Histórias com milhões de quilômetros rodados estiveram expostas, no último fim de semana, no 8.° Encontro de Carros e Antiguidades Mecânicas de Ponta Grossa. Cerca de 150 veículos, alguns com mais de 70 anos de diferença entre as datas atual e de fabricação, atraíram mais de 20 mil pessoas para a Estação Saudade, prédio histórico de 1898, tombado pelo Patrimônio Cultural. Entre as raridades, estavam um Mercury vermelho conversível (1941), de Piraí do Sul, e dois simpáticos "fusquinhas" (um de 1970 e um de 1974) do acervo histórico da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ambos foram usados em patrulhas nas regiões de Curitiba e Ponta Grossa entre os anos 70 e 80.
O encontro é uma oportunidade que reúne anualmente colecionadores de todo o estado. "Eles vêm mais para expor os carros. Os negócios são uma consequência. Prevalece a diversão para o público", observa o coordenador do encontro, Eros de Freitas. Em duas ocasiões (2005 e 2011), o evento ponta-grossense foi somado ao Encontro Sul-Brasileiro de Veículos Antigos. "É uma oportunidade para trazer expositores de toda a Região Sul para cá. Em 2014, o evento acontece novamente no Paraná e vamos candidatar a cidade", adianta Eros.
Em meio a um "mar" de clássicos nacionais, a Variant azul 1972 do estudante de Ponta Grossa Lucas Alberto de Oliveira chamava a atenção pelo brilho da pintura perolizada. O carro foi adquirido há dois anos e passou por um demorado processo de restauração. "Meu pai já fez a mesma coisa. Ele comprou uma Variant, por volta de 1990, e também restaurou. Ele ficou uns seis anos com o carro e vendeu no Paraguai, ainda lembro que foi negociada em dólar. Só que fez muita falta. Meu irmão até chorou quando ela foi vendida", lembra Lucas. Hoje ele mata a saudade com o próprio exemplar da VW, na qual já investiu cerca de R$ 15 mil.
Mas há também quem já tenha perdido as contas com os gastos. Dono de um Chevrolet Styleline Deluxe 1951, de quatro portas, Claiton Pinheiro, também de Ponta Grossa, não tem ideia do quanto já "investiu" na restauração do veículo, que tem 90% de originalidade. O modelo americano foi importado para o Brasil em 1953 e chegou a pertencer a uma família paulistana por 28 anos. O interior do sedã grande é muito confortável, mas o colecionador avisa: "Só para o passageiro! Se a viagem for longa, é bom o motorista levar um comprimido para dor muscular". Ele conta que já rodou 750 quilômetros com o carro numa viagem ao litoral do Paraná, com direito a um "desfile" pela estrada da Graciosa. Pinheiro tem ainda um Aero Willys 1963 e uma DKW Caiçara 1964. "Mas ainda quero um [com motor] V8, quem sabe um Dodge Dart?", ambiciona.
Encontro em Ponta Grossa
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