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Nem sempre o receio de ocupar o banco do motorista pode estar relacionado à fobia da direção. Em alguns casos, o problema tem origem traumática ou até mesmo no desinteresse em conduzir um veículo.

O professor de Educação Física Ney Renato Winiarczy, de 33 anos, sofreu um acidente de carro quando ainda era adolescente. Desde então passou a sonhar freqüentemente que a sua vida chegaria ao fim conduzindo um automóvel. As duas experiências faz com que ele até hoje evite pegar no volante. "Nem carteira de habilitação eu tenho, justamente por não me imaginar dirigindo. Já me acostumei a ser o carona e confiar na habilidade dos outros", destaca o morador do bairro Cajuru, em Curitiba. A namorada e professora Danielli Ikeda é quem faz as vezes de motorista do casal. "Cheguei a freqüentar auto-escola, mas desisti logo no início", ressalta.

Já a advogada Adriana Glück Camargo, de 32 anos, precisou de dez anos e três tentativas no exame de Detran para obter a carteira de motorista. A batalha foi mais por insistência da família do que um desejo pessoal. "Nunca fui apegada a carro. Além do que me considero muito desatenta, tenho problema com espaço e dimensões", faz uma auto-avaliação a moradora do Juvevê.

A proximidade da casa com o trabalho, no Centro Cívico, a dificuldade de estacionar e o gasto na manutenção do veículo são outros fatores listados por ela para justificar a preferência pelo banco de passageiros. "Quando o pessoal de auto-escola dizia que estava apta, mais aulas eu queria fazer. Acho até que estão eternamente agradecidos comigo, pois deixei muito dinheiro com eles. Acredito, inclusive, que só fui aprovada no exame prático por pena", brinca a advogada, para em seguida emendar: "Há pessoas que não nasceram para dirigir. Eu sou uma delas".

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