Citroën volta à briga com o C4 Lounge

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Nos últimos anos, à medida que o segmento de sedãs médios no Brasil aumentava e se atualizava o Citroën C4 Pallas fazia cada vez mais figuração no setor em volume de vendas. De quarto mais emplacado em 2008, ele caiu para a 14ª posição no fim de 2012. Mesmo no auge, a média de saída nunca foi superior a 1,4 mil unidades/mês. Com a nova geração do carro, agora identificada pelo sobrenome Lounge, a marca francesa espera brigar novamente na parte de cima do ranking, projetando, pelo menos, 1,5 mil vendas mensais.

A novidade foi lançada esta semana na Argentina, de onde virá importado para o Brasil a partir do dia 22 de setembro. Mas, caso queira garantir a compra antes, a pré-venda começa já no próximo dia 26. Serão cinco versões de acabamento e duas opções de motores, 2.0 flex, de 151 cv, e 1.6 turbo THP, de 165 cv, com preços que variam de R$ 59.990 a R$ 77.990. Há opção de câmbio manual de cinco velocidades ou automático, de seis marchas.

Para encarar a forte concorrência, que além dos líderes Toyota Corolla e Honda Civic, tem Chevrolet Cruze, Volkswagen Jetta, Renault Fluence, Hyundai Elantra e, em breve, o Ford Focus, o C4 Lounge traz um visual mais agradável do que o seu antecessor. Há traços no design inspirados na linha de luxo da marca, a DS. A imensa traseira do Pallas foi trocada por uma menor, que elimina o estilo "tiozão" mas reduz a capacidade do porta-malas: de 580 litros para 450 l.

A frente foi melhorada e ficou maior, dando a impressão de que o carro cresceu, o que não acontece. O comprimento caiu de 4,77 metros para 4,62 m. Mas o entre-eixos é o mesmo: 2,71 m, o que manteve o bom espaço interno. O para-choque agora carrega um nicho para as luzes diurnas em LED, além do farol de neblina. Na lateral, há vincos marcantes na altura da coluna C e do assoalho.

O sedã até ganhou detalhes que tentam transmitir um ar mais esportivo, e assim atingir também o público jovem, como os dois vincos agressivos sobre o capô, a imitação de extrator de ar na parte traseira e a luz do quadro de instrumento na versão topo da gama THP que pode ser configurada na cor branca ou azul, recurso emprestado do moderno DS4.

Por dentro, mistura de tons escuros com partes cromadas que criam um ambiente requintado. Os bancos de couro têm brilho metalizado e o painel é emborrachado. Junto com o Pallas foram aposentados o painel de instrumentos centralizado acima do console central e o volante com miolo fixo.

Desde a versão de entrada, o C4 Lounge vem com direção elétrica, ar-condicionado (manual), ABS, airbag duplo, sistema de som, luzes diurnas em LED, rodas de liga leve de 16", volante multifuncional, computador de bordo e piloto automático.

Já as configurações mais completas trazem controle de estabilidade, faróis com acendimento automático, botão de partida, sistema Keyless (detecta a aproximação do condutor e destrava a porta), central multimídia com tela de 7" e navegação por GPS, ar-condicionado digital de duas zonas e rodas de 17". Faróis bi-xenônio e teto solar são os únicos opcionais e podem ser adicionados por R$ 3.300.

Turbo - Motor turbo feito em parceria com a BMW é o destaque na nova geração

Uma das novidades no C4 Lounge é o motor 1.6 turbo feito em parceria com a BMW. O bloco com injeção direta de combustível e que só aceita gasolina, apesar de pequeno, rende 165 cv e 24,5 kgfm de torque máximo logo a 1.400 rpm. É o mesmo propulsor que equipa o BMW Série 1 e o Citroën DS3 e DS4, entre outros. O propulsor é comandado por transmissão automática de seis marchas com opção da troca sequencial na alavanca de câmbio, também novidade na linha C4, cuja sexta marcha é mais longa para economia de combustível. "Vai ser a porta de entrada para muitos clientes conhecerem o turbo", afirma Francesco Abruzzesi, diretor geral da Citroën do Brasil.

Este motor está disponível apenas na versão topo de linha THP, vendida a partir de R$ 77.990, que ainda poderá ser acompanhada de um pacote de opcionais chamado Pack Select (com teto solar elétrico e faróis de bi-xenônio direcionais, por R$ 3.300). As demais versões usam o já conhecido motor 2.0 Flex, de 151 cv de potência máxima, com 21,7 kgfm de torque.

Jornalista viajou a convite da Citroën