Não foi desta vez que o Nissan March conseguiu melhorar a sua imagem no teste de colisão realizado regularmente pelo Latin NCAP. O programa de segurança viária que avalia os carros vendidos na América Latina e Caribe rebaixou a nota do compacto, que fora submetido ao crash test em outras duas oportunidades.
O March levou uma estrela (no total de cinco) na proteção para adultos e duas para crianças. O resultado é pior que as três estrelas de 2016 e as duas de 2011 para a proteção de adultos. No entanto, para crianças houve uma evolução, já que nas oportunidades anteriores a classificação foi uma estrela.
>> Nissan inaugura fábrica de picapes de onde sairão Frontier, Alaskan e Classe X
Um dos motivos para a pontuação menor do hatch é que agora ele teve de submeter aos novos protocolos de segurança adotados a partir de 2017 pelo Latin NCAP, que deixaram os critérios de avaliação mais rigorosos.
>> CONFIRA O RANKING DOS MAIS SEGUROS
O organismo passou a considerar a presença dos controles de tração e estabilidade para a obtenção da nota máxima e também aumentou o peso das notas com a presença de airbags complementares e sistema de fixação da cadeira infantil. Justamente os três itens ausentes no modelo da Nissan.
Para atualizar a nota, a entidade aproveitou a mesma prova de impacto frontal a 64 km/h realizada há dois anos, acrescentando apenas o ensaio de colisão lateral a 50 km/h.
Pelo relatório do Latin NCAP, o March perdeu pontos ainda ao ter a estrutura do habitáculo classificada como levemente “instável” no choque frontal na área da coluna A. Já a proteção do motorista foi considerado ‘débil’ (segunda pior classificação de um total de cinco) para a região do peito, ‘marginal’ (terceira pior) para as coxas, ‘adequada’ (segunda melhor) para os pés e ‘bom’ (melhor) para cabeça e canelas.
>> Hora da verdade: Renault Kwid é avaliado em teste de colisão; assista
Quanto ao passageiro adulto da frente, o relatório apontou: ‘marginal’ para peito e coxa direta, ‘débil’ para a coxa esquerda e ‘boa’ para a cabeça. Já no impacto lateral, o nível de segurança para o peito do passageiro foi considerado ‘marginal’. "Podemos notar uma penetração importante na estrutura durante a batida lateral, apesar de o carro ter reforços nas portas", relatou o órgão.
A melhora na proteção para crianças se deve ao habitáculo ter sido considerado estável na parte traseira da cabine no momento das colisões, oferecendo boa segurança para a cabeça dos dois bonecos - mesmo o March não oferecendo ganchos Isofix ou Top Tether.
>> Ford Ka tira zero em teste de colisão
O hatch ganhará em breve uma nova geração no Brasil, que já foi lançada no exterior. No Brasil é aguardada uma atualização mais simples, baseada no Kicks, porém com o mesmo visual que circula pela Europa.
“A Nissan está comprometida com a segurança de seus clientes. Por isso, cumpre todas as regulamentações de segurança no México e demais países da América Latina, incluindo a oferta de airbags frontais como equipamento padrão para toda a sua linha atual de produtos, entre outros itens.
Estamos continuamente estudando melhorias de segurança para o Nissan March. A Nissan tem um rigoroso processo de controle de qualidade e somos capazes de detectar e corrigir qualquer problema rapidamente."
CNJ compromete direito à ampla defesa ao restringir comunicação entre advogados e magistrados
Detalhes de depoimento vazado de Mauro Cid fragilizam hipótese da PF sobre golpe
Copom aumenta taxa de juros para 13,25% ao ano e alerta para nova alta em março
Oposição se mobiliza contra regulação das redes sociais: “não avança”; ouça o podcast
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião