Os primeiros registros de experimentos datam do século 18. Mas eram somente os passos iniciais de uma invenção que mudaria a vida do homem. As carroças da época evoluíram, e, com o passar do tempo, ganharam a cara do que hoje chamamos de carro. Mas o veículo que atualmente conhecemos não foi desenvolvido por uma única pessoa, em uma data definida. A história mostra o avanço dessa máquina pelo mundo, conforme a reportagem da revista Vida Bosch.
Comodidade e performance ainda eram um sonho. Os passageiros ficavam totalmente expostos. Sol forte, todos derretiam de calor. Chovia, ficavam ensopados. As dores no corpo, que absorvia todos os solavancos do caminho, eram parte do pacote de viagens, pois os bancos não ofereciam conforto algum, muito menos segurança. No início do século 20, no entanto, o carro já começou a tomar forma, com uma carroceria com capota, passageiros abrigados, motor sob o capô, direção e rodas.
Quando se fala em Brasil, podemos definir o início da indústria automobilística ou ao menos o que deu partida ao parque industrial que existe hoje como sendo a década de 50, mais especificamente em 1956, sob a batuta do governo de Juscelino Kubitschek. Nessa época, o engatinhar da indústria nacional era alimentado com modelos já produzidos nas matrizes de fábricas recém-instaladas em nosso território.
Os carros que foram introduzidos então no mercado eram os mais adequados para o país, diz Ricardo Bock, professor do curso de Mecânica Automobilística da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI).
A indústria cresceu, o brasileiro tomou gosto pelo automóvel e as vendas bateram um recorde atrás do outro. Esse volume se reflete diretamente no trânsito das grandes cidades, tormando-o lento. Situação que levou avenidas congestionadas e os motoristas a ficarem muito tempo no carro.
Mas com o passar dos anos e a natural evolução da indústria, muitos itens de conforto surgiram para tornar cada minuto ainda mais agradável dentro do veículo. O ar-condicionado, que hoje em dia se tornou acessório indispensável, teve a sua primeira versão automobilística em 1938. Foi somente em 1954 que o aparelho foi aparecer da forma como o conhecemos hoje, com controles no painel e o mecanismo alojado no compartimento do motor.
Direção
Já a direção hiráulica teve seus primeiros experimentos em 1920. Muitos sabem o drama que é manobrar um veículo sem direção assistida. É de fazer o motorista suar a camisa. Foi somente em 1951 que o sistema passou a ser usado em escala comercial. No Brasil, na década de 70, poucos dispunham dele. Atualmente, até carros pequenos vêm equipados com o dispositivo.
Muitos ainda lembram como era difícil achar a posição certa para dirigir. Os bancos não ofereciam muitas regulagens, quando muito iam um pouco para frente e para trás, e o encosto tinha um sistema de ajuste muito pouco funcional. Para os de estatura mais baixa, que precisavam de uma posição mais elevada no banco, a solução caseira entrava em ação: usava-se um travesseirinho ou uma almofada.
Na origem do automóvel, os ocupantes sentavam em bancos duros, absorvendo todos os solavancos das estradas. Hoje, os assentos têm uma série de ajustes, elétricos ou manuais, também para o encosto.
Câmbio automático
Os brasileiros,como os europeus, sempre preferiram o câmbio manual, mas com a nova safra de carros que chegou com a abertura das importações, a partir de 1990, o câmbio automático aos poucos começou a cair no nosso gosto. Desde 1903 há registros de testes com a transmissão automática, mas foi somente em 1948 que o modelo Odmobile saía da linha de montagem com um câmbio automático de fato. Atualmente, alguns fabricantes oferecem modelos que proporcionam a mudança de marchas no modo manual ou automático. Nos congestionamentos, os joelhos agradecem. E foi vendo um pôr de sol com as namoradas que dois inventores tiveram a ideia do auto rádio. E em 1930 nascia o primeiro rádio para carro. Hoje, as opções são muitas, desde as mais simples até aquelas que reproduzem DVD e sintonizam TV em tela sensível ao toque, com GPS.
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