Motivo de discussão nas redes sociais e em conversas de botequim, a proposta do governo Jair Bolsonaro de aumentar a pontuação máxima da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) foi reprovada por 56% da população, de acordo com pesquisa Datafolha.
Já 41% dos brasileiros ouvidos são favoráveis à medida que muda de 20 para 40 pontos o limite para a suspensão da carteira por infrações cometidas no trânsito. 3% não souberam responder e 1% disse ser indiferente à questão.
O levantamento, divulgado pela Folha de S. Paulo, ouviu 2.006 pessoas com 18 anos ou mais, em 130 cidades brasileiras, no período de 4 e 5 de julho. Segundo o instituto, a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou que não vê problema nenhum na avaliação divulgada nesta segunda-feira (15) pela Folha.
Para ele, "se for essa a percepção de momento, a percepção histórica, isso não vai passar no Congresso. Porque o projeto foi submetido ao Congresso", ressaltou o ministro durante a coletiva de balanço de 6 meses da sua pasta.
A pesquisa abordou outros pontos polêmicos do Projeto de Lei entregue pelo governo federal à Câmara dos Deputados. A troca da multa por advertência no transporte de crianças de até 7 anos sem cadeirinha foi rejeitado por 68% dos entrevistados e aceita por 30%. 1% se mostrou indiferente e 1% não soube responder.
Na opinião de Freitas, abrandar a penalidade da cadeirinha tem por objetivo mostrar se a sociedade brasileira está ou não madura o suficiente para entender a importância do equipamento de segurança.
"Qual a resposta que eventualmente a sociedade está dando: não, eu preciso ser multado, se eu não for multado eu não vou preservar a vida do meu filho. Esse é o debate", argumentou.
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Já a proposta de Bolsonaro de cancelar a instalação de radares em rodovias federais acabou refutada por 67% pessoas que responderam à pesquisa, enquanto 30% apoiaram à decisão. A medida é indiferente para 1% e 2% não opinaram.
A maioria (41%) também disse acreditar que o pacote de mudanças na legislação apresentado pela equipe de Jair Bolsonaro tornará o trânsito mais violento. Para 20% ficará mais seguro e 36% afirmaram que nada irá mudar - 1% não souberam responder.
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