Fulwin, chamado de A13 na China, será o primeiro a ser fabricado no Brasil| Foto: Divulgação/Chery
Terreno onde será construída a fábrica da Chery tem 1 milhão de metros quadrados
Chery S18 com motor flex começa a ser vendido até outubro

Com a oferta de carros bem equipados, preços baixos e grande prazo de garantia, os modelos chineses estão conquistando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Uma das montadoras que vê o Brasil como um forte aliado para alavancar as vendas é a Chery Automobile, que saiu na frente na última terça-feira com o lançamento da pedra fundamental de sua fábrica em Jacareí (a 90 quilômetros de São Paulo).

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Com investimentos de US$ 400 milhões e ocupando uma área de 1 milhão de metros quadrados, a unidade de Jacareí produzirá duas plataformas. Uma delas será a do A13, que estará disponível em duas versões e poderá ser batizado como Fulwin (hatch) e Fulwin 2 (sedã). Mesmo antes do início das atividades na fábrica, o modelo deve ser importado para o Brasil em janeiro de 2012 com o motor 1.5 flex e preço em torno de R$ 35 mil para as duas carrocerias. A outra plataforma poderá resultar no hatch S18, que terá motor 1.3 flex e forte apelo para o público mais jovem. Chegando ao Brasil já em outubro, o carro deve custar em torno de R$ 30 mil.

A estimativa da companhia é de que no local sejam produzidas 170 mil unidades por ano até 2016. O volume inicial será entre 50 mil e 60 mil veículos e 1,2 mil empregos diretos serão criados. A produção irá abastecer o mercado interno, sendo que aproximadamente 15% serão enviados para países do Mercosul, disse o CEO da Chery Brasil, Luis Curi. Acres­centando ainda que toda a linha da Chery será bicombustível até o ano que vem. O sistema, no entanto, virá da China até a primeira fase de produção da fábrica.

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Em relação aos fornecedores, segundo a diretoria chinesa presente no lançamento da pedra fundamental, será feito um levantamento do que há disponível na região. Caso seja necessário, no entanto, empresas chinesas farão parte do processo de fornecimento de peças. A ideia é nacionalizar entre 30% e 50% das peças a longo prazo. Além disso, os modelos sofrerão algumas modificações para serem adaptados ao gosto e às condições das vias brasileiras.

"A construção de uma planta na­­cional só trará benefícios aos consumidores", disse Moacir Cos­sia, superintendente do Grupo RBV que conta com cinco concessionárias Chery Hong Kong no Pa­­raná – localizadas nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Lon­­drina, Maringá e Cascavel, além de outra unidade em Marília (SP).

O jornalista viajou a convite da Chery