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Todo mundo quer ter uma vida longa, certo? No mundo automotivo, não é diferente. Afinal, a longevidade de um produto está intimamente ligada à sua aceitação comercial.

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Porém, nem todos têm essa sorte: muitos veículos vivem uma carreira curta, permanecendo pouco tempo no mercado. Você lembra de alguns? Se não, vamos ajudá-lo a recordar de 10 carros que saíram de linha cedo no Brasil.

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A relação inclui apenas modelos nacionais, uma vez que com os importados, mais vulneráveis a questões econômicas, esse fenômeno é mais comum. Confira:

1. Fiat Brava

Foto: Fiat/ Divulgação

Quando chegou ao Brasil, em 1999, o Brava já tinha 4 anos na Europa. Mesmo assim, até impressionou pelo design. A carroceria arredondada, a dianteira com faróis estreitos e a traseira com lanternas filetadas ainda transmitiam ousadia.

Porém, não a ponto de conseguir ter uma longa permanência no mercado. No início de 2003, ele deixava de ser produzido em Betim (MG).

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O problema é que o hatch da Fiat chegou um tanto atrasado ao mercado brasileiro. Quando foi lançado, Volkswagen e Chevrolet haviam acabado de iniciar as vendas das então novas gerações de Golf e Astra, recém-apresentadas inclusive no exterior.

A resposta da marca italiana foi nacionalizar, já em 2002, o Stilo, que também era novidade mundialmente. Pouco depois, o Brava saía de cena.

2. Fiat Oggi

Foto: Fiat/ Divulgação

O Brava durou pouco, mas comparado ao Oggi, até que não teve vida tão curta assim… Afinal, a trajetória do modelo três-volumes baseado no 147 iniciou-se em 1983 e terminou já em 1985. Naquele ano, era apresentado seu sucessor: o Prêmio, desenvolvido a partir do Uno.

A curta permanência no mercado está relacionada à demora da Fiat para lançá-lo. Ele foi o último integrante da linha 147 a ser desenvolvido: chegou anos depois do hatch, da picape e até da perua Panorama. Hoje, todos eles são carros que saíram de linha, mas nenhum teve existência tão breve quanto a do Oggi.

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3. Chevrolet Omega Suprema

Foto: Chevrolet/ Divulgação

Eis aqui um veículo injustiçado. Afinal, a perua Suprema compartilhava todas a características técnicas com o Omega, que foi o nacional mais sofisticado do século XX.

Isso, porém, não foi suficiente para assegurar boas vendas ao modelo, que saiu de cena em 1996, dois anos antes do “irmão”. Como foi lançada em 1992, a station teve trajetória de aproximadamente 4 anos.

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Há de se considerar que a perua não tem um desenho tão harmonioso quanto o do sedã que lhe deu origem. O corte um tanto abrupto da traseira pode até ser funcional, mas causa alguma estranheza.

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De qualquer modo, parece exagero dizer que a Suprema lembra um carro funerário, como muitos críticos alegavam na época.

4. Chevrolet Vectra GT

O Vectra é quase sempre lembrado na forma de sedã. Afinal, essa foi a única opção de carroceria das duas primeiras gerações do modelo no Brasil.

Só a terceira safra teve a configuração hatch, chamada de GT pelo fabricante, embora não tivesse desempenho esportivo.

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Parece não ter feito muita diferença, já que esse modelo teve uma passagem apagada durante os poucos anos nos quais permaneceu no mercado, entre 2007 e 2011.

A verdade é que, ao contrário das duas anteriores, a terceira geração do Vectra não passava do Astra europeu rebatizado. Para piorar, ele foi oferecido no Brasil simultaneamente com o antecessor, que custava menos e tinha a mesma mecânica.

Todavia, em 2011 todos esses modelos entraram para o roll dos carros que saíram de linha: foram substituídos, juntos, pela linha Cruze.

5. Renault Symbol

Foto: Renault/ Divulgação

O Symbol tinha um posicionamento estranho no mercado. Era menor que o Logan, mas tinha preços mais altos. A Renault justificava essa diferença com um acabamento mais caprichado e a oferta apenas de motores 1.6. Mas a aposta não deu certo: as vendas, iniciadas em 2009, eram encerradas em 2013.

