Mercado
Modelos diminuiram de tamanho
As marcas norte-americanas também reduziram o tamanho de seus carros. Para nós, brasileiros, eles são considerados médios, já para os padrões americanos não passam de compactos. É o caso da nova geração do Focus que será produzido na Europa e na América do Norte no fim deste ano e logo depois na América do Sul.
Sem perder a identidade, o carro assumiu o desenho kinetic, que dita as linhas das atuais gerações de Fiesta e Ka europeus. Os faróis estão mais retilíneos e o para-choque dianteiro se destaca pelas estradas de ar em forma de triângulo. As laterais são marcadas pelos vincos e curvas, enquanto na traseira, pela primeira vez, o hatch não terá as lanternas nas colunas. Por dentro, o Focus também ficou menos discreto e voltou a ter um painel com mais curvas e detalhes, que marcou a primeira geração do carro. Para o mercado brasileiro deverá ter os novos motores 1.6 e 2.0 flex, lançados recentemente.
A Chrysler exibe o hatch médio Lancia Delta com o seu tradicional escudo do Pentagrama. O Delta, que ainda não tem nome definido para o mercado norte-americano, usa a plataforma modificada do Fiat Bravo, hatch médio que deve ser lancado neste ano no Brasil. Após a compra do controle acionário da Chrysler, a Fiat fez a sua estreia no Salão com o pequenino Cinquecento (500), que será produzido no México.
O Chevrolet Aveo apareceu em sua segunda geração como uma nova aposta da General Motors no segmento de compactos. Para tanto, a Chevrolet optou por uma reestilização radical, que irá tomar forma no conceito Aveo RS, de inspiração esportiva. O carro está com um motor 1.4 Ecotec, que graças a um turbocompressor e a injeção direta de combustível, entrega bons 140 cv de potência e 20,3 kgfm de torque.
Bem diferente das edições anteriores, onde as principais atrações eram as imensas picapes e utilitários esportivos, o Salão de Detroit (EUA), que abriu ontem suas portas para o público, tenta mostrar uma indústria bem mais preocupada com a questão ambiental. As marcas estão presentes com modelos menores e investindo em novas tecnologias de carros elétricos, um setor que o governo norte-americano incentiva com subsídios e empréstimos de baixo custo.
O resultado é um salão repleto de modelos curiosos, como da montadora coreana CT & T, especializada em carrinhos elétricos de baixa velocidade. Segundo os executivos da marca, os veículos menos potentes são mais baratos, já que utilizam menos baterias, responsáveis pelo alto custo dos projetos elétricos. A Volkswagen, por sua vez, mostra o NCC (New Coupe Concept) que antecipa também as linhas da próxima geração do Jetta. O cupê é baseado na plataforma do sedã e do Golf e pode vir a ser chamado de Jetta Coupé quando chegar ao mercado de forma definitiva. O conceito é híbrido, com um motor elétrico de 20 kw, abastecido por baterias de ion-lítio, que pode mover o carro sozinho. Para quem quiser acelerar, o carro tem um propulsor a gasolina de 1,4 litro de prontidão. Com turbo, chega a 150 cv de potência.
A Honda destaca o híbrido CR-Z, que faz 13,2 km/l na cidade. Boa parte desta economia pode ser creditada ao pequeno motor elétrico de 13,4 cv, que auxilia o 1.5 a gasolina de aproximadamente 109 cv a Honda não divulgou a potência separada dos motores.
A Toyota planeja lançar oito modelos híbridos do tipo "plug-in" que podem ser recarregados e elétricos nos Estados Unidos até 2012, além de um carro movido a hidrogênio em 2015. Dentro dessa "ofensiva ecológica", a marca revela no salão o conceito híbrido FT-CH. O compacto, do porte de um Yaris, que tem 3,82 metros de comprimento, foi desenhado no centro europeu de estilo da Toyota, em Nice, na França.
A Audi revela um novo conceito elétrico, batizado como e-tron, tal como o primeiro modelo apresentado no último Salão de Frankfurt (Alemanha), em setembro passado. Ao contrário do conceito original, o e-tron de Detroit é mais compacto, com linhas que não remetem tanto ao superesportivo de rua R8. A começar pelas medidas. Com 3,93 metros de comprimento, o esportivo é bem menor que o primeiro e-tron, que media 4,26 metros. O atual conta com dois motores elétricos que geram uma potência combinada de 204 cv e um torque de 270 kgfm. O tempo de recarga quando conectado a uma tomada doméstica é de longas 11 horas. Mas em uma rede de 400 volts, esse tempo baixa para duas horas.
O Hyundai Blue-Will é o primeiro protótipo plug-in feito pela montadora. O conceito é equipado com um motor 1.6 litro a gasolina de 154 cv de potência, associado a um motor elétrico, alimentado por baterias de íon de lítio, que gera mais 136 cv e permite que o modelo alcance a velocidade máxima de 64 km/h.
A BMW exibe o carro-conceito elétrico Série 1 Coupe ActiveE. O modelo entrará em fase de testes neste ano e possui a vantagem de poder ser plugada em tomadas convercionais, sendo que a bateria leva quatro horas para ser recarregada. Seu propulsor elétrico movido a bateria de íon-lítio é de 170 cv de potência e 25 kgfm de torque.
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O jornalista viajou a convite da Anfavea.
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