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Passear pelas ruas de Cuba é fazer uma viagem ao passado à bordo de um Chevy Bel Air 1957, de um Plymouth Special De Luxe 1947 ou então um Buick Super 1940. Os carros que circulam por lá datam as décadas de 40, 50 e 60, reforçado pela arquitetura antiga que predomina na ilha.

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Com a sanção imposta pelo Estados Unidos após a Revolução de 1960, capitaneada por Fidel Castro, morto neste sábado (26), e a orientação socialista do governo, a frota de veículos local parou de ser renovada - até então Cuba era o maior importador de automóveis americanos.

O custo passou a ser alto para manter aqueles carros grandes, que consumiam demais e tinham a manutenção cara. Acabavam ou abandonados ou deteriorados pela falta de conservação.

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Os veículos mais parecem ‘carroças’ circulando por Havana, a capital do país. As ‘banheiras’ viraram uma tradução de um país que parou no tempo e, ao mesmo, uma atração turística para os que desejam fazer um passeio ao passado.

A reaproximação dos EUA com Cuba em 2014, já com Raúl Castro (irmão de Fidel) no poder, pôs fim a uma disputa de décadas e abriu espaço para o fim do embargo econômico à ilha.

Marcas como Hyundai, Peugeot e Kia começaram a vender seus modelos por lá via agências estatais que sobretaxavam os modelos, o que restringia a compra a alguns endinheirados e funcionários do governo.

Para se ter uma ideia, um Peugeot 508, que por aqui há dois anos custava a partir de R$ 109.990, em Cuba saía por assustadores R$ 630 mil.

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Até os modelos usados, que poderiam ser comprados com permissão do governo, estavam distantes de serem acessíveis para boa parte da população, que ganhava em média, US$ 20 por mês. Um Corolla 2006, por exemplo, era encontrado por R$ 90 mil, enquanto para um Renault Clio 2005 eram cobrados R$ 60 mil.

Os preços astronômicos dos veículos e a baixa renda da população ainda impede que a frota seja atualizada. O cidadão cubano só pode adquirir o veículo por pagamento à vista, sem nenhuma forma de financiamento.