A segunda temporada de Stranger Things, série da Netflix ambientada nos anos de 1980, estreia neste terça-feira (27) prometendo repetir o sucesso do primeiro ano, especialmente com o público brasileiro que passou a idolatrar o elenco nas redes sociais.
A ficção conta a história de uma pequena cidade rural de Indiana onde um garoto desaparece e a cidade empreende uma busca pelo paradeiro do garoto. Mas são os amigos dele que estão mais perto de desvendar o mistério, com ajuda de uma enigmática garota com poderes telecinéticos. Pelo caminho, vários segredos e forças sobrenaturais.
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Durante a narrativa há inúmeras referências a filmes apresentados naquela época, como Os Goonies, Poltergeist, E.T., Caça-Fantasmas, A Coisa, entre outros.
Aproveitando a onda do seriado e os fatos estranhos que permeiam cada capítulo, listamos dez carros lançados na década de 80 com um visual e equipamentos tão estranho quanto os acontecimentos de Stranger Things.
1 ISUZU 4200R
O conceito esportivo foi apresentado no Salão de Tóquio de 1989 com a assinatura de Shiro Nakamura, que mais tarde chegaria à Nissan para comandar a equipe de design resposnável pelo icônico GT-R, o elétrico Leaf e o nosso Kicks.
Mas com o 4200R, o japonês parece não estava nos melhores dias. O modelo até que tinha uma mecânica de respeito, com motor central V8 e suspensão desenvolvida pela Lotus. Porém, acreditem, ele também trazia um aparelho de fax na cabine (foto acima). Hã?
2 MAZDA MX-81 ARIA (Bertone)
A parceria da Mazda com a italiana Bertone (fabricante de carroceria) originou o cupê conceitual MX-81 Aria, surgido em 1981. Além da linhas quadradas, o projeto chama a atenção pelo ampla área envidraçada que permite vizualisar bem os ocupantes.
Os quatro assentos são indivuduais (separados), e os da frente giram para facilitar o ingresso e a saída do veículo. Agora, a cereja do bolo deste conceito é o exótico sistema de direção. Em vez da ‘roda’ tradicional, um cinto corría em torno de uma moldura retangular que trazia os comandos por botão. No centro, uma tela exibindo as informações do quadro de instrumentos e outros mostradores.
O MX-81 Aria foi concebido como em eventos automotivos e a sua produção nunca chegou a ser cogitada. Seu estilo e ‘inovações’ eram muito radicais, com muito vidro, para começar.
3 DIASETA
Sim, o nome parecido tem ligação com o famoso Romi-Isetta, produzido no Brasil entre 1956 e 1961. Trata-se de uma tentativa frustrada de ressuscitar o icônico carrinho, idealizado em em 1980 por um empresário de São Bernardo do Campo (SP) .
O projeto mantinha a arquitetura clássica do veículo que o inspirou, com porta única à frente e bitola mais estreita na traseira. O motor era o mesmo monocilíndrico da BMW usado pelo Romi-Isetta. As lanternas traseiras foram emprestadas do Volkswagen Gol e os elementos do painel, do Fiat 147.
A intenção do empresário era vender 1,5 mil unidades mensais do Diaseta, numa rede de representantes instalada em postos de gasolina. Dele também derveriam surgir variantes picape, furgão e táxi.
Os planos incluíam até uma fábrica própria em Montes Claros (MG), mas tudo não passou de um sonho não concretizado pelo empresário.
4 FIBRON 274
Mais um protótipo nacional ventilado ainda sob efeito da segunda crise mundial do petróleo, como alternativa de um veículo mais econômico. No entanto, como os demais projetos de minicarros que se multiplicaram à época, a ideia não teve o resultado esperado.
O Fibron 274 (seu comprimento era de 2,74 m, daí o ome), foi feito em Belo Horizonte com uma proposta bem urbana, de dois lugares. Trazia uma carroceria monobloco em fibra de carbono associado a um chassi tubular, de visual bem desajeitado. Era equipado com motores de 800, 1.000 ou 1.300 cm³, todos da Volkswagen.
