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O jornalista Paulo Braga, da Automotive Business, foi o mediador. Na mesa: Dornelles, da DuPont; Loureiro, da VW; Krenus, da Delphi; e Ruy Quadros, da Unicamp | Fotos: Divulgação/Marcos Pereira
O jornalista Paulo Braga, da Automotive Business, foi o mediador. Na mesa: Dornelles, da DuPont; Loureiro, da VW; Krenus, da Delphi; e Ruy Quadros, da Unicamp| Foto: Fotos: Divulgação/Marcos Pereira
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Ecologicamente corretos

Expositores mostram novidades

Bosco, da Brose do Brasil: preocupação com sustentabilidade

Soluções para a redução do consumo de combustível e das emissões foram apresentadas por muitas das 74 empresas que participaram da feira do 19º Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE Brasil, em São Paulo. A Brose mostrou o Airgate, um dispositivo que fecha a entrada de ar do veículo no momento da partida, permitindo o aquecimento mais rápido do motor, o que melhora a performance do veículo.

O presidente da empresa no Brasil, José Bosco Silveira Júnior, disse que todos estão preocupados com soluções sustentáveis, apesar de o Brasil ainda estar um pouco atrás nesse processo.

A Delphi levou o sistema MultiFuel, que elimina o "tanquinho" e otimiza a partida dos veículos com etanol, reduzindo a emissão de gases poluentes. A empresa também mostrou o carro com fiação elétrica 100% em alumínio, elemento que é até 48% mais leve que o cobre. Carros mais leves consomem menos combustível e emitem menos gases.

Na mesma linha, a SKF do Brasil apresentou o conceito HKM (Hub Knuckle Module), que integra o rolamento e o cubo de roda, podendo ser aplicado em componentes de suspensão produzidos em alumínio, ao invés do ferro fundido. Fabrício Teixeira, gerente de engenharia de aplicação OEM da divisão automotiva da SKF, disse que "para cada 100 quilogramas a menos no peso de um veículo, a redução de emissão de gás carbônico pode variar entre 2% e 6%".

Especialistas reunidos no 19.º Congresso e Exposição Interna­cio­nais de Tecnologia da Mobili­dade SAE Brasil, entre os dias 5 e 7 de outubro, em São Paulo, apon­taram para a necessidade de uma preocupação maior com soluções para a mobilidade. Be­­saliel Botelho, presidente da SAE Brasil, disse que o bom momento vivido pela indústria automobilística brasileira também exige cautela e impõe desafios. "As em­­presas locais têm de competir com o mercado externo e isso exi­­ge mais criatividade e soluções urgentes para a mobilidade", explicou. "É preciso mais mo­­bilidade limpa, soluções para reduzir a emissão de gases e o con­­sumo de combustíveis".

Marcos Vinicius de Souza, di­­retor do Departamento de Fo­­mento à Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, falou no evento sobre as ações do governo pela mobilidade. Segundo ele, o objetivo é ajudar as empresas nas políticas de inovação a partir de três principais linhas. A primeira está relacionada a recursos humanos. Ele citou o "apagão de engenheiros" vivido pelo Brasil , que é uma característica de outros países também, exceto dos asiáticos. A solução, apontou, está na reformulação dos currículos dos cursos de formação, o que já está em discussão, e na convocação das empresas para auxiliar na capacitação dos profissionais.

A segunda ação está relacionada com a internacionalização das empresas voltadas para a inovação. Souza disse que o país está sendo mais agressivo para atrair centros de pesquisa, inovação e desenvolvimento. E já há resultados. "Em seis meses os centros da GE e da IBM já anunciaram sua chegada", completou. E, finalmente, ele citou a ques­­tão da sustentabilidade, que precisa chegar mais rapidamente à mobilidade por meio de novas tecnologias e instrumentos de políticas públicas.

Mas será que os brasileiros estão dispostos a pagar mais por veículos com apelo ambiental? No painel que discutiu a redução do consumo de combustíveis e das emissões, os especialistas concordaram que não. Au­­gusto Dornelles Filho, gerente de contas estratégicas da DuPont do Brasil, disse que "ainda não há consciência coletiva". Para José Luiz Hellmeister Loureiro, ge­­ren­­te executivo da Volks­wa­gen, o consumidor paga porque está no pacote, mas não pa­­ga pa­­ra ter um carro ecologicamente correto.Roberto Gothardo Krenus, en­­genheiro especialista da Delphi, lembrou que o motorista não é atraído se não houver um impacto no seu bolso. E para Ruy Qua­dros, coordenador de extensão do Instituto de Geociência da Unicamp, essa preocupação ainda não atinge a grande massa, mas apenas alguns segmentos.

A jornalista viajou a convite da Brose do Brasil

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