A Volkswagen foi durante muito tempo órfã no segmento de hatches compactos. O Polo ficou obsoleto e o Gol não conseguia entregar a qualidade que este segmento pedia.
Modelos como o Honda Fit, e até as versões topo de linha do Hyundai HB20, conquistaram esses compradores. O mesmo acontecia no segmento de sedãs médios. O Jetta tinha preço superior e o Voyage ficava para trás se comparado a Honda City, HB20S. Ficava atrás até do Chevrolet Cobalt.
Com a chegada do Polo no segundo semestre deste ano, a Volkswagen vai finalmente preencher a lacuna entre o Gol e o Golf. No começo de 2018 é o irmão sedã do Polo, o Virtus, quem vai ocupar o espaço entre Voyage e Jetta.
O projeto 270, como é conhecido dentro da fábrica, usa uma versão menor da plataforma MQB, a MQB A0. Essa arquitetura é versátil e leve, o que ajudou na definição dos motores.
O Virtus chega em janeiro, seis meses depois do Polo, para preencher a lacuna entre Gol e Golf. A dinâmica e o bom espaço para quatro adultos devem ser o destaque do modelo
Mas vamos falar antes do porte do Virtus. O sedã deve ter perto de 4,30 m de comprimento, o que o deixa mais curto que o Cobalt (4,48 m) e City (4,45 m). Mesmo assim, o entre-eixos perto de 2,56 m deve oferecer bastante espaço para os ocupantes.
Haverá espaço também de sobra para a bagagem, o modelo deve ter mais de 500 litros de capacidade no porta-malas.
E qual motor vai puxar os ocupantes e toda essa tralha? Haverá três opções, todas da família EA211. O Virtus de entrada usará o três-cilindros 1.0 flex aspirado de 82 cv, acoplado com câmbio manual.
Pode parecer pouca força, mas lembra da leveza da plataforma MQB que falamos mais cedo? O sedã deve pesar pouco mais de 1.000 kg, algo muito leve para um sedã médio.
O Cobalt, por exemplo, pesa 1.104 kg na versão manual. Na versão intermediária a Volkswagen vai usar o motor 1.6 16V de 120 cv, também com câmbio manual e opção automática Tiptronic.
O padrão de acabamento e a dinâmica do Virtus devem ser do nível do Golf.Apesar do porte compacto, haverá bom espaço para passageiros e carga
Na versão topo de linha, o Virtus deve o usar o mesmo 1.0 turbo do Golf. Ele tem 125 cv e torque de sobra em baixas rotações. Este três cilindros mais forte é possível no sedã porque há espaço suficiente para os radiadores maiores, algo que não cabe no up.
Resta saber se a VW vai, enfim, conjugar este motor com o câmbio Tiptronic de 6 marchas. Como o Virtus mira o público do Cobalt, seu preço deve ficar entre torno de R$ 60 mil e R$ 75 mil, já com controle de estabilidade e tração inclusos.
Dianteira comum à do Polo, hatch do qual deriva. E, como é padrão na VW, as linhas são limpas. O Virtus terá três opções de motor, incluindo a 1.0 turbo e pode vir com câmbio Tiptronic sequencial
QUANDO CHEGA | Início de 2018 |
PREÇO (ESTIMADO) | R$ 60 mil a R$ 80 mil |
MOTOR | 1.0 aspirado; 1.0 turbo; 1.6 MSI |
CÂMBIO | Manual/ Automático |
RIVAIS | Chevrolet Cobalt, Renault Logan, Honda City |
O SEDÃ DO ARGO
Você acabou de conhecer o Argo e agora a Gazeta do Povo já adianta as imagens do irmão sedã da novidade da Fiat. O Cronos, até então conhecido como projeto X6S, chegará no 1.º semestre do ano que vem vindo importado da fábrica de Córdoba, na Argentina.
