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Baixa quilometragem sempre foi sinônimo de excelente negócio na compra de um carro usado. Mas também pode significar problemas, Caso o veículo seja pouco utilizado.

De acordo com o professor do curso Engenharia Mecânica da UFPR, Carlo Giuseppe Filippin, o que conta para a vida útil do motor são as horas de funcionamento e não a quilometragem. "Por exemplo, na cidade, a uma velocidade média de 30 km/h, o motor terá trabalhado 1.000 horas quando atingir 30 mil quilômetros; já na estrada, a 60 km/h de média, as mesmas 1.000 horas serão alcançadas com 60 mil quilômetros. Isso mostra que a quilometragem não é o principal instrumento para avaliar a condição do veículo", observa.

O professor explica que as folgas ideais das peças no propulsor – leia-se menor desgaste – ocorrem em regime quente. Segundo Filippin, rodar de casa para o trabalho, percorrendo pequenas distâncias, faz com que ele funcione sempre no frio, o que acaba contaminando o óleo com resíduos provenientes do desgaste mais acentuado das peças. Neste caso, o recomendável seria trocar o lubrificante em intervalos menores.

Os técnicos também alertam que um carro parado por muito tempo pode apresentar ressecamento das peças de borracha e mangueiras, pneus deformados e outros. Só aquecer o motor diariamente também não resolve o problema para o restante do sistema. "O ideal é rodar por cerca de 20 a 30 minutos pelo menos uma vez por semana", recomenda Joarez Solfiste, da Solfiste Mecânica. Já quem anda apenas uma vez por semana, porém, em trajetos mais longos faz com que o motor tenha um ritmo de funcionamento mais homogêneo. "Com isso, a probabilidade de ocorrer um defeito cai em até 80%", finaliza.

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