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O Cielo hatch, como o sedã, vem completo de fábrica e com três anos de garantia total | Divulgação/Chery
O Cielo hatch, como o sedã, vem completo de fábrica e com três anos de garantia total| Foto: Divulgação/Chery

Outros modelos chegam este ano

Luis Curi, CEO da Chery no Bra­­sil, afirma que a meta da fábrica chinesa é vender 10 mil veículos no país este ano, sendo 2 mil Cielo (70% hatch e 30% sedan), 3 mil Tiggo e 5 mil Face, modelo que ainda será lançado por aqui. Outro que deve de­­sembarcar em solo brasileiro é o QQ. As novidades chinesas estarão no Salão do Automóvel em São Paulo, no mês de outubro, inclusive um modelo elétrico.

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  • O visual do novo modelo chinês que chega ao Brasil é moderno e bem atraente
  • Do lado de dentro, o Cielo é bonito e confortável
  • Falta de cuidado nos detalhes
  • Boa condição para dirigir

A missão da Chery, primeira marca chinesa de automóveis a ocupar lugar no mercado brasileiro, não é das mais simples. Luis Curi, CEO da Che­­ry no Brasil, diz que o desafio é vencer o estigma de que o produto chinês não é confiável. Depois do Tiggo, a empresa acaba de lançar no Brasil o Cielo, nas versões hatch e sedã, ambas por R$ 41.900. O preço atraente, para um carro completo, deve ser o principal componente para enfrentar rivais como o Hyundai i30 e o Ford Focus.

Logo no início da comercialização a Chery se deparou com um problema, que foi a cobrança de ágio por parte de algumas concessionárias. Curi explica que a indústria não pode tabelar os preços, mas que iria chamar os concessionários e pedir que colaborassem para manter o preço sugerido, que é o grande atrativo do modelo.

O Cielo ganhou esse nome no Brasil depois de um concurso na internet em que a indústria recebeu mais de 10 mil sugestões. Na China ele se chama A3, nome que não pode ser usado aqui por causa do modelo da Audi. O Cielo vem de fá­­brica com vidros e travas elétricas, direção hidráulica, ar-condicionado, freios ABS mais EBD nas quatro rodas (o ABS evita que os freios travem em uma frenagem de emergência e o EBD distribui a frenagem em cada roda, garantindo o controle do veículo) e duplo air bag. Pode ser en­­contrado nas cores preto, prata, azul, vermelho e cinza.

O motor do Cielo é o DOHC Acte­­­co, 1.6 a gasolina de 119 cavalos. Ele desenvolve a velocidade máxima de 170 km/h e o consumo de combustível em uso misto (es­­trada e cidade) varia de 8,7 a 9 km/litro, segundo informações da Che­­ry. Curi conta que a empresa chinesa está desenvolvendo um motor flex que deverá estar pronto até o fim do ano. Se­­gundo ele, esse é um dos motivos que levaram a empresa a postergar o lançamento de al­­guns modelos no Brasil porque ha­­via a expectativa de já lançar com o motor flex.

O Cielo, tanto o hatch quanto o sedã, tem uma aparência bem atraente. Do lado de dentro a primeira impressão também é boa. O carro é aconchegante e espaçoso. A distância entre-eixos é de 2.550 mm, contra 2.650 mm do Hyndai i30 e 2.640 mm do Ford Focus. Com o motor ligado o carro também não decepciona. Só o que chama a atenção num primeiro momento, e que merece uma crítica, é o acabamento não tão criterioso. Ao abrir o porta-luvas, por exemplo, a tampa enrosca.

A Chery sabe que sua origem chinesa exige cuidado redobrado em tudo o que faz. Curi comenta que as atenções estão voltadas para as fábricas chinesas e qualquer problema que haja com um dos modelos fabricados pela Chery, por exemplo, terá uma repercussão muito maior do que se acontecesse com outro fabricante. Por isso, a empresa decidiu, também, dar garantia total de três anos para os seus modelos.

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