A esperança da fabricante é que o sedã tenha mais sucesso do que o Linea e tire da Fiat a sina de não vender bem no segmento de sedãs médios. Um bom ponto de partida é o design, embora as linhas do modelo não acrescente nenhuma inovação estilística.
A Fiat não adotou o nome Argo Sedã no modelo: ela quer que o carro tenha personalidade própria. O carro será fabricado na Argentina
O desenho do sedã usa a mesma filosofia de contornos envolventes, chamada de wrap around, que estreou na picape Fiat Toro. A dianteira herdada do Argo ostenta os afilados faróis com leds e a grade em colmeia. O capô com vincos dá cara esportiva ao sedã.
As tomadas de ar nas extremidades dos para-choques são um truque para dar impressão de maior largura ao carro. Na lateral as caixas de rodas proeminentes chamam atenção.
A traseira alta, que lembra um pouco a do Chevrolet Prisma, tem lanternas em forma de C. Elas são parecidas às usadas pelo Dodge Neon empobrecidas esteticamente com relação ao Tipo sedã e Fiat Aegea.
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O porta-malas é generoso. A capacidade deve ficar entre 500 e 520 litros. Ótima capacidade para um sedã que deve ter cerca de 4,30 m de comprimento.
O painel, compartilhado com o Argo, tem três níveis. O mais alto tem as saídas de ar laterais e une visualmente as portas com uma linha. O nível intermediário conta com três saídas de ar centrais. Já no nível inferior há os controles no estilo tecla de piano.
A traseira lembra um pouco a de alguns modelos Chevrolet. O destaque será a boa capacidade do porta-malas e a generosa oferta de equipamentos
O volante segue a proposta esportiva do design, com base chata e empunhadura mais grossa na pegada das mãos.
O cluster vem com tela TFT de 3,5 polegadas de série e as versões mais caras tem o dobro, 7 polegadas. Esse também é o tamanho da tela do sistema multimídia com alta definição de imagem.
Junte isso com as borboletas para trocas de marchas atrás do volante (para as versões automatizadas e automáticas), acrescente o sistema de auxílio de partida em rampa, controle de estabilidade, controle de tração, keyless e outras tecnologias, e você vai perceber que o sedã do Argo vem para a briga.
As opções de motor também são atuais. O sedã terá versão de entrada com motor três-cilindros 1.0 de 77 cv e 10,9 kgfm de torque, mas esta deve chegar apenas no segundo semestre de 2018.
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A intermediária vai usar o motor 1.3 de 109 cv e torque de 14,2 kgfm. As topo de linha terão motor 1.8 EVO VIS, de 139 cv e 19,3 kgfm de torque. Todos os motores são flex e nenhum usa tanquinho de partida a frio.
As opções de câmbio são manual e automatizada (esta só para o 1.3), ambas com cinco marchas. A maior novidade é o câmbio automático de seis marchas conjugado com o motor 1.8, algo inédito em carros de passeio compacto da Fiat. Esta é a mesma caixa encontrada na picape Toro, mas com diferencial de relação mais longa.
O sedã do Argo terá opções de motor 1.0, 1.3 e 1.8, com câmbio manual ou automático, e três tipos de acabamento
Deve haver três versões, Easy, Precision e Lounge. Assim os clientes terão uma boa opção acima do Siena, a partir de R$ 48 mil até a faixa dos R$ 75 mil.
Os pacotes de equipamentos devem ser generosos, com muita interatividade e tecnologia para atrair compradores de outras marcas que nunca consideraram a Fiat. Ainda não sabemos o preço. E isso será decisivo para o sucesso, ou não, do carro.
QUANDO CHEGA | Início de 2018 |
PREÇO (ESTIMADO) | R$ 60 mil a R$ 80 mil |
MOTOR | 1.0 aspirado; 1.0 turbo; 1.6 MSI |
CÂMBIO | Manual/ Automático |
RIVAIS | Chevrolet Cobalt, Renault Logan, Honda City |
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