A falta de combustível (gasolina, etanol e diesel) nos postos já é uma realidade em boa parte das cidades brasileiras. A situação deve piorar à medida que a greve dos caminhoneiros se prolonga.
E quais são as consequências para o seu automóvel se rodar na reserva do tanque ou até mesmo de o combustível acabar? Como escapar dessa fria? Veja abaixo!
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1. Sujeirinha do fundo do tanque
Rodar até o fim da reserva faz com que a bomba de combustível puxe sedimentos que se acumulam no fundo do tanque. Se isso ocorrer, estes sedimentos podem entupir o filtro, a bomba, a tubulação e outros. Assim, mesmo se você abastecer o carro depois, pode ficar a pé, já que o combustível não chegará ao motor.
Por isso, a reserva deve ser usada apenas para situações de emergência e pelo menor tempo possível.
2. A bomba pode queimar?
Muitos motoristas acreditam que utilizar o carro com o tanque vazio pode queimar a bomba de combustível, pois ela, supostamente, se mantém refrigerada por estar imersa nele.
A bomba não precisa de combustível em volta para se refrigerar. Ela precisa do líquido passando por seu interior, caso contrário ela queima mesmo. Então, em termos de refrigeração da bomba, tanto faz o nível de combustível no tanque.
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3. Posso usar gasolina premium? E se usar a comum no motor que pede premium?
Não há nada que impeça qualquer motor de utilizar gasolina premium de alta octanagem (Petrobras Podium, por exemplo). Ela só não trará qualquer benefício em modelos que não tenham motores com alta taxa de compressão.
O único porém é o preço: ela custa ainda mais caro! Por outro lado, a gasolina nacional tem uma elevada octanagem e pode ser usada mesmo em motores de alta taxa de compressão. A central eletrônica regula o motor para evita a detonação na câmara, que pode detonar seu bolso…
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4. Posso misturar etanol e gasolina no tanque?
Se o carro for flex, claro que pode! Eles foram desenvolvidos para funcionar com os dois combustíveis, separadamente ou ao mesmo tempo, em qualquer proporção.
5. E diesel S500 em motores desenvolvidos para o S10?
Neste caso, o uso do diesel S500 em motores mais novos, desenvolvidos para o S10 (picapes e utilitários esportivos mais novos, por exemplo), podem causar problemas sim! O S500 é mais barato, mas destrói, ao longo do tempo, o sistema de emissões do veículo.
Claro que, em uma emergência, é melhor usar o S500 do que ficar no meio da rua, mas na menor quantidade possível. E, assim que houver oportunidade, complete o tanque com diesel S10. Por outro lado, usar o S10 (que é mais caro) nos motores mais velhos não resulta em problemas.
6. Usar a banguela ajuda?
Encarar descidas com o carro desengatado (a banguela) não economiza combustível, pelo contrário. Descer com o carro engrenado faz com que as próprias rodas movimentem o motor, dispensando a injeção de combustível. Na banguela, é necessária a combustão para ele funcionar em marcha lenta.
7. E se a gasolina acabar?
Encoste o carro em um local seguro e sinalize (com o triângulo e o pisca-alerta ligado). Hoje, os postos só vendem combustível se for utilizado um galão próprio para esse fim. O uso de garrafas, por exemplo, está proibido, assim como de sacos plásticos e outros recipientes.
Se, ao abastecer o carro, escorrer combustível pela pintura, lave assim que possível para evitar danos como manchas. Obviamente, tome os cuidados necessários para fazer a operação, como não acender isqueiros ou fumar.
Vale lembrar que, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, deixar veículo imobilizado na via por falta de combustível é infração média. Desse modo, o motorista pode ser punido com multa de R$ 130,16, perda de quatro pontos em seu prontuário e com a remoção do veículo.
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