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Preço é outro atrativo

Para deixar o time, ou melhor, o carro ainda mais competitivo a Ford posicionou os preços de tabela do EcoSport automático num mesmo patamar dos modelos manuais.

Atualmente, as concessionárias da marca na capital estão com atraentes promoções. A versão XLS custa em média R$ 53,9 mil e já vem com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, air-bag duplo e freios ABS. A XLT varia de R$ 59,9 mil a R$ 61,9 mil (com bancos de couro). O modelo oferece toca-CD MP3, console de teto, rodas liga leve de 15", volante de couro, espelhos pintados na cor da carroceria e ajuste lombar para o banco do motorista, entre outros. A XLT manual, por exemplo, custa em média R$ 63 mil.

Além da transmissão, o preço tem influenciado o consumidor na compra do modelo automático. Hoje esta opção já alcança de 30% a 40% no volume de vendas da linha EcoSport nas lojas de Curitiba.

O futebol ensina que "em time que se está ganhando não se mexe". Mas também mostra que sempre há uma exceção para um reforço de peso. Se aplicar essa velha máxima ao mundo automotivo, ela se encaixa como uma luva no Ford EcoSport.

O carro é um campeão de vendas, criou um novo segmento – o dos utilitários esportivos compactos – e desde o seu lançamento, em 2003, figura entre os dez veículos mais comercializados no Brasil. Em dezembro do ano passado, a marca atualizou a estratégia de jogo ao equipá-lo com câmbio automático, nas versões XLS e XLT, com motor 2.0 – o propulsor 1.6 continua apenas com o manual. O sistema já é uma tendência no mercado, aliando conforto e praticidade ao dirigir, características tão valorizadas no trânsito intenso das grandes cidades.

A intenção da Ford foi colocar na alça de mira do seu jipinho o Honda Fit, que até então era o "dono da bola" por ser o modelo "mais acessível" a oferecer a opção automática, e sedãs médios como Honda Civic e Toyota Corolla, que têm no câmbio AT um de seus atrativos.

Apesar de possuir um estilo fora-de-estrada, o EcoSport é tipicamente urbano. Aliás, assumiu de vez essa vocação com a adoção do sistema automático. Alto em relação ao solo, transmite a sensação de que o trânsito fica menos agressivo e cansativo visto de cima. Atributo que, aliado ao design bonito, atual e o aspecto valente, conquistou o público feminino – hoje responsável por 60% das vendas.

Entre as vantagens oferecidas pela nova transmissão está o fim do receio que muitos têm de arrancar em subida mais íngreme. O sistema automático atua como um freio, evitando que o carro desça. Também permite a saída de semáfaro mais eficiente e tranqüila.

Motor e acabamento

A transmissão automática fez o motor Duratec 2.0 perder um pouco da potência em relação à versão manual, que desenvolve 143 cv (contra 138 cv). Essa diferença foi compensada pela praticidade nas trocas de marcha. O torque máximo de 18,35 kgfm, com 86% já disponíveis a 1.500 rpm, garantem respostas fortes em baixas velocidades, possibilitando ultrapassagens e retomadas mais seguras.

Na cidade, as manobras são facilitadas devido à ótima área envidraçada e aos bons retrovisores. Já na estrada, a suspensão se mostra macia e contribui para o bom comportamento do carro em baixa velocidade. Porém, quando se pisa fundo nota-se uma discreta tendência de inclinação da carroceria nas curvas mais acentuadas, até por sua altura elevada.

No quesito acabamento, exceto pelo adesivo "Automatic" na tampa do porta-malas, quase nada diferencia a nova versão dos modelos mecânicos. Na parte interna, há uma modificação na extensão do console central, que traz porta-objetos, porta-moedas, pote multiuso destacável com tampa, suporte para copos, entre outros.

O plástico presente do painel às maçanetas internas da porta continuam pouco agradáveis aos olhos e ao toque. Falta ainda o apoio para o pé esquerdo do motorista. É algo indispensável num carro com câmbio automático, em que basicamente se usa apenas o pé direito. Uma melhora nos materiais de acabamento só devem ocorrer entre o fim deste ano e o início de 2008, quando o modelo passar por um face-lift.

Já o espaço generoso da cabine, com boa altura do teto, acomoda quatro adultos e uma criança. Por ser alto, o Ecosport não cria dificuldade no acesso ao interior e dispensa um "alongamento" na hora de entrar.

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