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Verdade seja dita, o sedã vinha completo de fábrica e tinha valores competitivos diante da concorrência. Entretanto, no fim das contas, era apenas uma derivação do Clio Sedan, outro Renault que  teve pouca aceitação. Hoje, muita gente sequer se lembra da existência do Symbol.

6. Volkswagen Variant II

Foto: Volkswagen/ Divulgação

Atenção, o veículo ao qual nos referimos não é a Variant I, que foi produzida por sete anos e teve bons números de vendas. O modelo em questão é a segunda geração da perua, mais conhecida como Variant II. Esta durou pouco mais de três anos: de dezembro de 1977 a meados de 1980.

O insucesso comercial da Variant II é geralmente atribuído a dois fatores: o desenho muito parecido com o da Brasília, menor e mais barata, e a insistência da Volkswagen em utilizar o motor 1.600 a ar, já ultrapassado, em vez de trazer a perua Passat, mais atual e refrigerada a água. Hoje, a perua é um dos produtos nacionais mais raros da Volkswagen.

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7. Volkswagen Apollo

O Apollo é um clone do Verona, que, por sua vez, é um três-volumes baseado no Escort. Eles são praticamente idênticos: diferenciam-se apenas pelos emblemas e por alguns detalhes de acabamento.

Trata-se de uma consequência da Autolatina, associação entre Volkswagen e Ford iniciada nos anos 80 e desfeita na década seguinte.

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Como era essencialmente um Ford, e não um Volkswagen, o Apollo teve pouca aceitação pela clientela da marca alemã. Por isso, a produção, iniciada em 1990, foi interrompida já em 1993.

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O Verona, opr sua vez, teve trajetória um pouco maior: lançado antes, em 1989, ganhou uma sobrevida com a chegada de uma nova geração, que permaneceu no mercado até 1996.

8. Volkswagen 1.600

Foto: Volkswagen/ Divulgação

Há quem diga que beleza não põe mesa. Pode até ser verdade, mas não se aplica ao Volkswagen 1.600. Suas baixas vendas são decorrentes da rejeição do consumidor dos anos 60 ao seu design.

As linhas quadradas e as maçanetas em formato de alça logo renderam a ele um apelido inglório: “Zé do Caixão”.

O sedã com motor traseiro a ar foi tão rejeitado que a produção só foi de 1968 a 1971. Ele agradou quase que unicamente aos taxistas, graças às quatro portas.

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Hoje, já antigo, está entre os carros fora de linha colecionáveis. Talvez devido ao seu aspecto retrô, muitos nem o consideram feio atualmente.

9. Peugeot Hoggar

Foto: Peugeot/ DIvulgação

As picapes compactas costumam ser longevas. As atuais Strada, Saveiro e Montana somam, juntas, algumas décadas de existência.

Carros do mesmo segmento que já saíram de linha, como Pampa, Chevy 500 e Fiorino, também tiveram vidas longas. A picape Hoggar é uma exceção: foi vendida somente entre os anos de 2010 e 2014.

A falta de tradição da Peugeot no segmento de picapes é geralmente apontado como o maior causa do fracasso da Hoggar. mas não o único: esteticamente, a caminhonete também não agradou.

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10. Dodge Dakota

Foto: Chrysler/ Divulgação

A história da Chrysler no Brasil é marcada por conturbações. A empresa norte-americana, que se instalou por aqui pela primeira vez nos anos de 1960, saiu do país em 1981.

Após um hiato de quase duas décadas, a multinacional voltou em 1999, para produzir a picape Dakota. Mas a nova investida teve aspecto de dèjá vu: em 2001, a marca encerrava novamente suas atividades locais.

Ao contrário de outros carros que saíram de linha listados aqui, a Dakota teve uma aceitação até razoável. O problema foi mais mercadológico, uma vez que, na virada do século, as vendas de veículos no país estavam abaladas por uma crise.

A Chrysler, então, preferiu fechar as portas de sua fábrica em Campo Largo (PR) – pequena e altamente dependente de componentes importados – que fazer novos investimentos.

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