Um dos poucos modelos veteranos que ainda sobrevivem no mercado brasileiro acaba de receber a aposentadoria. O Classic deixará de ser vendido no país após 21 anos ininterruptos de mercado.
O sedã compacto continua a ser feito fábrica da Argentina (de onde sai para o Brasil), mas agora apensa para o consumo local. Por aqui, a Chevrolet trabalhará apenas com o estoque de quase 5 mil unidades, número suficiente para que o modelo, também já foi chamado de Corsa Sedan, esteja nas lojas por mais três meses.
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Nos últimos dois meses, o modelo emplacou uma média de 1,7 mil unidades, sendo o quinto modelo mais licenciado pela Chevrolet em 2016 e o 28.º entre todos os modelos vendidos no país, com 10. 023 exemplares acumulados até julho.
Nessas duas décadas de mercado, o Corsa Sedan/Classic teve motorizações 1.0 e 1.6. A nome Classic veio em 2006, ainda com as duas opções de propulsores. Mas, no ano seguinte se resumiu ao de menor cilindrada. Chegou a ter uma versão automática de quatro marchas em 1997.
Mas ele não é o único a dar adeus ao mercado brasileiro. Outros modelos também saíram de cena, seja por aposentadoria, mudança de geração e vendas baixas. Confira a seguir quem está nesta lista:
Chevrolet Classic
A Chevrolet confirmou o fim do Classic ao anunciar que o Prisma manteria o visual do antigo na versão Joy 1.0, enquanto a reestilização do modelo foi lançada recentemente com uma aparência mais moderna.
Ou seja, o veterano deixaria de ter a função de carro de entrada da marca, apesar de custar R$ 32.670 contra os R$ 42.990 do Joy. O Classic possui motor 1.0 que rende 78 cv e 9,7 kgfm abastecido com etanol.
Fiat Uno Vivace
O versão de entrada da Fiat não havia sido atualizada como o restante da linha em 2014. Sinal de que os dias da configuração estavam contados. A sobrevida durou até maio deste ano, quando veio o Mobi para ocupar a porta de entrada da marca.
No mercado de seminovos, o modelo 2016/2016 (4 portas) é vendido por R$ 28,7 mil, enquanto o 2015/2015 sai por R$ 26,5 mil, segundo a tabela Fipe. O Vivace é equipado com motor 1.0 Fire, de 75 cv e 9,9 kgfm.
Chevrolet Cruze
O modelo médio ganhou uma nova geração, com o novo motor 1.4 turbo e alguns itens só disponíveis em carros premium, por enquanto apenas na carroceria sedã (o hatch chega em 2017).
Assim, a primeira geração chegou ao fim do ciclo, com um visual que beira a esportividade e ainda atrai muitos consumidores.
O motor 1.8 gera 144 cv e 18,9 kgfm. Na Fipe, a opção sedã 2016/2016 sai por R$ 66 mil na versão de entrada LT e com câmbio automático de seis velocidades.
Honda Civic
Outro modelo que trocou de geração - foi para 10.ª. A chegada da nova às lojas está prevista para o próximo dia 25, com um projeto moderno e o inédito motor 1.5, de 173 cv, na topo de linha Touring, além da opção 2.0 (155 cv).
O antecessor traz também o propulsor 1.8, de 144 cv, com preço Fipe partindo de R$ 63,5 mil no acabamento 1.8 LXS com câmbio manual e vai a R$ 78,8 mil na 2.0 EXR automática - preços referentes ao ano/modelo 2016/16.
Peugeot RCZ
Já era difícil ver o esportivo RCZ nas ruas, imagine agora que a Peugeot deixou de importá-lo. Uma pena, pois o visual do carro é bonito e não tem como passar despercebido ao estilo próprio com teto côncavo e perfil baixo.
O motor 1.6 THP turbo, de 165 cv e 24,5 kgfm, é gerenciado por um câmbio automático de seis marchas. A Fipe do modelo 2015 é de R$ 111,2 mil.
