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Modelo top custa R$ 555 mil
A concessionária Stuttgart Sportcar, em Curitiba, já recebeu em seu showroom, para demonstração, a nova geração do Porsche Cayenne, com motores V8 aspirado de 400 cv e turbo de 500 cv. Os veículos custam R$ 379 mil ("S" com motor V8 aspirado) e R$ 555 mil (V8 turbo). Ainda não se sabe o preço do CayenneV6, que deve começar a ser vendido no país no fim do ano. Espera-se, no entanto, que o valor seja entre 10% e 15% mais em conta que o do modelo com propulsor mais potente.
Enquanto por aqui, a segunda geração do Porsche Cayenne começa a ser vendida com motores V8, na Europa, o utilitário esportivo acaba de ganhar uma opção de entrada V6 de 300 cv. Foi esse modelo que o Caderno de Automóveis testou na Alemanha, já que o jipão também vai desembarcar em solo brasileiro até o fim do ano.
Diferente do gran turismo Panamera, que ganhou um motor V6 inteiramente Porsche, o Cayenne seis cilindros está herdando um propulsor de origem Volkswagen/Audi uma decisão, no mínimo, racional até porque o utilitário esportivo é produzido na mesma fábrica de onde saem os primos VW Touareg e Audi Q7 todos, inclusive, compartilham a mesma plataforma. Vale lembrar que a Porsche é a principal acionista da Volks. O Cayenne também passou por mudanças no visual. Uma reestilização, inclusive, que deixou o utilitário esportivo com linhas mais "musculosas" e sinuosas. Sua frente, como era de esperar, lembra a de um Porsche como o mundo conhece. Lá estão os clássicos faróis e o capô longo (que ganhou menor inclinação). A grade frontal, por outro lado, cresceu, assim como as entradas de ar para refrigerar os freios. Atrás, as lanternas com lâmpadas de LEDs se estendem até a lateral da carroceria. Além disso, acima do vidro traseiro, há um novo aerofólio.
As mudanças internas também não foram poucas. A começar pelo painel, onde os instrumentos estão com aspecto mais esportivo, com o conta-giros ao centro, como no 911. Veio do cupê também o volante de três raios com comandos de áudio, piloto automático e as borboletas para troca de marchas. Já o sistema multimídia ganhou uma nova tela, bem maior, e as saídas de ar estão agora na vertical. O console central, por sua vez, está mais alto, com teclas dispostas em forma de "espinha de peixe", igual ao do Panamera.
Como era de se esperar num utilitário esportivo de luxo da Porsche, dois pontos fortes do Cayenne são o acabamento e os equipamentos de série. Há muito couro e itens como ar-condicionado com zonas de ajuste separadas, sensores de estacionamento frontais, laterais e traseiros, controle de cruzeiro, sistema de som com tela LCD sensível ao toque, teto solar e bancos elétricos.
Na hora de testar o novo motor V6 de injeção direta a gasolina, a primeira boa descoberta foi o câmbio Tiptronic de oito marchas. Essa transmissão aliada ao propulsor que rende 300 cavalos e torque (força) máximo de 40,7 kgfm garante ao utilitário esportivo muita agilidade, com boas acelerações e retomadas. E, mesmo sem contar com a dupla embreagem do sistema PDK, as trocas de marchas são feitas com muita suavidade.
O Cayenne V6 também passou com louvor no quesito estabilidade, algo muito importante para um jipão de 4,84 metros de comprimento e 1,70 metro de altura. Além dos freios a disco autoventilados e do controle de estabilidade (PSM), a versão avaliada trazia o Porsche Active Suspension Management (PASM), o gerenciamento de suspensão ativa que controla através de teclas no painel o sistema nos modos Normal (mais macio), Sport e Sport Plus (que tornam o conjunto cada vez mais rígido e rebaixado). Resultado: mesmo nas curvas mais fechadas e, em alta velocidade, a traseira do 4x4 não tendia a escapar da pista e as rodas aro 18 ficavam o tempo todo grudadas no chão. O modelo vinha ainda com o PDCC, um controle dinâmico do chassi.
Segundo dados da Porsche, o Cayenne V6 faz de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos e pode atingir uma velocidade máxima de 230 km/h. Quanto ao consumo, na cidade, o utilitário esportivo faz 6,28 km/l e, na estrada, 11,9 km/l números interessantes para um modelo V6. Parte da economia de combustível se deve, como no caso do Panamera, ao sistema Start-Stop, que desliga o propulsor, por exemplo, num semáforo e o religa, automaticamente, quando o motorista pisa no acelerador.
O jornalista viajou a convite da Porsche.
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