Carros com motores bicombustíveis representam atualmente 83% das vendas, segundo a Anfavea| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Depois de sete anos de as­­cenção no mercado nacional, as vendas de carros flex so­­freram retração em 2011. O emplacamento de modelos com motor bicombustível caiu 1% para 2,84 milhões de unidades na comparação com 2010. Na­­quele ano os veículos da categoria alcançaram recorde com 2,87 milhões de veículos.

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O tombo dos carros flex no ano passado não foi registrado apenas em número de vendas, mas também em market share. Os automóveis e comerciais leves movidos a gasolina e a etanol perderam 3 pon­­tos porcentuais no mercado e passaram a responder por 83% das vendas.

Segundo a Associação dos Fa­­bri­­cantes de Veículos (Anfavea) esta desaceleração nas vendas de modelos da categoria ao longo do ano, foram em razão das medidas adotadas pelo governo para desacequecer a economia. As regras mais rígidas pa­­ra a liberação de crédito frearam a com­­pra de automóveis de entrada e estimularam a aquisição de modelos de categorias superiores, com motores a gasolina ou a diesel. Ape­­sar de não ter sido mencionado pela associação, outro mo­­tivo para a transformação é o crescimen­­to da venda de carros importados. No ano passado, 23,6% dos veículos licenciados não foram produzidos no Brasil. Boa parte das 858 mil unidades importadas já chegam ao mercado local com propulsor flex. Ainda assim, há novos players no mercado que ainda não oferecem a tecnologia, principalmente os asiáticos. Houve também crescimento das vendas de automóveis importados premium, sem motores flexíveis.

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A mudança no perfil de consumo fica mais nítida quando avaliada as cilindradas dos carros vendidos em 2011. A participação de modelos 1.0 caiu de 50,8% em 2010 para 45,2% no ano passado. Enquanto isso, a presença de automóveis novos entre 1.0 e 2.0 cresceu de 48% para 53,2%. Já o market share dos veículos com motores acima de 2.0 aumentou de 1,2% pa­­ra 1,5% no ano passado.