Renault Clio
A Renault não confirma, mas o micro SUV Kwid aposentará Clio a partir de 2017. O longo tempo de mercado e as vendas baixas do hatch forçaram a marca francesa a buscar um novo estímulo para o segmento de entrada no Brasil.
Produzido desde 1999, o Clio não passou da segunda geração no Brasil, enquanto na Europa o modelo está na quarta geração e com um projeto bem moderno. Equipado com motor 1.0, de 80 cv e 10,4 kgfm, chegou a ser o modelo mais econômico em consumo no país. O zero km custa R$ 34.985.
Mercedes GLK
O visual ‘quadradão’ do utilitário é inconfundível nas ruas. Porém, ela saiu de cena para a chegada da nova geração, que adotou a nomenclatura GLC.
O modelo é equipado com o motor 2.2 a diesel, de 170 cv e ótimos 40,8 kgfm. O carro conta com a sofisticação tradicional da marca alemã, aliado os recursos de segurança e fora de estrada para encarar qualquer tipo de terreno. Na Fipe, o SUV 2015 custa R$ 169,7 mil.
Chevrolet Celta
A produção havia encerrado em 2015, mas o alto estoque na fábrica deu a ele uma hora extra nas concessionárias. No primeiro semestre deste ano ainda era possível encontrar o modelo zero km nas lojas.
Muito popular e com preço acessível, foi sucesso de vendas por muito tempo, sendo adquirida em larga escala por fortistas. O modelo não tem um sucessor confirmado, mas a Chevrolet já desenvolveu um novo popular. Por enquanto, a marca aposta no sucesso do Onix, o carro mais vendido no país, que acaba de receber uma reestilização.
O Celta 1.0, de 78 cv e 9,7 kgfm, era vendido por R$ 31,4 mil no modelo 2016.
Fiat Bravo
O hatch médio agoniza em vendas há um bom tempo, mas a Fiat ainda o mantém no mercado. Os rumores de que será aposentado cresce a cada dia, especialmente depois que a marca informou que o Bravo, juntamente com o sedã Linea e a minivan Idea tiveram suas produções paralisadas em Betim (MG).
A montadora diz que a decisão é temporária e visa adequar à demanda de mercado. Ou seja, a baixa procura deve persistir, o que coloca um ponto final nesses modelos.
O Bravo é vendido em quatro versões, da 1.8 Essence , de 132 cv e 18,9 kgfm, por R$ 72,1 mil, a T-Jet 1.4 turbo, de 152 cv e 23,0 kgfm, por R$ 91,1 mil.
Ford Ranger
A Nova Ranger deu lugar a uma reestilização, com mais recursos de segurança e de tecnologia. A picape também ficou com um proposta urbana, sem perder a disposição para encarar terrenos hostis fora de estrada.
A antecessora pode ser encontrada no mercado de seminovos a partir de R$ 74,7 mil na versão 2.5 XLS Flex, de 173 cv e 24,7 kgfm, e de R$ 98,8 mil na 2.2 XLS 4x4 Turbodiesel (manual), de 150 cv e 38,2 kgfm.
Nissan Sentra
Em maio deste ano, o Sentra ganhou um visual mais alinhado com a nova identidade da marca. Câmbio CVT e controle de estabilidade passaram a vir de série desde a versão de entrada.
Com isso, a linha anterior, que foi atualizada em 2013, passou a figurar apenas nas seções de seminovos. É um dos melhores custo-benefício do mercado de sedãs usados, pois, além do preço de R$ 58,6 mil para a versão de entrada S, modelo 2016, vem com direção elétrica, partida e acesso ao carro sem chave (keyless), volante multifuncional e luz diurna em led.
A topo de linha Unique sai por R$ 74,8 mil. O motor 2.0 flex rende 140 cv e 20 kgfm, associado à transmissão mecânica tem seis velocidades.
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