Quase toda a pessoa que dirige carro sonha um dia sentar ao volante de algum modelo superesportivo e, se a conta bancária permitir, ter um garagem. Com Edimar Souza Goulart, de 28 anos, não é diferente . Morador de Rondonópolis (MT) - a 218 km de Cuiabá -, ele é fã de veículos possantes desde criança.
Mecânico, e pintor nas horas vagas, o goiano que mora na cidade matogrossense há 14 anos ainda não conseguiu guardar dinheiro suficiente para acelerar o sonho de consumo. Mesmo assim isso não o impediu de tornar sua paixão uma realidade, dentro das suas possibilidades, é claro.
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Edimar criou a sua própria Lamborghini Aventador, com as entradas de ar superdimensionadas, para-choques recortados e até um aerofólio esportivo. Tudo baseado em fotos e numa miniatura do modelo que um amigo possui.
A diferença é que a máquina italiana que virou atração na cidade não de passa de uma adaptação feita em cima de um Fiat Uno 2002, adquirido em 2016 por R$ 9 mil e que já está valorizado em pelo R$ 10,5 mil, o que não deixa de ser uma etiqueta bem inferior aos R$ 3 milhões pedidos por um Aventador original zero km no Brasil.
A transformação no ‘LamborgUno’, como o carro vem sendo chamado, já dura quase 1 ano e meio e está em fase final de construção. Ele pretende ainda cobrir o veículo com fibra de vidro para deixá-lo resistente à poeira e água.
O motor também não foi mexido e continua a ser o modesto 1.0, de 66 cv, que acelera de 0 a 100 km/h em 15,2 segundos e alcança 151 km/h de máxima. Uma tartaruga perto do poderoso V12 de 6.5 litros, que rende 700 cv e cumpre o 0 a 100 km/h em rápidos 2,9 segundos, atingindo 350 km/h de máxima.
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Edimar fez o trabalho todo sozinho e usou materiais simples para dar forma ao superesportivo, como isopor, chapas de alumínio, cantoneiras de ferro e de alumínio, além de massa corrida acrílica. O carro recebeu rodas e volante esportivos, mas, por ora, mantém o painel e os assentos do hatch da Fiat.
O investimento para dar vida a sua Lamborghini já bateu quase os R$ 16 mil, se somados os gastos com os materiais para dar vida à nova carroceria do Uno, a aquisição do próprio hatch e outros R$ 4 mil para arrumar a documentação do veículo à época, além de novos pneus para substituir os que estavam em estado deplorável.
Segundo o mecânico o ‘LamborgUno’ só circula pelo bairro Cidade de Deus 1, onde reside. A ideia é regularizar a criação no Detran para que possa exibi-la também pela cidade.
O órgão de trânsito exige um novo Certificado de Registro do Veículo (CRV) quando é feita qualquer tipo alteração nas características do veículo em relação a sua fabricação, como mudança de cor/ envelopamento, combustível, blindagem, etc. É necessário ainda uma vistoria de identificação veicular e a entrega de uma série de documentos.
Ou seja, o morador de Rondonópolis levará um tempo até desfilar legalmente com o carro, ainda mais por estar desempregado e sem dinheiro para concluir o projeto. Apesar disso, o veículo já é bem famoso na região onde mora e é frequentemente assediado para tirar fotos.
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