O carrinho teve uma versão elétrica, apresentada em 1983, mas nem sequer chegou à linha de produção.
5 MONZA CARAVAN
Pouca gente lembra ou sabe, mas existiu uma versão perua do clássico Monza. Com o sobrenome de Caravan, ela foi comercializada na Europa, América do Norte e Oceania - neste continente foi vendida como Camira SW pela Holden, subsidiária da General Motors.
O modelo quase foi vendido no Brasil, sendo mostrado a alguns clientes em clínicas. Porém, no lugar dele a General Motors preferiu por lançar o Ipanema, derivado do Kadett.
6 DELOREAN DM-12
Um dos modelos mais emblemáticos do cinema saiu de um projeto falido no início da década de 1980 para brilhar como a máquina do tempo na trilogia ‘De Volta para o Futuro’.
O projetista do DeLorean foi nada menos que Giorgetto Giugiaro, designer italiano que fez carros para a Audi, Ferrari, Maserati, Lotus, Bugatti, entre outras. O mítico modelo era feito de aço inoxidável, polido e sem pintura.
O desenho era fenomenal, e as portas no estilo ‘asa de gaivota’ faziam o carro parecer realmente de outro tempo, ou de outro planeta. Talvez por esta razão o diretor Robert Zemeckis o tenha colocado no filme.
A linha de produção do DeLorean DMC-12 durou apenas dois anos - 1981 e 1982, com pouco mais de 9,2 mil unidades vendidas
7 SUBARU VIVIO T-Top
Era um key car - como são conhecidos os pequenos carros japoneses - em versão conversível. O modelo da Subaru tinha como particularidade o visual que dificultava distinguir a parte da frente da de trás.
O nome Vivio é um exercício de interpretação, pois fazia referência a sua cilindrada de 600 cc na numeração romana: ‘VI, VI, O’.
A capota e o vidro traseiro eram removíveis, porém devido ao tamanho reduzido do carro, não cabiam no seu interior, por isso o dono teria deixar guardados em casa antes do passeio. Só tinha que torcer para não chover!
8 SUZUKI MIGHTY BOY
É provavelmente a menor picape produzida em série que se tem notícia. Foi vendida 1983 e 1988. O Suzuki Mighty Boy de ‘mighty’ não tinha nada (em português significa ‘poderosa’). Era equipado com motor de 3 cilindros e 30cv.
Pelo menos poderia ser funcional para quem buscava um veículo tanto para o uso na cidade citadino como no transporte de carga, já que tinha uma caçamba.
9 FORD RS200
Provavelmente a Ford se arrependeu do projeto RS200, pois não não repetiu suas linhas ou os dois faróis circulares em nenhum outro modelo da marca. A carroceria fora projetada pela Ghia.
Porém o carro desenvolvido em meados dos anos 80 abrigava um conjunto mecânico invejável, ajustado para correr no Mundial de Rali. No início era um motor 1.8 turbo, de 350 cv na versão de competição e 200 cv nos carros de rua. Em seguida, o tamanho subiu para 2,1 litros, com turbocompressor, elevando a potência para quase 600 cv.
O Ford RS200 jamais venceu um título no WRC, mas ficou marcado por se envolver numa tragédia. O piloto se perdeu numa curva e o carro acabou atirado contra a multidão, matando três espectadores e ferindo outros 30. A abertura traseira era algo inovador e estranho também.
10 MINI DACON 828
Projeto criado pela Dacon, antiga importadora paulista da Porsche e também concessionária Volkswagen. Desta experiência surgiu o Mini Dacon 828, com peças extraídas de Porsche e Volks, como as lanternas traseiras e motor 1.6 boxer de 4 cilindros. Rendia 65 cv e atingia 142 km/h.
O microcarro foi vendido de 1983 a 1994, porém teve apenas 47 exemplares emplacados. Era um veículo bastante compacto, com 2,5 m de comprimento (para ser ter uma ideia, o smart fortwo mede 2,69 m).
As primeiras 4 unidades fabricadas traziam rodas diminutas aro 10, porém devido a falta de estabilidade, passou a calçar rodas aro 13, similares às usadas no Porsche 944.
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