Não bastasse o imbróglio que virou a implantação das placas padrão Mercosul no Brasil, com adiamentos, suspensões e ainda a incerteza se ela será mesmo adotada em todo o país, mais um componente entrou nesta discussão.
Uma mensagem que circula pelas redes sociais (Whatsapp e Facebook) supostamente ‘denuncia’ um fundo criado com parte do montante gerado pelo novo sistema unificado de placas tendo Cuba como beneficiária.
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O texto diz o seguinte:
Você sabia que 2% de toda a arrecadação do veículo do Mercosul será destinado para a Entidade Internacional do Mercosul, a Renac.
A postagem é acompanhada de uma foto que mostra o novo modelo e o suposto símbolo do Renac logo abaixo da bandeira do estado e o brasão do município - no caso específico do Rio de Janeiro, primeiro estado no país a adotar a mudança.
A mensagem explica que a Renac significa "Reconstrucción Nacional de Cuba" e que os veículos de comunicação não estão divulgando devido a uma “conspiração entre imprensa e governo”, conforme acusa o texto:
Você sabe o que é a Renac? Não sabe, e sabe por que não sabe? Porque tudo que os comunistas fazem, fazem nas sombras e você vota e os apoia sem cobrar ou questionar.
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Só que tudo não passa de uma mensagem falsa e a imagem, com a sigla Renac, é apenas uma montagem. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão responsável pela regulamentação das chapas Mercosul, é mais uma ‘fake news’ produzida no mundo virtual, sem qualquer embasamento ou veracidade.
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Denatran / Divulgação
O Denatran informa que não repassa quantia nenhuma a qualquer país e o que a grafia ‘Renac’ foi inserida digitalmente. Além disso, em outubro passado o governo anunciou a retirada da bandeira e do brasão da placa, que agora traz somente a do Brasil e o símbolo do Mercosul.
Mas, ao olhar a mensagem percebemos outros elementos que derrubam a lógica da informação. Cuba não faz parte do Mercosul, não cita fontes confiáveis e pede para ser compartilhado.
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E por fim, quando buscamos pela palavra Renac nos buscadores digitais, não encontramos nada relacionado à Cuba ou Mercosul. Mas algumas empresas privadas, como uma de crédito no Brasil.
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