De repente o som do carro começa a apresentar um chiado estranho que lembra uma caixa de abelha. Você levanta o volume e a música fica distorcida, fazendo um barulho como se o alto-falante estivesse furado. É, são sinais de que está na hora de procurar uma loja especializada em conserto do produto.

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Mas não se desespere. Recuperar o equipamento danificado é simples. As partes do alto-falantes podem ser trocados e com preços bastante em conta, dependendo da marca.

De acordo com o técnico em alto-falantes, Antônio Carlos dos Reis, da loja AC dos Reis, de Curitiba, com a recuperação os produtos nacionais perdem em média 25% da sua qualidade sonora original, enquanto que nos importados a queda chega a 30%. "Para o usuário comum, que dificilmente perceberá a diferença no som, a recuperação sairá mais em conta do que adquirir um acessório novo. Dependendo do defeito, com R$ 35 ele resolve o problema", observa Reis. O preço de um par de alto-falantes pode variar de R$ 160, no caso do modelo mais simples da Bravox, uma das marcas nacionais mais vendidas, a R$ 2,4 mil, como a estrangeira Alpine, entre as melhores de mercado.

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Os chiados e distorções podem estar associados a diferentes fatores. Por isso, certifique antes se as fiações foram instaladas corretamente, sem emendas, e se a potência do aparelho de CD não é superior ao das caixas de som (é obrigatório que seja o inverso). No caso de um módulo, ele precisa possuir no máximo a metade da potência dos falantes – por exemplo, se as quatro caixas de som somarem 200 watts em RMS, o módulo deve ser de 100 watts. A falta de cuidado nessas situações pode ocasionar a queima do tocador de CD e dos falantes.

O tempo, a água e a areia são outros inimigos do seu kit de som. "O cone de papelão juntamente com a borda de borracha, encontrados nos kits originais de fábrica, são mais suscetíveis à ação do tempo. Esfarelam ou apodrecem com o passar dos anos. Os de cone de polipropileno, encontrado nos modelos atuais, são os mais indicados pois resistem ao tempo e a umidade", destaca Maurício Schenfeld, vendedor de som automotivo da Rallye Som, de Curitiba.

O conjunto cone de polipropileno/suspensão custa em média R$ 11 para um falante de 6,9 polegadas e R$ 30 para um woofer de 12 polegadas (os dois modelos são as mais vendidos no mercado).

Já a água e a areia "atacam" principalmente a bobina, causando a ferrugem e o desgaste. "Os alto-falantes de tampão são os que mais sofrem. Por estarem virados para cima ficam sujeitos à queda de água e areia", explica Schenfeld. Dependendo da quantidade de água que caia, irá enferrujar também o ímã, podendo até ocorrer a "perda total" do equipamento. Uma bobina sai por R$ 10 (6,9 polegadas) e R$ 15 (12 polegadas).

Um teste para detectar se algum componente do alto-falante está comprometido é pressionar com os dois polegares a superfície do cone, fazendo o movimento de ida e volta. Se o barulho produzido lembrar a batida em uma madeira ou como se o cone estivesse arranhando em alguma peça interna, o equipamento está danificado.

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Cuidados

Instalação – Na hora de instalar o som, procure uma loja de confiança. Em alguns casos os alto-falantes apresentam problemas por terem sido derrubados ou devido à má instalação dos fios.

Praia - Os alto-falantes localizados no tampão do porta-malas estão mais sujeitos à ação de areia e água. Na praia, evite tirar o tampão do carro ou ficar com porta traseira aberta voltada para a orla.

Bebidas – Não coloque bebidas ou carregue pranchas de surfe sobre o tampão. A queda de água e a areia nas caixas ocasionam a ferrugem e o desgaste das peças. O som fica distorcido e pode até queimar os componentes.