Começou a vigorar nesta terça-feira (19) o livre comércio de veículos leves e peças entre Brasil e México. A partir de agora, as montadoras instaladas nos dois países poderão exportar e importar produtos sem qualquer barreira comercial, como cotas e imposto de importação.
Carros que mudarão em breve e vale a pena pechinchar
A decisão do governo Jair Bolsonaro (PSL) contraria o setor automotivo. Em meados de fevereiro, a Anfavea (associação que reúne as fabricantes) havia solicitado ao Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, a manutenção das cotas por mais três anos, alegando que é mais barato produzir carros no México do que no Brasil.
A nação norte-americana tem carga tributária interna menor e infraestrutura mais eficiente, produzindo em larga escala para abastecer o mercado dos Estados Unidos.
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O receio da Anfavea é de que as matrizes das empresas optem por investir no México em vez do Brasil. "Vamos observar se isso vai impactar os novos investimentos; as empresas vão avaliar a nova situação para poderem tomar suas decisões", disse o presidente da entidade, Antonio Megale
A medida também altera a regra de origem das peças usadas nos veículos. Agora terão direito a cruzar a fronteira sem pagar tarifa automóveis com 40% de conteúdo local nos dois países. No regime anterior, esse porcentual era de 35%.
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Na visão dos técnicos do governo, o efeito desta decisão no curto prazo será pequeno, pois o México não vem conseguindo exportar a totalidade da cota de veículos para o Brasil e vice-versa. O volume importado pelo Brasil está 14% abaixo do que prevê a cota atual, hoje em US$ 1,7 bilhão para cada país.
Para o Ministério da Economia, a mudança no acordo só deve ter impacto sobre o mercado quando a atividade econômica acelerar.
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O acordo comercial no setor automotivo entre os países ocorre desde 2002. A última renovação ocorreu em 2015, data inicialmente prevista para o início do livre comércio, mas foram mantidas as cotas por mais cinco anos, com valores aumentando 3% a cada ano.
A partir de 2020, está previsto o livre comércio também para veículos pesados (caminhões e ônibus) e suas autopeças, e as negociações bilaterais para esse fim ganharão reforço nos próximos meses.
Os carros importados do México são produtos de maior valor agregado (confira a relação abaixo), enquanto que do Brasil para lá seguem modelos de menor porte e valor, como Gol, up!, Ka, Onix, Civic e EcoSport.
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VOLKSWAGEN JETTA
O sedã médio estreou a nova geração no Brasil em setembro do ano passado. Ele está disponível em duas versões: Comfortline e R-Line 250 TSI. A primeira ao preço de R$ 109.990 e a mais completa, por R$ 119.990.
Ambas equipadas motor 1.4 TSI turboflex, de 150 cv e 25,5 kgfm de torque. É o mesmo propulsor do novo Tiguan, que também vem do México. A transmissão é a automática de 6 marchas.
Em breve o Jetta passa a ser oferecido também no motor 2.0 TSI, de 230 cv, equipado com a caixa DSG de dupla embreagem e 6 marchas.
VOLKSWAGEN TIGUAN
A nova geração do SUV médio ganhou o sobrenome AllSpace e opção de 7 lugares.
O Tiguan chega do México empurrado pelos motores 1.4 250 TSI, de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, e o 2.0 350 TSI, de 220 cv e 35,0 kgfm.
Os propulsores são gerenciados pelo câmbio automatizado de dupla embreagem com 6 (1.4 e tração dianteira) e 7 marchas (2.0 e tração integral).
Os preços do Tiguan variam de R$ 128.990 (1.4 250 TSI) a R$ 184.990 (2.0 350 TSI R-Line).
CHEVROLET TRACKER
O utilitário compacto voltou renovado ao mercado brasileiro em 2017. Também adotou a propulsão turbo, com o mesmo 1.4, de 153 cv e 24,5 kgfm, associado ao câmbio automático de 6 velocidades. O conjunto é o mesmo do Cruze.
O modelo mudará de geração em 2020, adotando a mesma plataforma do novo Onix.
O Tracker está disponível em três versões: a de entrada LT, por R$ 92.590, a Premier, R$ 104.290, e a Midnight, R$ 106.290.
CHEVROLET EQUINOX
Sucesso no mercado norte-americano, a nova geração do Equinox desembarcou no Brasil em 2017 disposto a entregar a melhor dirigibilidade do segmento de SUV médio.
O bom acerto de suspensão e o empolgante motor 2.0 turbo, de 262 cv e 37,0 kgfm, garantem uma tocada mais esportiva. É o mesmo da versão de entrada do Camaro nos EUA.
São duas opções no catálogo, a LT, que custa R$ 147.590, e a completa Premium, com etiqueta de R$ 167.790.
FORD FUSION
Apesar de estrear a linha 2019 recentemente, com ligeira alteração visual e de equipamentos, o sedã médio-grande é outro com futuro indefinido no Brasil.
A Ford não irá mais vender o Fusion no mercado dos EUA, que era feito no México. Com isso a produção por lá fica ameaçada, colocando em risco também a exportação para cá.
Por enquanto, o Fusion é vendido no mercado nacional em três configurações. A SEL (R$ 149.900) e a Titanium 4x4 (R$ 179.900) são empurrados pelo motor 2.0 turbo, de 248 cv e 44,5 kgfm. Já a Titanium Hybrid (R$ 182.990) combina um 2.0 aspirado, de 143 cv, a um elétrico, de 120 cv, gerando 190 cv e 23,7 kgfm.
AUDI Q5
O SUV de luxo alemão começou a vir do México a partir de 2017, quando estreou a segunda geração no mercado nacional.
Inspirado no grandalhão Q7, ele traz tecnologias de modelos mais caros da Audi. Está à venda a partir de R$ 259 mil.
O motor é o 2.0 TFSI a gasolina, de 252 cv e 37,7 kgfm,
acoplado à transmissão automatizado de dupla embreagem de sete velocidades. Ele vai de 0 a 100 km/h em apenas 6,3 segundos.
NISSAN SENTRA
A atualização do sedã médio desembarcou no país em 2016. Com um visual mais jovem, ele ainda busca um lugar ao sol no concorrido segmento.
O Sentra é equipado com motor 2.0, de 140 cv e 20,0 kgfm, administrada pelo câmbio automático do tipo CVT.
É oferecido em três versões: S (R$ 85.790, SV (R$ 94.790) e SL (R$ 107.790).
HONDA CR-V
A quinta geração do utilitário esportivo de maior sucesso da marca no mundo e o líder do segmento nos EUA há 20 anos, já viveu dias melhores em nosso mercado.
Por aqui ele não ostenta o mesmo prestígio visto lá fora, principalmente porque os holofotes da fabricante estão voltados para o HR-V.
Virou um carro de imagem da Honda e é oferecido apenas na versão topo de linha Touring, por R$ 189 mil. O motor é o mesmo do Civic: 1.5 turbo, de 190 cv e 24,5 kgfm.
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