Se pararmos para contar a quantidade de carros que são lançados no Brasil anualmente, o número chega a quase 70 exemplares. Neste pacote estão estreias de nova geração, reestilização, motor atualizado, e por aí vai.
Mas essa lista poderia ser ainda maior se muitas das promessas anunciadas pelas montadoras realmente chegassem ao mercado nacional.
Lançar um automóvel não é tão simples como se imagina. Depende de uma série de fatores, como análise de mercado para a viabilidade do produto, custo de produção, aceitação do consumidor , competitividade do segmento, variação cambial, entre outros.
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Por isso as fabricantes chegam a anunciar um futuro lançamento, mas acabam mudando de ideia com a passar do tempo. Vamos relembrar 10 promessas que só ficaram no discurso e nunca chegaram às concessionárias:
RENAULT MÉGANE R.S.
Em 2013, a Renault organizou um evento com a imprensa brasileira para acelerar o Megane R.S. A marca pretendia ouvir as impressões dos profissionais sobre o modelo que desejava trazer via importação.
E esportivo compacto agradou em cheio. Com tração dianteira e motor 2.0 turbo, 265 cv, era uma diversão ao volante. Teve duas unidades importadas e emplacadas, mas não que saíram da frota da montadora francesa. No máximo, participaram de eventos automotivos para a promoção do Sandero R.S.
VW SANTANA
Um dos ícones da indústria brasileira ainda é fabricado na Ásia. E, portanto, o retorno do Santana ao Brasil volta e meia era cogitado.
Ele viria como um sedã intermediário, entre o Voyage o Jetta, na época em que o Polo Sedan foi aposentado, contudo o projeto foi engavetado. Com a chegada do Vitus, a ideia foi definitivamente engavetada pela Volks.
HYUNDAI VELOSTER TURBO
Veloster é um modelo a ser estudado: ascendeu e desabou no mercado brasileiro com a mesma velocidade. Chegou vendendo potência e ficou conhecido por ser lento.
O nome, no caso, não condiz com o desempenho do motor 1.6, de 128 cv, o mesmo do HB20, apesar do visual arrebatador do cupê de três portas.
O grupo CAOA prometeu que iria corrigir a imagem do carro anunciado que traria o Veloster Turbo, aí sim com propulsor 1.6 nervoso de 204 cv. Só vieram apenas duas unidades para homologação, que, aliás, foram colocadas à venda no mercado de usado. E nada mais foi dito.
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KIA RIO
O modelo sul-coreano é uma eterna promessa da Kia Motors no Brasil. É sucesso na Argentina, mas em terras brasileiras ainda é uma incógnita.
Ficou de vir pelo México durante os Jogos Olímpicos do Rio. A Kia desejava explorar o nome homônimo para tornar o modelo conhecido. Acabou protelando para o fim de 2016, o que também não aconteceu.
A montadora justificou a demora na chegada do carro ao atraso na produção da fábrica mexicana. A Kia diz que o Rio ainda virá, em sua quarta geração, apresentada no Salão de Paris de 2016.
PEUGEOT 308 EUROPEU
Ao apresentar a reestilização do 308 no Salão de Buenos Aires em 2015 a Peugeot prometeu que venderia também a segunda geração do hatch lançada na Europa dois anos antes.
Entraria como a opção topo de linha do 308. Que nada! Até hoje a marca vende apenas 308 original, datado de 2007 e fabricado na Argentina.
NISSAN NOTE
Antes mesmo de a Nissan oficializar a aposentadoria do Livina em 2015, já havia o burburinho de que o Note seria o seu substituto. Com pinta de monovolume, ao estilo do Honda Fit, o Note chegou a ser testado por alguns jornalistas brasileiros nos EUA.
A informação que corria era de que seria produzido na fábrica de Resende (RJ) e mais tarde importado do México. Nenhum, nem outro. O Note não passou de promessa.
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FIAT BRAVO
A primeira geração do Fiat Bravo foi vendida na Europa de 1995 a 2001. A marca expôs o hatch duas portas derivado do Marea no Brasil, mas, em razão da alta do dólar, ficou inviável trazer o modelo importado depois do seu lançamento.
No fim das contas, o Brava, hatch de quatro portas, foi produzido no Brasil.
RENAULT KOLEOS
Em 2016, o Koleos já não era novidade. A Renault já tinha apresentado o SUV em Paris e afirmado que o modelo viria para o Brasil.
No Salão do Automóvel de São Paulo, o utilitário esportivo pisou pela primeira vez em solo brasileiro. Bem, 2018 chegou e nada do concorrente do CR-V!
ACURA NSX
O superesportivo NSX, mais conhecido como a Ferrari japonesa, foi uma das atrações do Salão de São Paulo em 2016. Na época, a Honda anunciou que o modelo chegaria importado sob a bandeira da Acura, divisão de luxo da marca.
Ele seria uma espécie de carro imagem para atrair os consumidores para outros modelos da fabricante. No entanto veio a crise econômica, e com ela o aumento do IPI e a disparada do dólar. Resultado, o NSX no Brasil ficou só no sonho.
CHEVROLET MALIBU
Você vai questionar: “- mas já vi o Malibu rodando pelas ruas!” Sim, ele já esteve entre nós em sua sétima geração. Quando passou para a oitava (foto) em 2012 veio a dúvida em continuar a importação já que ele vendia pouco. A General Motors garantiu que sim
O problema foi que o dólar disparou e o novo Malibu ficaria bem mais caro que o Ford Fusion, o seu principal concorrente. A essa altura a linha anterior já não existia mais nas lojas. O jeito foi abandonar a ideia de importação. Hoje, o Malibu está na nona geração.
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