.
Carros antigos e com muitas histórias para contar
A trajetória do Opala cor-de-rosa
Opala rosa
A história de amor da Solange com o Opala começou cedo, quando ela era apenas uma criança. “Eu era pequena, tinha uns 10 anos, quando andei em um Opala pela primeira vez. Lembro de ter pensado na hora: ‘Quando eu crescer, quero ter um carro igual a esse’ e eu fui lutando até conseguir um”, diz a massagista, que começou com um Chevette e passou por um Opala antigo até chegar ao atual, que ela carinhosamente chama de “pretão”.
“Esse é um Opala 88 e está comigo há 20 anos. Com esse eu ando na rua, vou ao trabalho. Com o outro, um Opala também 88, o ‘pretinho’ estou há 10 anos e uso só para correr”, conta Solange Aparecida Soares Pimpão, de 47 anos, que já ganhou diversos prêmios, entre eles o primeiro lugar na categoria feminino no Arrancadão e faz parte há 10 anos do Clube dos Opaleiros.
Quando relembra a vida com que passou ao lado dos carros, Solange só relata uma tristeza: quando o “pretão” foi roubado e dele retirado todas as peças. “Roubaram na quarta-feira e eu o recuperei na sexta, vazio. Aos poucos fui recolocando todos os itens, até ficar como está hoje”, diz. Ao lado da filha, outra amante de carros antigos, segura o coração quando revela: “Ela prefere Ômega, outro carro que também temos. Embora a minha paixão seja o Opala, o que eu vou fazer, né?”, conta rindo.
Paixão pelo automobilismo de mãe para filho
Se foi a mãe quem incentivou o filho a gostar de carros antigos ou se foi o filho quem influenciou o gosto da mãe, não há como saber. Fato é que Atalida Neto, advogado de 30 anos, e Gina Luci Schafer, comerciante de 57 anos, tem uma paixão em comum: os Opalas. Quando o menino completou a idade necessária para tirar a carteira de motorista, o carro estava garantido pela mãe: um Opala branco de 1980.
Amor pelo opala
Anos depois, o filho soube que o carro dos sonhos da dona Gina estava à venda na cidade de Campo Mourão, no noroeste do estado do Paraná, e correu busca-lo. O modelo era um Opala Diplomata, todo decorado na cor bordô, ou chateau. “Ela sempre quis esse modelo e nessa cor. Fomos eu, minha mãe e meu pai busca-lo, sem dúvidas. Embora meu pai não seja um apaixonado pelos carros como eu, minha mãe é”, diz Neto.
Os cuidados com os carros fazem parte da rotina da família. Toda semana é preciso uma lavagem e eles nunca passam uma noite descobertos, pois podem acumular poeira e a manutenção também é regular. “Não saímos muito com eles, apenas nos fins de semana em que temos eventos e encontros de outros donos da marca. Durante a semana é mais complicado, o trânsito é muito intenso e há o risco de ter algum problema”, explica o filho.
Amor pelo Opala
Carro ou ambulância?
Alex Gabardo, motorista de 26 anos, se surpreendeu ao ver nos documentos da recém-adquirida Caravan que ela estava registrada como uma “ambulância”. O fato inusitado não foi visto com estranheza, mas como uma oportunidade e Alex passou dois anos buscando os acessórios originais da marca. Aos poucos, a ambulância foi reconstruída, com direito a maca, cabo para soro e até mesmo uma sirene no teto.
Carro ou ambulância?
“Comprei todas as peças originais. O clube de que faço parte tem alguns convênios e descontos e eu encontrei um pessoal de Ponta Grossa que tinha as peças que eu precisava. Não tenho nenhum problema em andar com ela toda caracterizada porque ela tem os documentos como ambulância”, conta o jovem.
Caminhonete e caminhão
O caminhão azul fez parte de toda a vida do empresário Geraldo Brehm, de 54 anos, pois a família possuía uma empresa de transporte. Quando o tio, proprietário inicial do veículo adquirido em 1952, se aposentou, o caminhão foi para as mãos do sobrinho, que manteve a cor original e adicionou outro veículo à frota da família.
Amor da família
“A caminhonete, também em azul, foi para fazer o par! As cores dos dois veículos são as originais. Não é difícil achar o tom certo, porque você encontra a pigmentação igual e pinta”, conta o empresário, que ressalta a homenagem ao tio na placa do caminhão: JAA1952. “João Angelin de Almeida e a data 1952 lembra o ano em que o caminhão foi comprado”, diz.
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