Esporte
O gosto pelas corridas aproxima brasileiros da marca italiana
Felipe Massa e Adriano Tornesi, em 2011, durante a prova 500 Milhas Kart Racing, no Beto CarreroO lugar de destaque que os pilotos brasileiros sempre ocuparam na Fórmula 1 fez com que crescesse a paixão pelo esporte e, consequentemente, pela Ferrari. O arquiteto e urbanista Adriano Carlos Tornesi, 27 anos, é um desses fãs da marca italiana e desde 2010 é sócio do Scuderia Ferrari Club Brasile.
Ele relata que em 2010 seus pais deram de presente a ele uma viagem para a Itália, para comemorar sua formatura. E foi lá em Roma que ele descobriu que em Curitiba funcionava o único clube reconhecido de admiradores da Ferrari na América do Sul. "O dono do hotel em que fiquei hospedado em Roma conhecia o presidente do clube. Assim que voltei para Curitiba, virei sócio", lembra.
Tornesi diz que compra produtos com a marca Ferrari sempre que pode, inclusive pela internet. "Tenho miniaturas, roupas, peças de decoração, chaveiro, relógio e perfume". O arquiteto guarda até sacolinhas de lojas. "Todos sabem da minha paixão, tanto que me chamam de Ferrari", conta Tornesi.
Desde que Enzo Ferrari fundou a fábrica de carros de corrida e de esportivos de alto desempenho, a Ferrari, em 1929, a marca só fez atrair fãs em todo o mundo. Maranello, na Itália, sede da empresa, é parada obrigatória para os admiradores que estão de passagem pelo país. Foi o que fez o advogado Walter Antônio Petruzziello no início da década de 1980. Ele bateu na porta da Ferrari e saiu de lá decidido a fundar um clube de fãs em Curitiba.
Assim nasceu o Scuderia Ferrari Club Brasile, em 1983, único na América do Sul reconhecido pela marca italiana. Petruzziello é o fundador e "presidente eterno", reconhece. Atualmente, o grupo conta com 141 sócios (sendo 15 mulheres), residentes em Curitiba, interior do estado e também fora do Paraná. O presidente explica que o primeiro requisito para se associar é "ter paixão pela Ferrari". Em troca, vêm muitos benefícios.
Todos os anos, os membros dos clubes são mais de 500 em todo o mundo recebem um kit com alguns mimos: bloco de anotações e lápis da marca italiana, além de imagens dos carros de competição e dos esportivos e também fotos autografadas dos pilotos de Fórmula 1 da equipe, Fernando Alonso e Felipe Massa.
Petruzziello diz que praticamente todos os benefícios oferecidos aos sócios só podem ser desfrutados na Itália. Entre eles estão a oportunidade de visitar a fábrica; desconto no preço do ingresso para assistir ao GP de Ímola, num espaço exclusivo; desconto de 10% para alugar uma Ferrari e dar uma volta em Maranello; e preços menores para compras nas lojas da marca.
O presidente do clube conta que viaja para a Itália três a quatro vezes por ano, por motivos diversos, e aproveita para usufruir das vantagens garantidas pela carteira de sócio. Ele é italiano nascido em Pratola Serra, na Província de Avellino, região da Campania. Veio para o Brasil com 2 anos de idade, voltou para a Itália depois dos 20 e agora está estabelecido aqui. Mas tem familiares lá, inclusive a esposa, que vive em Roma.
Coleção
Manter essa ligação com a terra natal também é uma das atribuições de clubes como esse. Emilio Botter é outro italiano que mora em Curitiba e faz do Scuderia Ferrari Club Brasile um reduto para matar a saudade do seu país. Ele vive aqui há 38 anos, sendo que mais de 30 dedicados ao Consulado da Itália. "A paixão pela Ferrari faz parte das tradições italianas, dos costumes", explica. Botter afirma que tem vários produtos com a marca do cavalinho rampante, menos o carro, a não ser em miniatura.
Walter Petruzziello também é fã de miniaturas. Ele diz que tem mais de 1,2 mil modelos de Ferraris e de carros de Fórmula 1. São carrinhos desde a escala 1/43 (43 vezes menor do que o carro de tamanho normal) até 1/12. O entusiasta diz que a coleção começou em 1975, quando ele comprou o primeiro exemplar em San Marino.
Serviço
Informações sobre o clube: brasile@sfcscarl.com
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