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Hyundai Blue-Will conta com um motor 1.6 a gasolina de 154 cv, associado a um motor elétrico, que gera mais 136 cv | Bryan MitchellAFP
Hyundai Blue-Will conta com um motor 1.6 a gasolina de 154 cv, associado a um motor elétrico, que gera mais 136 cv| Foto: Bryan MitchellAFP

Mercado

Modelos diminuiram de tamanho

As marcas norte-americanas também reduziram o tamanho de seus carros. Para nós, brasileiros, eles são considerados médios, já para os padrões americanos não passam de compactos. É o caso da nova geração do Focus que será produzido na Europa e na América do Norte no fim deste ano e logo depois na América do Sul.

Sem perder a identidade, o carro assumiu o desenho ‘kinetic’, que dita as linhas das atuais gerações de Fiesta e Ka europeus. Os faróis estão mais retilíneos e o para-choque dianteiro se destaca pelas estradas de ar em forma de triângulo. As laterais são marcadas pelos vincos e curvas, enquanto na traseira, pela primeira vez, o hatch não terá as lanternas nas colunas. Por dentro, o Focus também ficou menos discreto e voltou a ter um painel com mais curvas e detalhes, que marcou a primeira geração do carro. Para o mercado brasileiro deverá ter os novos motores 1.6 e 2.0 flex, lançados recentemente.

A Chrysler exibe o hatch médio Lancia Delta com o seu tradicional escudo do Pentagrama. O Delta, que ainda não tem nome definido para o mercado norte-americano, usa a plataforma modificada do Fiat Bravo, hatch médio que deve ser lancado neste ano no Brasil. Após a compra do controle acionário da Chrysler, a Fiat fez a sua estreia no Salão com o pequenino Cinquecento (500), que será produzido no México.

O Chevrolet Aveo apareceu em sua segunda geração como uma nova aposta da General Motors no segmento de compactos. Para tanto, a Chevrolet optou por uma reestilização radical, que irá tomar forma no conceito Aveo RS, de inspiração esportiva. O carro está com um motor 1.4 Ecotec, que graças a um turbocompressor e a injeção direta de combustível, entrega bons 140 cv de potência e 20,3 kgfm de torque.

  • Audi e-tron conta com dois motores elétricos que juntos geram 204 cv
  • Volkswagen NCC é um híbrido que antecipa a próxima geração do Jetta
  • Montadora coreana CT&T mostra carros curiosos
  • Honda CR-Z é um híbrido que faz 13,2 km/l na cidade
  • Chrysler exibe o hatch médio Lancia Delta
  • Toyota FT-CH tem o porte do Yaris
  • Nova geração do Ford Focus
  • Chevrolet Aveo em versão esportiva

Bem diferente das edições anteriores, onde as principais atrações eram as imensas picapes e utilitários esportivos, o Salão de Detroit (EUA), que abriu on­­tem suas portas para o público, tenta mostrar uma indústria bem mais preocupada com a questão ambiental. As marcas estão presentes com modelos menores e investindo em novas tecnologias de carros elétricos, um setor que o governo norte-americano incentiva com subsídios e empréstimos de baixo custo.

O resultado é um salão repleto de modelos curiosos, como da montadora coreana CT & T, especializada em carrinhos elétricos de baixa velocidade. Se­­gundo os executivos da marca, os veículos menos potentes são mais baratos, já que utilizam me­­nos baterias, responsáveis pelo alto custo dos projetos elétricos. A Volkswagen, por sua vez, mostra o NCC (New Coupe Concept) que antecipa também as linhas da próxima geração do Jetta. O cupê é baseado na pla­­taforma do sedã e do Golf e pode vir a ser chamado de Jetta Coupé quando chegar ao mercado de forma definitiva. O con­­ceito é híbrido, com um mo­­tor elétrico de 20 kw, abastecido por baterias de ion-lítio, que pode mo­­ver o carro sozinho. Para quem quiser acelerar, o carro tem um propulsor a gasolina de 1,4 litro de prontidão. Com turbo, chega a 150 cv de potência.

A Honda destaca o híbrido CR-Z, que faz 13,2 km/l na cidade. Boa parte desta economia pode ser creditada ao pequeno motor elétrico de 13,4 cv, que au­­xilia o 1.5 a gasolina de aproximadamente 109 cv – a Hon­­da não divulgou a potência se­­parada dos motores.

A Toyota planeja lançar oito modelos híbridos do tipo "plug-in" – que podem ser recarregados – e elétricos nos Estados Uni­­dos até 2012, além de um carro movido a hidrogênio em 2015. Dentro dessa "ofensiva ecológica", a marca revela no salão o conceito híbrido FT-CH. O compacto, do porte de um Yaris, que tem 3,82 metros de comprimento, foi desenhado no centro europeu de estilo da Toyota, em Nice, na França.

A Audi revela um novo conceito elétrico, batizado como e-tron, tal como o primeiro mo­­delo apresentado no último Sa­­lão de Frankfurt (Alemanha), em setembro passado. Ao contrário do conceito original, o e-tron de De­­troit é mais compacto, com li­­nhas que não re­­metem tanto ao superesportivo de rua R8. A co­­meçar pelas me­­didas. Com 3,93 metros de comprimento, o es­­portivo é bem menor que o primeiro e-tron, que media 4,26 metros. O atual conta com dois motores elétricos que geram uma potência combinada de 204 cv e um torque de 270 kgfm. O tempo de recarga quan­­do conectado a uma tomada doméstica é de longas 11 ho­­ras. Mas em uma rede de 400 volts, esse tempo baixa para duas horas.

O Hyundai Blue-Will é o primeiro protótipo plug-in feito pela montadora. O conceito é equipado com um motor 1.6 litro a gasolina de 154 cv de potência, associado a um motor elétrico, alimentado por baterias de íon de lítio, que gera mais 136 cv e permite que o mo­­delo alcance a velocidade máxima de 64 km/h.

A BMW exibe o carro-conceito elétrico Série 1 Coupe Acti­­veE. O modelo entrará em fase de testes neste ano e possui a vantagem de poder ser plugada em tomadas convercionais, sendo que a bateria leva quatro horas para ser recarregada. Seu propulsor elétrico movido a bateria de íon-lítio é de 170 cv de potência e 25 kgfm de torque.

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O jornalista viajou a convite da Anfavea.

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