"High School Musical" ganha segunda versão no cinema| Foto: Reprodução G1

Parar no semáforo com o vidro aberto, principalmente à noite. Estacionar em vias escuras. Deixar objetos de valor sobre o banco ou painel. Estes são alguns dos descuidos que "pedem" um assalto no trânsito. Adotar medidas preventivas no dia-a-dia diminui o risco. Quanto mais difícil, menor o interesse do ladrão, segundo orientação do Batalhão de Policiamento de Trânsito de Curitiba (BPTran).

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O corretor de imóveis Adílson Pereira, 37 anos, e o funcionário público Arno Gerstenberger, 39 anos, usam o carro com freqüência pelas ruas de Curitiba. O primeiro costuma percorrer 100 km por dia, enquanto que o outro circula 50 km em média. Tanto tempo ao volante fez com que ambos engrossassem a lista de vítimas de assalto no trânsito.

Pereira foi alvo de um seqüestro relâmpago e passou mais de três horas no interior do porta-malas. Gerstenberger teve o carro alvejado por cinco tiros após uma tentativa de assalto. Felizmente, o prejuízo foi apenas material. Mas ambos poderiam ter evitado o episódio se tomassem alguns cuidados que ajudam a diminuir o risco.

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A abordagem dos bandidos ao corretor ocorreu quando ele descia do carro para abrir o portão da garagem. Pereira chegou a visualizar um grupo suspeito próximo à residência, porém não deu muita atenção. Justamente dois rapazes dessa turma foram responsáveis pelo seqüestro. Já o funcionário público teve o carro fechado por outro, numa rua escura e com pouco movimento. Sua reação foi dar ré e sair em disparada. Por sorte, os tiros não encontram o destino, mas perfuraram o pára-brisa e bancos.

De acordo com o 2.º tenente do BPTran, Alexandre Lamour Viana, a situação vivida por Pereira, onde a vítima é rendida ao chegar de carro em casa é uma das formas mais comuns de assalto. O militar aconselha sempre observar se não há pessoas próximas ao portão ou na esquina, especialmente à noite.

O comportamento da vítima durante o roubo pode resultar entre a ação dos bandidos ser rápida e sem danos físicos ou então de forma trágica, até com morte. "Manter a calma, principalmente diante de arma de fogo, é difícil mas imprescindível. O condutor deve entregar todos os pertences, inclusive o carro, se o bandido exigir", orienta o tenente, para em seguida alertar: "toda a vez que há uma reação, existe uma vítima."

Adilson Pereira agiu calmamente durante o seqüestro. Perdeu o som automotivo, alguns pertences pessoais e R$ 700 em dinheiro, porém voltou para casa sem nenhum arranhão. Já Arno Gerstenberger fugiu ao assalto porque o veículo não estava segurado, no entanto sua atitude quase lhe custou a vida. O tenente Viana lembra que o criminoso busca sempre a forma mais fácil na hora de agir, ou seja, investe nos motoristas mais desatentos.