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Othon Bastos e Eva Wilma formam um tradicional casal em "O Manifesto" | João Caldas/Divulgação
Othon Bastos e Eva Wilma formam um tradicional casal em "O Manifesto"| Foto: João Caldas/Divulgação

Desde que chegou ao mercado brasileiro, em meados de 2000, o Chevrolet Zafira vem oferecendo evoluções para atrair consumidores no segmento de minivans. Foi o primeiro e, por enquanto, o único monovolume fabricado no Brasil a transportar até sete passageiros. Diante dos seus principais concorrentes como Citroën Picasso e Renault Scénic, que levam até cinco ocupantes, isso continua sendo a vantagem da Zafira. Em 2005, adotou o motor bicombustível: ponto mais uma vez para o modelo já que também foi o pioneiro entre os seus rivais a lançar essa motorização.

Recentemente aumentou a família ao lançar a versão Expression, equipada com câmbio automático e o motor 2.0 Flexpower, ao preço médio de R$ 64 mil. A estratégia da General Motors era a de posicionar o veículo no patamar entre R$ 60 mil e 70 mil, justamente onde se situam as versões automáticas do Picasso 2.0 e Scénic 1.6, opções com bom volume nas vendas. A Zafira só oferecia esse tipo de transmissão para as versões Elegance e Elite, que custavam a partir de R$ 74,5 mil, ou seja, fora da faixa competitiva.

Para chegar a um preço mais atraente, a Expression teve como base o acabamento da versão de entrada Comfort, que já vem com direção hidráulica, ar-condicionado digital e trio elétrico. Porém, ganhou sofisticação de série como painel de instrumentos com detalhes cromados e fundo branco, controlador automático de velocidade, freios traseiros a disco e air-bags frontais. Ou seja, por pouco mais de R$ 4 mil em relação ao preço da Comfort, o consumidor leva todos esses equipamentos, além do câmbio automático. Se preferir, pode-se optar por rodas de alumínio de 15 polegadas e CD Player com MP3 desembolsando mais R$ 2 mil.

Só por esse pacote, a relação custo-benefício da Expression já seria interessante, desde que, é claro, o cliente precise ou simplesmente goste desse tipo de automóvel. Estamos falando de famílias numerosas, frotistas e taxistas.

Mas o modelo apresenta outras credenciais, comuns à família Zafira, que motivariam uma possível aquisição. O entrar ao carro já é facilitado por uma boa abertura de portas, embora o acesso à terceira fileira de assentos exija um malabarismo extra. Ao volante, o motorista desfruta de uma boa dirigibilidade e condução. Mérito do motor 2.0 8V flex, que desenvolve de 121 cv (gasolina) a 128 cv (álcool). Equipado com acelerador eletrônico, ele é silencioso e permite boa tocada urbana ao veículo, apesar das longas relações de transmissão. Em contrapartida, é um pouco gastão. Não se espante em fazer médias de consumo na cidade abaixo dos 5 km/l quando abastecido somente com álcool.

Na estrada, a Zafira se portou segura nas frenagens, curvas e mudanças de trajetória. Porém, não operou milagres nas ultrapassagens com a capacidade plena no número de passageiros. Aliás, quando transporta cinco pessoas, com os dois bancos extras rebatidos, o modelo da General Motors passa a contar com o maior porta-malas da categoria, atingindo 600 litros de carga.

Após sete anos de vida e algumas evoluções necessárias, a expectativa agora é saber quando a Zafira irá receber uma plástica, afinal de contas as linhas externas pedem uma renovação. O monovolume não é mais um carro que chama a atenção pela beleza de seu design. É provável que a mudança demore um pouco mais, já que os concorrentes também não têm esse quesito como principal atributo.

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