Detroit (EUA) - Definitivamente o fantasma da crise financeira que atingiu o setor automotivo norte-americano já foi exorcizado. Pelo menos é o que mostra o Salão de Detroit (EUA), principal termômetro para medir como as principais marcas que atuam no país reagiram à retração do mercado ocorrido em 2008-2009. A feira internacional, que começou na segunda-feira e vai até o dia 23 de janeiro, apresenta inúmeras novidades, a maioria delas, num primeiro momento, voltada para o consumo interno.
As principais atrações se concentram nas marcas donas da casa Ford, General Motors e Chrysler baseadas em Detroit. Com uma apresentação pomposa à imprensa mundial, com direito a telões gigantescos, a Ford revelou suas estrelas. Três delas dentro do plano de eletrificação adotado pela marca, que tem por finalidade a introdução de versões elétricas em seus carros tradicionais como já havia feito com Fusion Hybrid e Escape Hybrid. O primeiro a chegar ao mercado (até o fim deste ano, nos EUA) é o Focus Electric, precursor da Ford no conceito 100% elétrico sem uso de combustível mineral ou vegetal e com emissão zero de poluente. O modelo fez sua estreia mundial. Os outros dois representantes são o C-Max Energi, primeiro híbrido elétrico "plug-in" da marca, e o C-Max Hybrid. Os modelos são derivados do C-Max, um veículo multiuso, que faz bastante sucesso no Velho Continente e que agora passa a ser comercializado também nos EUA. É um monovolume com opções de 5 e 7 lugares, esta última com as portas corrediças e abertura elétrica do porta-malas (sem a necessidade de uso das mão).
A Chrysler apresentou a nova geração do 300C. As mudanças no visual tiraram a imponência e a cara de mau que o tornaram famoso. No sedã grande, quase tudo foi alterado: dos faróis e grade frontal aos para-choque e traseira, que ganhou novas lanternas translúcidas. No segundo semestre, ele desembarca no Brasil. O automóvel virá com duas opções de motorização: V6 de 292 cv e V8 de 360 cv. O preço no mercado americano partirá de US$ 28 mil (R$ 46 mil), enquanto que em solo brasileiro deverá ficar próximo ao preço do modelo atual (R$ 130 mil).
O destaque da GM é o sedã Volt, um híbrido plug-in que está nas concessionárias desde o mês passado. Para rodar de 40 a 80 km com uma carga de eletricidade, ele usa um motor elétrico e outro a gasolina de 1.4 litro, que entra em ação assim que a bateria de íon-lítio descarrega. Combinando o uso de motor a combustão com o elétrico a potência chega a 149 cv e autonomia aumenta para até 500 Km. Nos Estados Unidos, custa US$ 41 mil (R$ 69 mil), mas com a isenção fiscal fornecida pelo governo americano o preço pode chegar a US$ 33,5 mil (R$ 56 mil).
A GM também mostrou a nova geração do compacto Aveo, rebatizada nos EUA de Sonic. O Sonic será oferecido no país com motores 1.8 16V de 138 cv e 1.4 turbo de 140 cv.
Bólido híbrido
A Porsche revelou o conceito 918 RSR, uma versão híbrida de corrida do 918 Spyder, que havia sido mostrado pela marca no último Salão de Genebra. Sob o capô está o motor V8 com injeção direta de combustível, emprestado do RS Spyder, mas com 570 cavalos de potência a 10.300 rpm. Em cada uma das rodas dianteiras há propulsores elétricos com potência de 75 kW cada (cerca de 100 cv), somando 150 kW, o que permite que o carro chegue a 767 cv. A novidade marca o retorno da Porsche na maior feira de automóveis dos Estados Unidos, após quatro edições fora do evento.
O jornalista viajou a convite da Anfavea
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