Chevrolet desbanca a hegemonia da Fiat e assume a ponta em vendas no Brasil

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O mercado de vendas de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) tem uma nova liderança: a Chevrolet desbancou a Fiat. A fabricante italiana defendia uma hegemonia de 13 anos - era líder desde 2003, ano em que tomou o primeiro lugar da rival norte-americana.

O principal responsável pelo desempenho da Chevrolet é Onix, o modelo zero quilômetro mais vendido no Brasil pelo segundo ano seguido. Sozinho, o hatch é responsável por 44% dos emplacamentos (153.372) da fabricante, que fechou o ano passado com 345.874 carros negociados.

A Fiat, por sua vez, registrou 304.980 unidades vendidas. E a Volkswagen se manteve na terceira colocação, com 228.456 exemplares.

Comparado a 2015, o trio acompanhou a retração do setor e emplacaram menos em 2016. A Chevrolet recuou cerca de 45 mil carros, enquanto a Fiat ‘encolheu’ 134 mil veículos, número muito próximo ao da Volkswagen (131 mil). A marca alemã, no entanto, teve divergências com fornecedores e a produção acabou interrompida alguns meses em suas fábricas.

O destaque foi a Hyundai, que conseguiu pela primeira vez quebrar o domínio das quatro montadoras mais antigas do país. A marca sul-coreana apareceu na quarta colocação, tirando o posto que pertencia à Ford até o ano passada. Esta acabou sendo ultrapassada ainda pela Toyota, caindo para a sexta posição.

A diferença entre a Hyundai (4ª) e a Volkswagen (3ª) foi de apenas 1,54% de participação - o HB20, segundo em vendas no país, garantiu a boa performance da empresa sul-coreana.

Maior diversidade de marcas

Em 10 anos, o trio formado por Chevrolet, Fiat e Volkswagen viu sua fatia de mercado diminuir e a das marcas ‘menores’ aumentarem. De 70,12% do ‘bolo’ em 2006, as três agora respondem por 44,26%, considerando apenas automóveis e comerciais leves.

Em contrapartida, as outras marcas pularam de 29,88% para 55,74% no mesmo período. Reflexo, principalmente, da maior diversidade de marcas abocanhando fatias consideráveis de mercado.

Há 10 anos, a Toyota, com 3,8%, era a quem mais se aproximada da Ford, então quarta, com 11,25%. Em 2016, o grupo intermediário é formado por Hyundai (10%), Toyota (9,1%), Ford (9,1%), Renault (7,6%) e Honda (6,2%).