Os colecionadores de miniaturas, e quem está pensando em aderir ao hobby, têm um encontro marcado neste sábado (28) na 13.ª edição do Curitiba Diecast Mix. É uma ótima oportunidade para se informar, discutir e aumentar a coleção de miniaturas em diferentes escalas.
Trata-se do último evento de 2015 organizado pelo Espaço Diecast, loja especializada em colecionismo de miniaturas de automóveis na escala 1:64 - peças entre 7 e 8 cm aproximadamente. Como nos anos anteriores, o local será o Clube Dom Pedro II (Rua Brigadeiro Franco, 3.662, quase esquina com a Rua Chile, no Rebouças), em Curitiba.
DICAS: Como montar uma coleção.
Segundo Hilton Ricardo de Sá, 40 anos, um dos criadores do Espaço Diecast, são inúmeras novidades, modelos exclusivos e importados e a chance de encontrar aquele exemplar garimpado há tempo. Participam expositores do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
A Diecast Mix também é ideal para quem deseja iniciar no hobby ou apenas conhecer esse universo que fascina milhares de adeptos. Os preços começam em R$ 5 e ultrapassam a R$ 1 mil em algumas raridades, lembrando que é um evento para todos os estilos e bolsos.
A exposição e comércio de carrinhos em escala reduzida acontece das 13 às 18h e tem entrada franca. Mais informações: (41) 3524-0500 ou pelo Facebook do Espaço Diecast.
As primeiras miniaturas surgem ainda na infância, apenas como um passatempo. São jogadas de um lado para outro, arremessadas em queda livre de uma sacada e esfoladas de tantas batidas que arrancam o sorriso de seus pequenos donos.
Com o passar dos anos a diversão tende a ser outra, como futebol e videogame, mas há quem mantenha essa relação com os carrinhos, agora de maneira mais cuidadosa, incentivada, principalmente, pelos pais. Têm aqueles que decidem resgatá-la na fase adulta. É aí que surgem as coleções.
Começar no colecionismo é fácil e barato. Existe uma infinidade de modelos disponível em supermercados e lojas de departamentos. Os mais famosos são os da Hot Wheels, que custam a partir de R$ 5 na escala 1/64 (64 vezes menor de que um carro em tamanho real). Matchbox, Maisto e a Johnny Lightning são outras marcas que fazem sucesso entre os apreciadores.
O difícil é controlar a vontade de ver a coleção crescer o mais rápido possível. “Chega um momento em que colecionar pode deixar de ser um hobby e virar um vício. Conheço pessoas que tiveram sérios problemas financeiros por que perderam o limite”, afirma Roniel Iunckovski, 29 anos, um dos fundadores do Espaço Diecast, local criado para a troca, comercialização e busca de informações sobre miniaturas.
Desde 2005, ele respira o mundo em escala reduzida. Segundo Roniel, colecionar todas as miniaturas que achar pela frente não é o mais indicado. O ideal é concentrar em um tema específico, como modelos customizados, por exemplo, ou organizar diversas linhas que lhe agradam, como réplicas de Chevrolet, Ford e Volks.
À medida que se vai atrás de informações e de novas miniaturas, descobre-se milhares de opções belíssimas e raras espalhadas pelo mundo. E a tentação para comprá-las a qualquer preço e ter na coleção é grande. “Procure fazer um orçamento para definir o quanto do salário [ou da mesada] será investido”, observa Iunckovski, ressaltando que é neste momento que muitos se perdem em suas coleções.
Catalogar todas as aquisições e não se desesperar caso não encontre o modelo procurado também ajudam a evitar que o prazer do hobby se torne um motivo de estresse. “Dependendo do modelo, é preciso garimpar de dois a três meses para encontrá-lo”, salienta.
Sandro Stremel, 43 anos, outro fã de miniaturas que ajudou a criar o Espaço Diecast, diz que dá para montar uma bela coleção com os modelos vendidos no mercado nacional, porém, caso de prefira peças vindas de fora o preço geralmente começa em R$ 30. “A linha Collectors, da Hot Whells, por exemplo, começa nesta faixa de preço e está fora do catálogo anual da marca, ou seja, dificilmente será encontrada em lojas populares do Brasil”, destaca.
Quem coleciona costuma armazenar os carrinhos em estantes próprias para expor no quarto ou na sala. As mais comuns, em MDF, custam a partir de R$ 55, com capacidade para 50 unidades. Adicionar uma tampa (em acrílico ou vidro) evita o acúmulo de poeira - acrescente de R$ 20 a R$ 40. Há quem prefira manter as miniaturas nas cartelas, que, além de proteger de riscos, fica mais fácil na hora de trocá-las ou vendê-las.
De empresário a colecionador
Hilton de Sá deixou de lado a profissão de executivo para se dedicar às miniaturas. Abriu a CWB Garage, especializada em modelos importados. “Há oito anos um amigo do trabalho me mostrou a sua coleção e eu o provoquei: ‘Com essa idade, voltando a brincar de criança’”, lembra. O colega então o convidou para um encontro de colecionadores e a partir daí ele viu que o negócio era sério. Em 3 anos e meio já tinha mais de 5 mil unidades. “Como executivo ganhava mais do que hoje, porém quase enfartei. Só que agora eu faço isso com prazer e amor”, afirmou Sá.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast