Já pensou levar para casa um veículo seminovo ou usado pagando até 35% abaixo do seu preço médio de mercado? Parece difícil de acreditar, mas existe um comércio onde esse generoso desconto é praticado: o de leilões automotivos.
Eles ocorrem quase que semanalmente em diversas cidades pelo país e é possível encontrar desde carros com menos de 10 mil quilômetros rodados, retomados pelos bancos por inadimplência no financiamento, a automóveis apreendidos em blitz policial e que estão nos pátios do Detran.
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Também não faltam modelos sinistrados (em enchentes, por exemplo) e que as seguradoras têm interesse em revender. Talvez os históricos desses veículos desestimulem muitos consumidores, mas, na busca pelo preço baixo, os leilões são capazes de movimentar uma multidão, seja via site ou presencial nos pregões – em Curitiba, por exemplo, os profissionais do ramo costumam arrastar em média de 800 a 1 mil pessoas em seus eventos.
Lembre-se que este tipo de negócio não é tão fácil quanto a compra numa concessionária, pois é necessário fazer uma análise profunda para não adquirir um problema.
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Confira abaixo alguns procedimentos e cuidados que devem ser adotados na hora de participar de um leilão de carros:
Antes de entrar no leilão
â É fundamental que o interessado saiba a procedência da leiloeira, verificando seu site, e se for possível, conversando com pessoas que compraram com a empresa, para ter uma noção de como funcionou este processo.
â A pesquisa do preço ofertado pelo mercado é fundamental para acertar na hora do arremate. Além disso, é indispensável efetuar um cálculo das despesas obrigatórias e documentos para ter ideia do valor máximo do lance.
â A compra de um automóvel leiloado tem como desvantagem a depreciação através de algum reparo estrutural já feito.
â Em todo tipo de negócio sempre haverá riscos, e na compra de um veículo leiloado não é diferente. No entanto, se o carro estiver em boas condições e com um bom histórico, o comprador fará uma compra mais segura
Verificação apenas visual do carro
â O comprador não pode testar o carro antes, nem sequer dar a partida. A verificação é apenas visual e ocorre nos dias que antecedem o evento. Os carros vão para leilão nas condições que são recuperados pelos bancos ou sinistrados pelas seguradoras. E também não se tem garantia (de motor e câmbio). Por isso, é fundamental ir acompanhado de um mecânico de confiança.
â Fique atento a alguns pontos na hora de examinar o automóvel e anotar as possíveis observações. Na análise do veículo no pátio deve-se verificar pintura, lataria, pneus, vidros, chassi e demais acessórios. É essencial anotar todas as observações, pois, às vezes, no dia do leilão não é possível ver o veículo.
â No caso de sinistro por enchente, dê preferência aos mais básicos, com pouco aparato eletrônico que possam danificar com a água. O gasto para consertá-los pode acabar muito elevado.
Compra à vista e de olho nos débitos
â Antes de começar a dar os lances, o consumidor precisa ter dinheiro já reservado, uma vez que a compra deverá ser realizada à vista.O cliente dá um cheque caução no ato do arremate e tem 48 horas para pagar.
â Dependendo do leilão, haverá lotes que trazem débitos a serem quitados, como multa, IPVA e seguro obrigatório. Diárias do depósito são de responsabilidade do leiloeiro, que fica também com 5% do valor do lance final.
â Todas as pendências do veículo, bem como o motivo que o levou a leilão, são informadas numa folha que é fixada no para-brisa para consulta durante a visitação. O interessado ainda tem a possibilidade da checagem através dos editais divulgados nos sites das empresas.
Nele deve constar se há multa em processamento ou IPVA atrasado, situação do documento do carro, se houve alteração na característica e se será necessário a remarcação do chassi devido à corrosão ou acidente. É o edital que assegura a responsabilidade das partes envolvidas na negociação.
â Os eventos do Detran, por exemplo, todos os documentos são regularizados pelo órgão.
Custos com manutenção
â Outro custo que deve ser considerado antes da aquisição são os eventuais reparos que precisarem ser realizados. Recorra a um mecânico de confiança, que pode tentar detectar se realmente vale a pena comprar o carro ou se o custo para consertá-lo vai encarecer demais o valor total da compra.
â Há ofertas que exigem uma revisão mais completa, há outras que deixam o pátio sem qualquer problema. Se o cliente fizer uma avaliação detalhada antes não terá grandes surpresas.
â O segredo da boa compra está em levantar os valores dos modelos que pretende dar lance e não entrar em leilão por um veículo que não foi examinado na véspera.
â É preciso ter controle nos lances. Deixar uma gordura de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil além do lance para pagamento dos débitos e possíveis revisões
Seguro do veículo
â Muitos dos carros que vão para leilão são resultados de sinistros - sofreram colisão com perda total ou foram recuperados de roubos/furtos. Mas essa não pode ser uma justificativa para uma companhia se recusar o segurar o veículo.
â A empresa precisa fazer primeiro uma vistoria técnica, antes de recusar ou não a oferecer o serviço. Também não pode cobrar valores desproporcionais somente porque o carro é proveniente de um leilão. Isso pode configurar cobrança abusiva, proibida por lei.
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