Vídeo mostra o risco de levar o cachorro solto no banco. O animal pode se machucar numa colisão e ainda virar uma arma contra os ocupantes do veículo| Foto: YouTube/Reprodução

Feriado prolongado, como este de carnaval, é sinônimo de pegar a estrada com o carro. E um dos ocupantes às vezes pode ser o cão de estimação.

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Poucos, porém, preocupam-se em acomodar o animal corretamente e acabam deixando-o solto sobre o banco ou dentro de sua ‘caminha’. E não fazem ideia do risco que essa atitude por representar.

Para alertar sobre os perigos de transportar um cachorro sem os devidos cuidados, o Centro de Tecnologia Allianz (AZT), na Alemanha, realizou um teste de colisão usando pet de pelúcia com tamanho e peso similares aos animais reais.

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Um vídeo divulgado pela empresa mostra duas réplicas no banco traseiro de um automóvel, que entra em movimento e em seguida se choca contra um parede.

O cão maior, que estava solto, atravessa o interior da cabine e vai de encontro ao painel do veículo.O menor, preso a um cinto de segurança especial para o transporte do animal, permanece no banco de trás.

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O teste foi realizado a uma velocidade de 40 km/h, portanto baixa e usada apenas na cidade. Imagine na estrada, onde a média chega a 100 km/h! Na simulação do grupo alemão, da qual faz parte a Allianz Seguros, o cachorro é arremessado pesando 40 vezes mais.

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No caso de um pastor alemão, que pesa 35 quilos, o impacto teria o peso de 1.400 quilos. A força é tamanha que pode arrebentar o para-brisa. Ou seja, pode haver consequências trágicas tanto ao animal quanto aos demais passageiros.

Carsten Reinkemeyer, chefe de Tecnologia e Segurança de Veículos do AZT, orienta proteger cães de até 12 kg com uma coleira anexada ao cinto de segurança. Os cachorros maiores devem viajar em caixas transportadoras na parte traseira ou porta-malas do automóvel, já que podem colidir com o banco da frente se amarrados a coleiras.

VÍDEO: Veja as opções para o transporte do pet

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Mais cães do que crianças em casa

No Brasil há mais lares com cachorros do que com crianças, de acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 52,2 milhões desses animais – o segundo maior número do mundo – contra 45 milhões de crianças até 14 anos. Como são considerados membros das famílias, frequentemente estão junto delas pra lá e pra cá e também precisam de atenção dentro dos veículos.

O vídeo deixa claro que prender o cão adequadamente aumenta as chances de que todos ocupantes não seja atingindo pelo animal numa colisão. Além disso, conter o animal garante que, mesmo assustado, não fugirá do local do acidente ou atrapalhará qualquer serviço de resgate a ser realizado.

Ainda, ao prendê-lo com segurança, o motorista mantém seus olhos na estrada e suas mãos ao volante, e não fica preocupado com o animal sozinho atrás.

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Multa para cão na janela

 
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Lembre-se que transportar o cão solto no automóvel é passível de multa de trânsito. A atitude pode ser enquadrada de infração leve (R$ 88,38) a grave (R$ 195,23 e perda de 5 pontos na CNH).

A legislação diz, por exemplo, que o bichinho não pode ir na parte externa dos veículos. Isso vale para aquela situação em que cachorro coloca a cabeça pela janela ou quando são transportados nas caçambas de picapes sem que estejam alojados em caixas. Também é proibido levar o animalzinho no colo ou do lado esquerdo, entre o corpo e a porta

O que diz a legislação

Segundo o Código Brasileiro de Trânsito

Art. 169

Infração leve

Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança. Multa de R$ 88,38 e três pontos na carteira.

Art. 235

Infração grave

Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados. Multa de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira.

Art. 252

Infração média

Dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas. Multa de R$ 130,16 e quatro pontos.

Donos de cachorro podem optar pelo cinto de segurança e do peitoral, que são fixados no banco traseiro do carro, e há ainda a caixa de transporte plástica ou gaiola e a cadeirinha. Muitos preferem não utilizar o cinto, por que em uma freada acaba chicoteando o animal.

Os preços dos acessórios, vendidos em lojas agropecuárias, pet shops e supermercados , variam de acordo com o tamanho. O cinto regulável pode ser encontrado a partir de R$ 20, o peitoral, por cerca de R$ 30, a caixa custa em média R$ 35. O acessório com o preço mais alto é a cadeirinha, comercializada a partir de R$ 100.

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Veja as opções de transporte de acordo com o tamanho do pet: